sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Coluna Tradição e Cultura do Jornal A Semana de Alvorada - 19.01.2018



CTG Sentinelas do Pago

         Dando continuidade na Ciranda Cultural de Prendas e Entrevero Cultural de Peões – fase local (interna), no dia 20 de janeiro, às 21h, teremos no galpão do CTG Sentinelas do Pago, a entrega das faixas e crachás. O chasque é do quadro de prendas e peões do CTG, do Departamento Cultural e da patronagem do CTG. Também teremos o tradicional jantar campeiro. O CTG fica na Rua Porto Alegre, 216, no bairro Maria Regina.

Nairo Callegaro é reeleito presidente do MTG

O presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho, Nairo Callegaro, foi reeleito para o cargo. A votação ocorreu no sábado, 13 de janeiro, durante o 66º Congresso Tradicionalista Gaúcho, realizado em São Jerônimo em parceria com a Prefeitura Municipal e 2ª Região Tradicionalista.

Dos 431 votos dos delegados presentes, 416 foram Sim e 15, Não. Em seu discurso de posse, Callegaro comentou a expressiva votação favorável. Cada um desses votos, disse ele, pertence também a cada um dos conselheiros, coordenadores regionais e a cada um dos responsáveis pelos departamentos da entidade. Callegaro também fez referência ao trabalho das gestões de prendas e peões, reforçando a importância dos jovens no presente e para o futuro do movimento tradicionalista organizado.

Durante o Congresso Tradicionalista também foram apresentados os vices, permanecendo os mesmos nomes nas pastas de Administração e Finanças, com Elenir Winck; de Esportes Campeiros, com Martin Guterres Damasco; e Campeira, com José Araújo. No cargo de vice-presidente artístico, substituindo José Roberto Fischborn, assume Rodrigo de Moura, e no cargo de vice-presidente de Cultura, substituindo Anijane Varela, assume Jane Bitsck. Na Fundação Cultural Gaúcha assume Haroldo José Teixeira e Gerson Luiz Ludwig continua como tesoureiro. Fonte! www.ecodatradicao.com.br

Erva-mate

A erva-mate é uma planta medicinal que apresenta um fino caule de cor cinza, folhas ovais e frutos pequenos de coloração verde ou vermelho-arroxeado. Ela é muito cultivada na região Sul do Brasil, sendo utilizada como remédio caseiro para o colesterol devido às propriedades que possui.

A erva-mate também é conhecida popularmente como mate ou congonha, sendo comercializada como chá mate. Seu nome científico é Ilex paraguariensis. Esta planta pode ser comprada seca em lojas de produtos naturais ou em formato de gotas em mercados, com o preço médio de 30 reais.

Propriedades! Possui cafeína, teofilina, teobromina, ácidos fólicos, taninos, minerais e vitaminas A, B1, B2, C e E, e por isso atua como anti-oxidante, diurético, laxante suave, estimulante e afrodisíaco.

Para que serve! É útil para emagrecer, combater o colesterol mau e aumentar o colesterol bom (HDL), diminuir a taxa de glicose no sangue, saciar a fome, estimular a função cerebral, melhorar a circulação sanguínea, facilitar a digestão, limpar a pele e é benéfico para o sistema cardiovascular e respiratório.

Modo de uso! Chá de erva mate: Colocar 2 colheres (de sopa) de erva-mate numa xícara e adicionar água (quase em ponto de fervura). Tomar 1 xícara antes do café da manhã, outra no almoço e outra no jantar. Chimarrão: Colocar a erva mate na cuia e adicionar água em ponto de ebulição. Tereré: Colocar a erva mate na cuia e adicionar água fria.

Efeitos colaterais!  Por conter cafeína, pode em alguns casos, levar a insônia. Contraindicações da erva-mate: A erva-mate é bem tolerada, mas deve ser evitada na gravidez devido à cafeína. Fonte! http://www.tuasaude.com/


Valdemar Engroff

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Coluna Tradição e Cultura do Jornal A Semana - 12.01.2018

Breve História do Acordeom (2)

Gaiteiros dos Monarcas: Mestres Gildinho e Varguinhas
Continuação da edição anterior.... Em 1930, Luigi Somenzi faleceu, ficando LUIZ MATHEUS TODESCHINI responsável pela pequena indústria. Os lucros eram divididos nas mesmas proporções entre ele e a viúva Somenzi.

TODESCHINI, em 1932, comprou a pequena fábrica, vindo a estabelecer-se, com a família, a cidade de Bento Gonçalves, instalando a fábrica numa pequena peça da própria moradia. Na tabuleta indicativa da fábrica, lia-se: “Grande Fábrica de Acordeões”, letra esculpidas pelo artesão Ballenstri. Os pedidos foram aumentando e com isto a fábrica teve que ser ampliada. Nessa época, usava-se para a montagem das “gaitas” além da madeira e aço, couro para o fole, oleado, papelões. Na crise da guerra, usavam-se molas e persianas.

Chegando o ano de 1941, foi necessário adquirir um prédio maior, localizado na época, na Rua 10 de Novembro, nº 379, para ali ser instalada a “Grande Fábrica de Acordeões TODESCHINI”. A cada ano havia um crescimento espantoso. As mais modernas máquinas eram importadas da Europa. O número de funcionários aumentava sensivelmente.

Iniciou-se uma produção em larga escala. As “gaitas” passaram a ser exportadas para o Chile, Argentina, México, América do Norte, além de abastecer o mercado brasileiro. Eram fabricados acordeões de todos e tamanhos, atendendo as mais requintadas encomendas.

Em 1964, a fábrica possuía mais de 700 funcionários e a produção mensal girava em torno de 1.400 (hum mil e quatrocentos) acordeões e 30 Harmônios.

A importante organização de então “ACORDEÕES TODESCHINI S/A”, estava ligada à competência e descortino de seu fundador LUIZ MATHEUS TODESCHINI que exerceu a função de Diretor-Presidente da sociedade. Acumulou para nossa comunidade experiência que lhe permitiram desde o começo, construir “gaitas” que primaram pela qualidade e riqueza de som, graças também, à eficiência de seus equipamentos e à competência de seus técnicos e operários.

A partir de 1967, as vendas começaram a decair, pois o mercado da música havia se modificado. Então, os dirigentes resolveram iniciar a fabricação de cozinhas em madeiras e laminados, a fim de manter todo o seu quadro de pessoal.

Nos anos 70, tudo se modificou. Um inesperado sinistro consumiu grande parte das instalações de “ACORDEÕES TODESCHINI S/A”, queimando grande quantidade de “gaitas”, peças, matéria-prima. Restauradas as instalações, a fábrica entrou para o ramo moveleiro. Em 1977, funcionários especializados, adquiriram a matéria-prima e algumas máquinas e instalaram a empresa de “Consertos de Acordeões”, dedicando-se ao conserto e afinação de “gaitas” de todas as marcas. Este é o segundo chasque de Assunta Paris, publicado no www.semanario.com.br.  

MTG busca aproximação com músicos

         De acordo com Maria Luiza Benitez em seu sítio Facebook, “o MTG está iniciando um amplo trabalho de aproximação com os músicos tradicionalistas e nativistas. A informação é do presidente Nairo Callegaro e o objetivo é fortalecer a presença desta manifestação artística no âmbito do MTG, a exemplo do que acontece hoje com as áreas artística, cultural e campeira e uma das iniciativas que estão sendo pensadas junto com artistas é criar um conselho de artistas atuante para trabalhar junto com o Movimento na construção de ideias coletivas que possam auxiliar na divulgação da música regional, bem como nas parcerias com MTG, Regiões e Entidades.

Valdemar Engroff

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Coluna Tradição e Cultura do Jornal A Semana de Alvorada RS - 05.01.18



Breve História do Acordeon (1)
Alzeneide Benck e Edu Vicente, dos Pampeiros - São José dos Campos - SP
 Na Itália, na cidade de Cremona, eram fabricados os acordeões “SAVOYA”, famosos em toda a Europa e os primeiros a serem produzidos naquela região. A partir de 1875, em nossa região, começaram a chegar os imigrantes italianos e com eles a divulgação do acordeão. Em Santa Tereza, (hoje Município, na época Distrito de Bento), às margens do Rio Taquari, fixou residência o casal de imigrantes Cesare Apppiani e Maria Savoya, filha do fabricante dos acordeões de Cremona. Os primeiros acordeões “Appiani Cesare e Savoya Maria”, em Santa Tereza, montaram uma pequena fábrica e mantiveram as características daqueles produzidos na Itália. Em Veranópolis, Túli Veronese possuía uma oficina de consertos de gaitas que vinham de todas as partes da região, tendo mais tarde fabricado em larga escala os acordeões “VERONESE”. 

Na mesma época, no interior de Bento Gonçalves, na linha 15 da Graciema, Luigi Somenzi consertava os acordeões e ensinava as primeiras montagens com o auxílio de dois rapazes: Arcibaldo Somenzi e Luiz Matheus Todeschini. Arcibaldo Somenzi, sobrinho de Luigi Somenzi, mais tarde viria a adquirir a fábrica de Maria Savoya de Santa Tereza e a instalaria em Getúlio Vargas- RS, onde saíram os acordeões “SOMENZI”.

Entretanto, Luiz Matheus Todeschini continuou trabalhando com Luigi Somenzi, e desta oficina surgiu a grande fábrica de “Acordeões Todeschini”. A grande fábrica de Acordeões TODESCHINI que LUIZ MATHEUS TODESCHINI construiu, iniciou, na Linha 15 da Graciema, quando em 1916, chegou juntamente com seus pais oriundos de Alfredo Chaves, hoje Veranópolis. Contando com apenas 13 anos, LUIZ MATHEUS TODESCHINI, começou a trabalhar na oficina de Luigi Somenzi, onde relógios, bombas de sulfatar, motores e acordeões (gaitas) eram consertados com bravura, pois, muitas vezes, tinham que improvisar peças para recuperar o que os fregueses deixavam para o conserto. 

Para o conserto e montagem dos acordeões era necessário aço e celuloide e estes eram importados da Itália. Somenzi foi por duas vezes àquele país em busca de novidades para a indústria que estava crescendo. No ano de 1925, “Cinquentenário da Imigração Italiana”, realizou-se em Porto Alegre uma grande exposição, onde Somenzi foi convidado a expor uma “gaita” de sua fabricação. Foi TODESCHINI quem montou a primeira “gaita pianada”, com teclas de madrepérolas (até então eram botões de louça ou de osso). O modelo para a região, era novo, pois era composto por 37 teclas e 80 baixos. Acordeões neste estilo só eram fabricados na Itália e na Alemanha. Os resultados foi a medalha de ouro para a magnífica produção. Chasque publicado no Semanário, por Assunta de Paris – www.semanario.com.br

66º Congresso Tradicionalista Gaúcho
 
         Como é de praxe a cada início do ano, o calendário tradicionalista nos leva a uma cidade do interior do Rio Grande para a realização do Congresso Tradicionalista. E em 2018, São Jerônimo – 2ª Região Tradicionalista, abrirá as porteiras para os tradicionalistas, pois vai sediar a 66ª edição, de um evento que nasceu em Santa Maria / RS, no ano de 1954 (que contou com 38 centros de tradições gaúchos presentes). O evento será realizado nos dias 12, 13 e 14 de janeiro, no Ginásio Municipal de Esportes do município. 

Por Valdemar Engroff - o Gaúcho Taura