segunda-feira, 31 de março de 2014

Almoço com Domingueira no CTG Chama Nativa - Esteio / RS

"SE O CORAÇÃO FOR GAÚCHO, HÁ SEMPRE UMA CHAMA NATIVA" .. 
JA ESTAMOS COM OS CONVITES ...

Invernada Mirim promovem Domingueira no CTG Chama Nativa. Fone {51} 3459-3142 a noite.

Dia: 06/04/2014
Horário: 12:00
Preço: 12,00 (Por pessoa)


Cardápio : GALETO , ARROZ, AIPIM E SALADAS.
Animação da Domingueira : Grupo Raça de Ouro!!
Só o Baile... ....... INDIVIDUAL


Contamos com sua presença!!


Convites: No local ou com integrantes do grupo no fone {51}85670776 ou 84412509


CTG. Chama Natiiva. Esteio 12° RT. Rua = Coelho Neto. N° 117.


Fonte! Sítio Pithan Pilchas: http://pithanpilchas.blogspot.com.br/2014/03/domingueira-no-ctg-chama-nativa.html

domingo, 30 de março de 2014

Novo polo de erva-mate pode ajudar a reduzir o preço ao consumidor


Novo polo de erva-mate pode ajudar a reduzir o preço ao consumidor Augusto Pinz/Especial
Árvores nativas, como as que existem nas terras da família Schaellin, no interior de Canguçu, poderão ser aproveitadas para produçãoFoto: Augusto Pinz / Especial
Árvores nativas, como as que existem nas terras da família Schaellin, no interior de Canguçu, poderão ser aproveitadas para produçãoFoto: Augusto Pinz / Especial

Árvores nativas de Ilex paraguariensis quase escondidas em matas fechadas de áreas rurais da zona sul do Estado devem ser, em cerca de três anos, um reforço na esperança dos gaúchos de ver o preço da erva-mate baixar ou ao menos interromper a alta nos últimos anos. Formalizado neste mês, em Canguçu, o sexto polo ervateiro gaúchovai reunir cerca de 200 agricultores, que receberão apoio da Secretaria Estadual da Agricultura e do Instituto Brasileiro da Erva-Mate (Ibramate) para estimular e qualificar a produção.
Leia mais >> Gisele Loeblein: nova polêmica no preço da erva-mate
Presidente da Câmara Setorial da Erva-Mate, Carlos Santos explica que a iniciativa tem como foco atender às necessidades do mercado local e oferecer uma alternativa para reforçar a renda dos produtores.

— Alguns tinham matrizes na propriedade e nem sabiam. Eram plantas adormecidas, que poderiam há muito estar sendo utilizadas comercialmente — conta o coordenador do novo polo, Sérgio Pasa.

O projeto também é um resgate da memória que estava se perdendo. Entre as décadas de 1930 e 1940, a região estava entre as principais produtoras de erva-mate do Estado.

— Quando cidades mais ao norte do Estado intensificaram a produção de erva com sabor suave, os produtores do Sul, que cultivavam um tipo mais forte e amargo, acabaram perdendo espaço — conta o secretário-executivo do Fundo de Desenvolvimento de Inovação da Cadeia Produtiva da Erva-Mate (Fundomate), Valdir Zonin.

Essa história faz parte, por exemplo, das vivências de Eldomiro Schaellin, 40 anos, que exibe na propriedade, em Canguçu, um centenário pé de Ilex paraguariensis. A família vai retomar a atividade para fortalecer a renda obtida com fumo e soja:

— Queremos aproveitar o bom momento da erva-mate no mercado. Temos esperança de que o polo dê certo e tenha continuidade na região.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Canguçu, Pedro Schiavon, a iniciativa deve contribuir, graças ao aumento da renda obtida nas propriedades, para a permanência dos jovens na zona rural:

— Com mais recursos, filhos de produtores não precisarão abandonar o campo para ter recursos compatíveis com o que precisam para viver.
Como a produção será estimulada
— Os agricultores poderão obter financiamento via Pronaf Investimentos, para pagamento em até 15 anos e juros entre 1% e 2% ao ano para que pequenas propriedades implantem novas mudas de erva-mate.

— Eles receberão apoio técnico para planejar ações de manejo, processamento e distribuição do produto no mercado. A atual fase é de capacitação por meio de cursos e produção de mudas e manejo.

— O polo envolve as cidades de Amaral Ferrador, Arroio do Padre, Camaquã, Canguçu, Cristal, Dom Feliciano, Herval, Morro Redondo, Pedras Altas, Pelotas, Pinheiro Machado, Piratini, Santana da Boa Vista e São Lourenço do Sul.
Fonte! Chasque publicado no sítio do Clic RBS, no caderno Campo e Lavoura no dia 27 de março de 2014, por Luiza Martins. Abra as porteiras clicando em:  http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/campo-e-lavoura/noticia/2014/03/novo-polo-de-erva-mate-pode-ajudar-a-reduzir-o-preco-ao-consumidor-4457983.html.

Almoço com Domingueira no CTG Coxilha Aberta - Porto Alegre / RS

 
Fonte! Sítio Facebook de João Batista Silveira Martins: https://www.facebook.com/joaobatista.silveiramartins

Festa Campeira do CTG Bento Gonçalves - Lajeado / RS

 
Fonte! Sítio Facebook do CTG: https://www.facebook.com/ctgbento.goncalves

quinta-feira, 27 de março de 2014

Coluna Tradição e Cultura Jornal A Semanaa de Alvorada 28.03.14



TRADIÇÃO & CULTURA
Alvorada – Capital da Solidariedade
 EVENTO DA SUBCOORDENADORIA

         Neste sábado, dia 29 de março, no CTG Amanhecer na Querência, será realizado um jantar campeiro com o objetivo de arrecadar fundos para liquidar despesas do PPCI (para posterior liberação dos CTGs da nossa cidade no que tange à segurança contra incêndios e outros sinistros). Contatos com o Subcoordenador Giovani pelo fone (51) 9149-4977 ou (51) 8581-6110. O CTG fica na Rua Tramandai, 76, no Jardim Alvorada.

RESSURGE A HORA DO CHIMARRÃO

         A Rádio Acácia FM 87,9 – a primeira rádio de Alvorada legalizada perante o Ministério das Comunicações continua incrementando a sua programação. Aos sábados, das 14 às 16h, novo programa no ar: Acácia Mulher, com Cris Donner e Jéssika Prado. E às 16h estreou no dia 22 de março o programa Rock Otaku, com Diogo Devite e Raquel Mello, mas com a falta de energia elétrica, o programa não teve a abrangência total na comunidade. Mas quem perdeu, não perca o programa deste sábado...
         E no domingo passado, voltou pra grade o programa A Hora do Chimarrão, das 8h às 10h, produzido e realizado por Sebastião da Costa, com a boa música do Rio Grande... E para os desgarrados e de toda esta terra em redor do Rio Grande, chamada mundo, sintonize a emissora, abrindo as porteiras clicando em www.acaciafm.com.br. E veja lá também a nossa programação e o chasque do 5º Baile da Saudade (músicas dos anos 60, 70 e 80), que será no dia 10 de maio no Jardim Algarve.....

CTG CAMPEIROS DO SUL

         O CTG Campeiros do Sul boleia a perna e convida a gauchada para participar do curso básico de danças de fandango, gratuito, que é uma parceria entre o CTG e a Academia Danças e Andanças Danças Gaúchas. O curso iniciou no dia 24 de março, com seguimento nos segundas-feiras, às 20h30min. As inscrições continuam abertas e todos os participantes irão concorrer a um belo cavalo crioulo, domado, encilhado e registrado.
         Contatos com Roberto Cavalo pelos fones (51) 8441-2641 (Vivo); (51) 9231-7670 (Claro); (51) 8514-4795 (Oi) ou (51) 8170-3177. O CTG fica na Av. Maringá, 720, na nossa cidade.

CTG MARAGATOS

         Os tradicionalistas do CTG Maragatos arregaçaram as mangas, se organizaram e meteram as mãos na reforma geral do galpão. E chegou a hora de reinaugurar o mesmo com um grande jantar-baile, que será realizado neste sábado, dia 29 de março e que terá a animação do Grupo Alvorada Gaúcha. Teremos as apresentações das invernadas juvenil e xiru. Contatos com o Áureo pelo fone (51)9995-9099. O CTG fia na Av. Ouro Preto408A, no Jardim Floresta, em Porto Alegre.

AS CARRETAS DOS PAMPAS DE GRAVATAÍ

         Pois o profissional da fotografia Antenor Tatsch Júnior, muito conhecido nos galpões dos CTGs de Alvorada e em toda a 1ª Região Tradicionalista do RS, está programando uma exposição fotográfica na FENASUL, no Círculo Militar, em Campo Grande (MS), nos dias 04 a 13 de abril.
         Na ocasião mostrará, por intermédio de trinta imagens, o cotidiano de um povo que, com os seus trajes típicos de época, sua gastronomia, como o carreteiro de arroz, café de chaleira, o fogo de chão, a antiga trempe de fogo de chão, o chapéu de palha, canga de bois e junto a tudo isso, o cuidado e o carinho com os animais. A arte acessível a todos, faz um resgate ao passado no patrimônio natural, cultural e histórico gaúchos, usando a imagem como instrumento de preservação deste patrimônio.
         Mais uma vez as imagens, comuns aos gaúchos, vão cruzar as nossas fronteiras geográficas Brasil afora, por intermédio do talento e das lentes do retratista Antenor Tatsch Júnior.

CTG SENTINELAS DO PAGO

         A patronagem do CTG Sentinelas do Pago te convida para participares no dia 05 de abril, do grande jantar-baile, animado pelos Gaúchos Lá de Fora. Cardápio: carne de panela, massas, feijão, arroz e saladas. Ingresso com janta por R$ 20,00. Só pro baile por R$ 10,00 (antecipado, pois na hora será por R$ 12,00). Contatos pelos fones (51) 8431-1358 ou 9112-1165. O CTG fica na Rua Porto Alegre, 216, no bairro Maria Regina. E tchê esperamos no dia 13 de abril, quando vai iniciar o curso de danças de fandango. Contatos pelo fone 9112-1165.

COMO FALAR EM PÚBLICO

         Uma baita iniciativa do CTG Raça Gaúcha. Uma importante palestra que será proferida por Rogério basto no dia 07 de abril, com início previsto para as 20h, onde abordará o tema “como falar em público”. Será servido: bolinho de chuva, com chá e café. Contatos pelos fones (51) 3443-5158 ou (51) 9678-4569. Endereço: Rua Aimoré, 275, no Parque Madepinho, Salomé, em Alvorada.


Valdemar Engroff
Telefone de casa: (51) 3443-4125 – à noite 
Celular: (51) 9966-5164

sexta-feira, 21 de março de 2014

Coluna Tradição e Cultura do Jornal A Semana de Alvorada - 21.03.2014

TRADIÇÃO & CULTURA
Alvorada – Capital da Solidariedade  

CHARLA DA SUBCOORDENADORIA

         Na próxima segunda-feira, dia 24 de março, no galpão do CTG Amanhecer na Querência, charla (reunião) extraordinária da Subcoordenadora. Na pauta, a organização do jantar que vai ser neste mesmo galpão, no dia 29 de março, com fins de arrecadar fundos para liquidar despesas do PPCI (para posterior liberação dos CTGs da nossa cidade no que tange à segurança contra incêndios e outros sinistros). Contatos com o Subcoordenador Giovani pelo fone (51) 9149-4977 ou (51) 8581-6110. O CTG fica na Rua Tramandai, 76, no Jardim Alvorada.

CTG AMARANTO PEREIRA

O CTG Amaranto Pereira está te convidando para participares do curso de danças de fandango, que iniciou no dia 14, às 20h30min (avançado, tendo como requisito no mínimo dez pares) e às 22h (curso básico, com qualquer número de inscritos). As inscrições continuam abertas. Contatos com Rodrigo e Libra, da Academia Alma Gaúcha pelos fones (51) 8041-5872; 8442-5633 e 3364-5883, ou com o patrão Orlando pelo fone (51) 9638-1879. Haverá um bom desconto para quem já é aluno da academia. O curso terá seguimento nas sextas-feiras e não é necessário ser associado do CTG, que fica na Rua Celso Lemes da Silva, 520, no Jardim Algarve.

CTG CHILENA DE PRATA

         Nesta sexta-feira, dia 21 de março, o CTG Chilena de Prata vai abrir as porteiras para a gauchada, pois terá jantar dos bons, com coxa e sobrecoxa assadas no espeto, com arroz e saladas e muita música ao vivo. O CTG fica na Rua José do Patrocínio, 235, no Jardim Porto Alegre.


1º ACAMPAMENTO CAMPEIRO E CULTURAL

         O Piquete Alma Nativa, com o apoio do Departamento Cultural da Sulbcoordenadoria de Alvorada, boleia a perna e convida os tradicionalistas da nossa cidade para participarem nos dias 22 e 23 de março, do 1º Acampamento Campeiro e Cultural, que tem por objetivo valorizar a cultura do Rio Grande do Sul, bem como, oportunizar vivências, práticas, e ações que destacam aspectos das raízes culturais e tradicionalistas. Programação: Dia 22 – sábado:
16h – credenciamento
17h – vaca parada
19h – abertura oficial
20h – contos gauchescos
21h – teatro (Negrinho do Pastoreio)
22h – jantar
23h – brincadeiras antigas
Dia 23 – domingo:
7h30min – oficina / como tirar leite
8h – café
9h – palestra com Gustavo Brock
10h – palestra sobre drogas
11h30min – início dos jogos
13h30min – truco
14h30min – oficina de esquila
18h – encerramento
         Contatos com o Subcoordenador Giovani pelo fone (51) 9149-4977 ou (51) 8581-6110. O evento vai ser realizado no Sítio do Piquete, que fica na Rua Atalísio Antunes da Costa, 1450, no Beco das Rosas, na nossa cidade.

CTG CAMPEIROS DO SUL

         O CTG Campeiros do Sul boleia a perna e convida a gauchada para participar do curso básico de danças de fandango, gratuito, que é uma parceria entre o CTG e a Academia Danças e Andanças Danças Gaúchas. O curso inicia no dia 24 de março, com seguimento nos segundas-feiras, às 20h30min. Todos os participantes irão concorrer a um belo cavalo crioulo, domado, encilhado e registrado.
         Contatos com Roberto Cavalo pelos fones (51) 8441-2641 (Vivo); (51) 9231-7670 (Claro); (51) 8514-4795 (Oi) ou (51) 8170-3177. O CTG fica na Av. Maringá, 720, na nossa cidade.

CTG SENTINELAS DO PAGO

         A patronagem do CTG Sentinelas do Pago te convida para participares no dia 05 de abril, do grande jantar-baile, animado pelos Gaúchos Lá de Fora. Cardápio: carne de panela, massas, feijão, arroz e saladas. Ingresso com janta por R$ 20,00. Só pro baile por R$ 10,00 (antecipado, pois na hora será por R$ 12,00). Contatos pelos fones (51) 8431-1358 ou 9112-1165. O CTG fica na Rua Porto Alegre, 216, no bairro Maria Regina.

Valdemar Engroff
Telefone de casa: (51) 3443-4125 – à noite 
Celular: (51) 9966-5164

quinta-feira, 20 de março de 2014

Charqueando a Costela ! ! !

Buenas Gauchada!

Ando mais inzibido do que guri de campanha quando ganha alpargata nova. Tudo isso porque apareceram mais leitores do que carrapicho em cola de cavalo solto no campo, que aceitaram o convite para charlar e matear comigo.

Por meio de chasques, vieram para a roda do chimarrão e fizeram uma mão na volteada do porongo, o Cândido Brasil, o Carlos Athaydes e o Darci Dárgen, parceiros da Estância da Poesia Crioula, que para aquentar um pouco mais a água do mate, trouxeram ajoujado nas guaiacas um punhado da mais pura e sincera amizade.

Dos lados do Planalto Médio se achegou o Hilton Araldi, tradicionalista e grande peleador pela cultura terrunha; Também lá de riba, o Marcus Tatsch, o fotógrafo das Imagens Gaúchas e ainda os comparsas da rádio Galpão do Chasque, de Curitiba, se juntaram em volta do fogo de chão e - mate vai, mate vem - também deram um pé de estribo na nossa Charla de Peão.

Entreverado entre os que vieram para a mateada, apareceu o casal – e agora os mais novos amigos – Néca e Odilon Goulart, aquerenciados no Passo das Cabras, aqui mesmo, em Cidreira.

No chasque que a parelha me mandou, veio um monte de saudades do tempo em que eles lidavam nas fazendas da Campanha do Rio Grande. O Odilon me disse que a Charla fez ele se sentir, de novo, sorvendo um amargo ao pé do fogo e a Néca aproveitou para me dar um puxão nas “zoreias”, dizendo que no rancho em que moravam, quem chimarroneava já ficava para o carreteiro e, aproveitando a olada, me perguntou se o charque que eu estava picando para a boia, tinha sido feito por mim.

Claro Néca, não só fui eu que fiz como estou te mandando a mão de como se faz um charque à maneira antiga, daqueles com sotaque de pampa e coxilha e que ia emalado nos preparos dos carreteiros.

Bueno, quando faço charque eu prefiro usar a carne de costela, por ser tradicionalmente usada pelos estradeiros – tropeiros e carreteiros – que eram tauras, assim como nós, de poucas pilchas e de guaiaca apertada e também porque tem um sabor único e uma textura diferenciada em função das fibras longas e da generosa camada de gordura.

Empeçando a Charqueada

De um corte de costela, que uma indiada chama janela e outros cueras dizem que é costelão, se destrincha umas quatro mantas de mais ou menos um palmo de largura por três dedos de espessura. Se tu ou o Odilon ficarem enrolados nas redondilhas do laço e quiserem as peças já cortadas, falem com o gringo Flávio Piassini, aí em Nazaré e digam que querem fazer o charque do Juarez. Ele dá a manta prontinha.

Com a carne na feição, em uma gamela de corticeira, se prepara uma camada, gordita como porca prenha, de sal grosso. Em riba da camada de sal vai deitada, com a capa de gordura para cima, uma das mantas e sobre ela mais uns bons punhados de sal. Depois se repete a mesma forma até a última tira e finaliza a lida com mais uma cobertura, no capricho, de sal grosso.

Durante três dias a carne deve permanecer imersa no sal, tendo que ser revirada duas vezes por dia, a o mesmo tempo em que o líquido produzido pela mistura, também deve ser descartado. Finalmente, se retira a carne da gamela e se deixa curando, em local arejado e na sombra, por mais três dias e aí, está pronto o charque.

Bueno, depois de toda essa lenga-lenga, só posso dizer: muchas gracias pela garupa, parceiros e lhes convidar para outra roda de mate, desta vez emparceirada com arroz de carreteiro, que prometo fazer com o charque de costela, em outra Charla de Peão.

Fonte! Coluna Charla de Peão, por Juarez Cesar Fontana Miranda (poeta nativista), publicada no Jornal Regional do Comércio, de Cidreira - RS, edição do dia 18 de março de 2014. Contatos com o colunista, mande um chasque para juarezmiranda@bol.com.br ou jornaljrcl@terra.com.br

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Pois o Flávio Piassini, citado pelo colunista aé o mesmo gringo que morou nos Pagos do Jardim Algarve, onde era bolicheiro e foi um dos fundadores do CTG Amaranto Pereira....

Valdemar Engroff

quarta-feira, 19 de março de 2014

A eliminação da discriminação racial começa em casa!

Dia 21 de março é a marca da ONU para reflexão ao racismo, pelo Massacre de Shaperville em Joanesburgo em 1960. Como já citei aqui e repito, (para que não esqueçam e porque sempre temos novos leitores), nasci na cidade de Uruguaiana e me criei entre os meios urbano e rural, mais precisamente nos distritos do Imbaá, depois em São Marcos e na Barragem Sanchuri.

Na década de 1970 vivia em São Marcos, na barranca do Rio Uruguai, de frente a Yapeju, Província de Corrientes, Argentina, época em que meu pai fora diretor do projeto Cidade dos Meninos da FEBEM, quando convivíamos fraternalmente com aquela gurizada interna, onde de certa feita eu e meus irmãos (Quico, Renato e Leila Fagundes de Abreu) éramos internos também.

Pela segunda vez morávamos num orfanato, a primeira fora no segundo quartel da década 1960, na Escola Assistencial Santa Rita que virou Sociedade de Amparo ao Menor de Uruguaiana que a FEBEM encampou.

Como era lindo ter muitos irmãos para brincar de tudo, só nos separávamos quando íamos para o colégio, do contrario éramos unha e carne, sempre juntos, inventando o que fazer para passar o tempo, principalmente nos finais de semana. 

Naquela irmandade, tinha guri de todos os pelos, tamanhos, idades e raças, bem distribuído e harmoniosamente vivendo brancos, pretos, índios e mestiços, tendo como base moral a das igrejas católica e metodista, nunca vi alguma briga por questões raciais ou privilégios, tudo era comum de todos, deveres e direitos iguais.

Certa feita em São Marcos num final de semana, combinamos eu e o Quico, meu irmão mais moço, irmos a um baile no salão da Colônia das Rosas, no distrito de João Arregui, lindeiro da Barragem Sanchuri e de Itaqui, assim convidamos o Canhão, nosso irmão negro interno da SAMU e de FABEM, com quem fomos criança e estávamos juvenis.

O Canhão ficava no orfanato nos finais de semana pela distância de casa, ele era de Viamão, de nome Vilmar, compleição mediana, sadio, forte, muito alegre, disposto, amigo para qualquer cruzada, sempre estava disposto e o apelido era porque tinha um pataço no futebol além de ter uma pele cor de petróleo.

Então naquele sábado de verão quando anoiteceu, nos ajeitamos e logo que o pai se recolheu para dormir, pé, por pé eu peguei a chave do carro e o trio, na surdina, sacamos empurrando o Chevrolet Opala da garagem, e quando estávamos numa distância boa, funcionei o motor e nos tocamos para o baile, mais faceiro que pato na taipa do açude, louco pra chegar n’agua.

Em João Arregui, o surungo estava formado, estacionamos perto da entrada, na bilheteria pedi logo três ingressos, dai quando adentramos uns quatro paços no salão, alguém da portaria falou, vocês dois podem passar, mas aquele rapaz não. Na hora exclamei – porque não, se ele pagou ingresso? E o cara respondeu: Porque ele é negro!

Olhei para o Vilmar e ele meio encabulado falou, vão vocês que eu espero lá fora. Juro, me deu vontade de prender o pé naquela classe escolar que fazia vez de balcão da portaria, mas os bons costumes me impediram, olhei para o Quico e disse, se ele não entra eu também não vou entrar, o Quico em cima do laço largou por deboche, e nem eu fico nesta bosta.

Assim pegamos os pilas, saímos e retornamos para casa fazendo graça para não chorar do triste episódio e desde então me indago: Porque tem gente que se acha superior a outras porque é branco, como se a cor da pele fosse o reflexo da alma?

Que bom que naquela década surgiu o Rei Pelé, o maior atleta de futebol do mundo de todos os tempos e que nesse milênio temos um negro como o homem mais poderoso do planeta, mandando no baile da Casa Branca.  E até hoje sinto vergonha pela Colônia das Rosas que por certo murcharam e morreram indignadas ao verem tanta ignorância exalada pelo odor do preconceito.                          

Para pensar: A alma é branca e o espírito é luz, a cor de cada corpo, foi naturalmente imposta pela condição do habitat.

Fonte! Coluna Regionalismo, por Dorotéo Fagundes de Abreu, do dia 18 de março de 2014. 

quinta-feira, 13 de março de 2014

HOJE AMANHECEU CHOVENDO !

Buenas Gauchada!

"Hoje vou lonquear um couro preto e tirar uns tentos prá o laço.... Assim é a vida da gente no fundão de uma fazenda. Aproveito os dias de chuva prá aumentar minha renda, faço cinto e tranço corda que a indiada me encomenda. E hoje vou lidar com corda por que amanheceu chovendo...."
 
Enquanto avivo o fogo de chão com mais um galho de lenha de angico, vou “dando uma força” para o Walther Morais, cantando os versos que bem descrevem o dia que está começando.
 
Devagarito no más, vou sorvendo um amargo topetudo e aproveito a calma que ainda reina no galpão para organizar a lida. O terneiro que a brasina pariu renegou a teta e eu tenho que alimentar o guacho. Ontem de noite debulhei meio saco de milho e esse está reservado para alimentar as poedeiras e, daqui a pouco – é só dar uma estiadinha – vou arrocinar o pingo Mouro. 
 
O crepitar da lenha seca, atiçando as labaredas, me faz lembrar o convite feito no chasque anterior, aos amigos que quisessem matear e charlar comigo. Vários aceitaram a invitação. Alguns me telefonaram, disseram que estava tudo muito bonito e que em outra ocasião, sem dúvida, viriam para o entreveiro. 
 
Mas dois amigos de primeira hora - a Nice e o Clóvis - não se fizeram de rogado: enveredaram para o galpão. Arreganharam as portas, levantaram as folhas das janelas para dar uma arejada na fumaça, arrebanharam um par de cepos e passando a mão na alça da cambona preta, se enfiaram comigo no bate-papo e no chimarrão. O mate tava mais gostoso do que caramelo de castelhano e a charla mais espichada do que taquara de beira de corredor. 
 
Outros dois que deram ôh de casa foram o Mário Amaral e o Wilson Tubino. Amigaços, poetas da mais pura cepa e grandes batalhadores em prol da cultura terrunha.  
 
O Mário, confrade do Recanto do Sabiá, trouxe na mala de garupa um convite para o “20º Encontro Cultural e Artístico Recanto do Sabiá”, que se realizará de 13 a 16 de março, na barranca esquerda do Rio Ijuí-Mirim, no Município de Entre-Ijuís e o Tubino trouxe seu livro “A Fazenda do Tchêzito”. 
 
Aproveitando a “Charla”, o amigo informa que esta já é a terceira edição e completa dizendo que a obra é cultura, tradição e folclore do Rio Grande do Sul para crianças de todas as idades.  
 
Bueno, A “Charla” ainda estava pelo meio quando mais dois parceiros se achegaram: o Jairo Velloso e o Léo Ribeiro.  
 
Os dois vieram para matear e charlar comigo, trazendo cada um a sua maneira, a razão que nos motivou a dar cria a     “Charla de Peão”: a diversidade essencial da alma gaúcha.  
 
O Jairo é cuera da Bossoroca, de alma missioneira e uma das tronqueiras que sustenta a peleia pela cultura gaúcha naquelas plagas gaudérias e o Léo, é taura lá de Contendas, com cerne serrano e que aquerenciado na Capital, espraia de forma magistral a cultura nativa por todos os rincões da querência. 
 
Parceiros, mil gracias pela garupa.
 
Tchê, se tu quiseres mais trela com algum dos parceiros, no final deixo o e-mail de contato e se o sentimento pelo Rio Grande também faz o teu coração corcovear, entra e pega o banquito, pois a prosa está correndo solta e o chimarrão está encilhado. Te aprochega, enquanto eu vou lonquendo uns tentos, porque hoje amanheceu chovendo. 
 
Fonte! Coluna Charla de Peão, por Juarez Cesar Fontana Miranda (poeta nativista), publicada no Jornal Regional do Comércio, Cidreira (RS), edição do dia 11 de março de 2014. Contatos com o colunista, mande um chasque para juarezmiranda@bol.com.br 

O DIA DA MULHER É TODOS OS DIAS !

O terceiro milênio se caracteriza também pela expansão social, politica e econômica da mulher. Para chegar até aqui, as mulheres passaram por uma jornada cruel dos mundos machistas que ainda hoje se tem resquícios. Por mais que se pregue a igualdade do ser humano, as mulheres são colocadas em segundo plano.

Porém o sexo frágil vem enfrentando gloriosamente as adversidades, mostrando-se superior ao sexo forte. E nessa guerra dos sexos, saliento que fortes são os homens pelo aspecto físico, pois em resistência perdem disparado para as mulheres e nem por isso elas os diminuem.

É visível que a cada ano surge mais mulheres notáveis em todas as classes, a dona do lar passou ser – dona da estância, da fábrica, do comércio, da agência, do escritório, da oficina, a produzir e conduzir carro, camioneta, ônibus, trator, trem, avião, navio, ofício a bem pouco tempo privilégio dos braços e cabeças masculinas.

Hoje, há mulheres nas obras, nas guerras, na prefeitura, nos governos estaduais e de nações!

A nosso juízo, o exemplo mais fantástico desta era foi á filha do quitandeiro, Margarete Thatcher, a Dama de Ferro que por 11 anos governou o país mais politizado do planeta, a Inglaterra.

Mas não percamos o fio da meada dessa data histórica importante de 8 de Março que veio lá dos idos de 1857, das mulheres operárias norte-americanas ou das mulheres russas de 1917 que se levantaram para exigir melhores condições de trabalho e morreram por isso e outras tantas em vários lugares do mundo.

Não percamos também o sentido do amor, da paixão de uma mulher pela vida e pelo seu homem ou como modernamente vislumbre-se, o amor de uma mulher por outra mulher, igual à de um homem por outro homem, afinal humanos se amarem é ditame de Deus que Jesus nos ensinou, mas que não podemos confundir com atração sexual, isso deve ser dominado, tratado conscientemente, pois em qualquer circunstância é efêmero.

Portanto desejo às mulheres a superação, a igualdade, a justiça, a felicidade plena, que sejam entendidas e que compreendam que todos nós estamos numa experiência espiritual humana e não numa experiência humana espiritual e que se estás mulher hoje, é para compreender o quanto custa ser fêmea o que não justifica sobre maneira a desigualdade por quem não sabe ser homem ou por quem não sabe ser mulher. 

Para pensar: China significa o centro da terra e mulher também ao Gaúcho! 

Fonte! Coluna Regionalismo, por Dorothéo Fagundes de Abreu, do dia 12 de março de 2014.

        

quarta-feira, 12 de março de 2014

Coluna de Galpão em Galpão do Jornal de Alvorada 11.03.2014

DE GALPÃO EM GALPÃO
     
   
ESTE É O TROVADOR VITOR HUGO

São mais de duzentos rodeios, com milhares de CDs e DVDs  vendidos sob sol ou na chuva, em rodeios localizados em fundão de grotas, dormindo mal em barracas, dormindo bem em hotéis, com ou sem cachê. Esta é a minha rotina. Levantando cedo e dormindo depois da uma da manhã e troteando o dia todo em barracas de acampamentos, na maioria sendo bem tratado e em algumas discriminado como no haras Virginia e dos “riquinhos” de Portão (RS). Ora trovando em palcos de luxo, ora trovando na lama em canchas de rodeios e por aí vai, mas sempre com sucesso

Não  conheço o que é um rodeio com poucas vendas de CDs e DVDs a milhares de fãs por todo o Estado e até fora dele. E tem sido assim nas maiores dificuldades ou nas facilidades, com muita, mas muita trova. Fonte! Chasque de autoria do trovador Vitor Hugo Medeiros.

Observação! Se existe um artista independente, que utiliza tão bem a mídia social, como o Facebook, o seu chasque eletrônico (e-mail) e o seu sítio pessoal – www.vitorhugotrovador.blogspot.com.br para se divulgar, este é o trovador Vitor Hugo. Por isso o parabenizo pelo seu sucesso e pelo bom desempenho, tanto no palco, quando ele trova, bem como quando vende os seus produtos (CDs e DVDs). E a mídia está vendo isso, pois ele já foi motivo de reportagem em alguns jornais do interior e na própria capital dos gaúchos.
                                                        
CHASQUE DO PIRISCA GRECO

O que mais impressiona é o silêncio do Sinuelo do Pago. A Califórnia deve a 60 músicos Gaúchos e Catarinenses. E está personificando a causa. Em 90 dias, já poderíamos ter feito pelo menos 3 shows lotando o Teatro e pago essa conta. Sem contar nos churrascos e carreteiros que poderíamos estar fazendo semanalmente no nosso CTG, justamente para ajudar a Califórnia. Mas a falta de compromisso desses senhores, aliada ao desinteresse dos colegas músicos em receber, vão cavando a sepultura da mãe dos festivais. Que pena. A gestão que expulsou Colmar Duarte de seu quadro social vai hasteando a Bandeira da Inadimplência e sendo aplaudida por políticos que estiveram do lado enquanto tudo estava bonito.

E tava bonito !!!! E virando "Chacota" no meio artístico e cultural Gaúcho. Derrota da Arte. Extinção do Fio de Bigode. Exemplo feio para a Gurizada Buena de Uruguaiana. Sinto vergonha do meu CTG. Pirisca Grecco - via facebook .

Nossa opinião! Sem fio de bigode, sem palavra, sem compromisso, não pode continuar como CTG. Que o Sinuelo do Pago se transforme em uma entidade qualquer, MENOS em uma entidade tradicionalista.

ENQUANTO A CAMBONA CHIA!


                             Buenas Gauchada!

Acabei de chegar do campo.

Abri a porta do galpão da estância, aliviei do peso das encilhas, amilhei e desembuçalei o Mouro – pingo bueno e companheiro de lida – que, como agradecendo a atenção que eu lhe dedicava, soltou um relincho abagualado e corcoveando de alegria e felicidade, se mandou campo a fora, em direção ao açude enquanto a estrela boieira já apontava no horizonte, alumiando o lombo das dunas.

Dei uma aventada no xergão, uma sacudida nos pelegos, ensarilhei a sela e pendurei as rédeas ao lado da janela que se abre para o laranjal. Afrouxei o papagaio das esporas e saquei as botas rosilhonas, enfiei nos pés as alpargatas desbeiçadas, afastei as cinzas e revirei o borralho para avivar o fogo de chão e um barulhito macanudo me fez tomar tenência que a cambona preta já chiava, encostada num tição de maricá.

Passo a mão no rabo de tatu da cherenga Coqueiro, tiro um naco de charque gordo que foi curtido na sombra do arvoredo, dou-lhe uma picada, em cima de um cepo de tronco de cinamomo, ao mesmo tempo em que frita na banha, derretida numa panela de ferro, o arroz que irá compor o carreteiro.

Enquanto preparo o manjar campeiro, empeço a arranjar o meu ritual gaudério, encilhando no porongo casca grossa, um amargo bem topetudo, que vou sorvendo acamaradado por umas duas ou três talagadas de uma azuladinha – curtida no barril de um alambique lá dos lados de Santo Antonio e acompanhado, quase que inconscientemente, por uma coplita amadrinhada pelo nordestão, que há horas está timblando nos arames do potreiro.

Me faz costado um sapo cururu, que vai-não vai e vai-não vai se refestelar lá no banhado e um grilito, mais cricricri que borracho em galpão de pulperia, solfeja um tango para encantar a amada, E, assim “no más”, dando largas ao pensamento e bombeando na invernada da lembrança, vou cabresteando emoções xucras e campereando recuerdos das tropeadas da vida.

Nesta olada, a noite aragana me empresta o candieeiro da lua para clarear a minha busca, de tal forma que me vejo entreverado na rude lida de campeiro e que venho bandeando a vida como changueiro do tempo tropeiro. Então, repontando esperanças, sinto que gostaria de ter mais comparsas que, se não puderem estar mateando comigo, que “por lo menos” possamos nos dizer: buenos dias, buenas tardes ou buenas noches.

E, quando tivermos a oportunidade de, juntos, sorvermos um amargo, também juntos, iremos colorear nossos ferros de marcar no calor do nosso peito, para que as marcas dos novos companheiros fiquem entreveradas com as já existentes e jamais sejam arrancadas, ficando profundamente encravadas na nossa alma e eternamente engastadas no tronco de angico da existência, como espero que um dia seja a nossa amizade.

Por isso, parceiro, se por acaso leres este chasque e te sentires com vontade de te sentar num cepo e charlar, mateando comigo – e os outros amigos - em volta do fogo de chão, não te fresqueia, tchê, entra que a porta do galpão não tem tramela e te esbalda enquanto a cambona chia....

 Fonte! Coluna Charla de Peão, por Juarez Cesar Fontana Miranda (poeta nativista), publicada no Jornal Regional do Comércio, Cidreira (RS). Contatos com o colunista, mande um chasque para juarezmiranda@bol.com.br