Em 1835, pela infelicidade com o poder central, a
gauchada liderada por Bento Gonçalves e Gomes Jardim, eclodiram a revolta que
durou dez anos para ser pacificada e que acabou em nome do bem de todos e da
felicidade geral da Nação. Os Farroupilhas pelo Tratado de Paz de Poncho Verde,
conquistaram praticamente tudo por que pelearam.
Passados todos esses anos, de muito sacrifício,
de enfrentamentos bélicos com os castelhanos, de crises políticas, econômicas
estaduais, nacionais e internacionais, onde muitos também morrem como se morre
nas guerras, o Rio Grande do Sul – corajosamente no final da década de 80, da
vasa e apoia gradativamente, primeiro na Prefeitura de Porto Alegre, depois na
esfera Estadual e consequentemente ao Governo Federal, o partido que no período
que antecedeu suas administrações, para chegar ao poder, pregava basicamente
liberdade, honestidade e transparência.
Até acho que no período de prefeitura e de
governo estadual no tempo do Olívio, a trilogia petista conseguiu se
materializar. Foi o que bastou para o resto do país acreditar que, se o
politizado e cultural histórico Estado Rio-grandense, abrira cancha aos
petistas, por que não entregar-lhes a Nação?
Então freneticamente a primeira parte do plano
partidário foi consolidado, um sapo barbudo de voz rouca, com bafo de onça, com
meu voto, assume de Brasília para o mundo, acomodando toda gentalha que tinham
uma estrela na testa. E como maestro, deu início a ópera que conhecemos e ainda
ouvimos bufidos da vaca mineira nutrida nos pampas, dizendo que as bolsas não
vão terminar, que é tudo mentira, que o mensalão, o petrolão e todo cagalhão
que boia no mar de lama nacional, não são da sua patente.
Tirando as investidas oportunista de alguns, que
metem lenha para ver o circo pegar fogo, não temos liderança política nenhuma
no Congresso Nacional, quase todas as vozes estão arranhadas nessa opereta
hedionda, onde cada um teve seu papel a encenar, e, mais apertados que rato em
guampa, não conseguem soar suas trombetas contra as canalhices escancaradas,
tanto que o povo bom, ordeiro, cordeiro que apostando ainda em democracia,
vilipendiada nas eleições, resolveu se levantar mais uma vez, tomando folego e
as rédeas de um clamor popular uníssono, patriótico, saindo as ruas, sem lideranças,
pacificamente, ordeiramente para mais uma vez dizer que chega, que não queremos
reforma política e sim dos partidos, dos políticos e empresários patrocinadores
de orgia com dinheiro público.
Assim em o povo gaúcho e brasileiro, amadrinhou a
gineteada de um cavalo Moro que corcoveia uma barbaridade e ninguém lhe pôs
xergão, todos que lhe quiseram montar foram para o chão, estão agora no
potreiro da Polícia Federal que o STF
deverá tirar as cócegas desses aporreados, para em breve pastarem mansamente
nas baias das penitenciarias, obedecendo a força de uma Nação que ainda tem
gente com vergonha na cara.
Como tiveram no passado os bravos de 35, que não
admitiram e não se curvaram a tirania de quem quer que seja, porque o Brasil é
nosso, não é propriedade de nenhum partido.
Para
pensar: Como eles
diziam em 1980, “O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO!”
Fonte! Coluna Regionalismo desta semana, por Dorotéo Fagundes de Abreu.
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