Breve História do Acordeom (2)
Gaiteiros dos Monarcas: Mestres Gildinho e Varguinhas |
Continuação da edição anterior.... Em 1930, Luigi
Somenzi faleceu, ficando LUIZ MATHEUS TODESCHINI responsável pela pequena
indústria. Os lucros eram divididos nas mesmas proporções entre ele e a viúva Somenzi.
TODESCHINI, em 1932, comprou a pequena fábrica,
vindo a estabelecer-se, com a família, a cidade de Bento Gonçalves, instalando
a fábrica numa pequena peça da própria moradia. Na tabuleta indicativa da
fábrica, lia-se: “Grande Fábrica de Acordeões”, letra esculpidas pelo artesão
Ballenstri. Os pedidos foram aumentando e com isto a fábrica teve que ser
ampliada. Nessa época, usava-se para a montagem das “gaitas” além da madeira e
aço, couro para o fole, oleado, papelões. Na crise da guerra, usavam-se molas e
persianas.
Chegando o ano de 1941, foi necessário adquirir um
prédio maior, localizado na época, na Rua 10 de Novembro, nº 379, para ali ser
instalada a “Grande Fábrica de Acordeões TODESCHINI”. A cada ano havia um
crescimento espantoso. As mais modernas máquinas eram importadas da Europa. O
número de funcionários aumentava sensivelmente.
Iniciou-se uma produção em larga escala. As
“gaitas” passaram a ser exportadas para o Chile, Argentina, México, América do
Norte, além de abastecer o mercado brasileiro. Eram fabricados acordeões de
todos e tamanhos, atendendo as mais requintadas encomendas.
Em 1964, a fábrica possuía mais de 700 funcionários
e a produção mensal girava em torno de 1.400 (hum mil e quatrocentos) acordeões
e 30 Harmônios.
A importante organização de então “ACORDEÕES
TODESCHINI S/A”, estava ligada à competência e descortino de seu fundador LUIZ
MATHEUS TODESCHINI que exerceu a função de Diretor-Presidente da sociedade.
Acumulou para nossa comunidade experiência que lhe permitiram desde o começo,
construir “gaitas” que primaram pela qualidade e riqueza de som, graças também,
à eficiência de seus equipamentos e à competência de seus técnicos e operários.
A partir de 1967, as vendas começaram a decair,
pois o mercado da música havia se modificado. Então, os dirigentes resolveram
iniciar a fabricação de cozinhas em madeiras e laminados, a fim de manter todo
o seu quadro de pessoal.
Nos anos 70, tudo se modificou. Um inesperado
sinistro consumiu grande parte das instalações de “ACORDEÕES TODESCHINI S/A”,
queimando grande quantidade de “gaitas”, peças, matéria-prima. Restauradas as
instalações, a fábrica entrou para o ramo moveleiro. Em 1977, funcionários especializados,
adquiriram a matéria-prima e algumas máquinas e instalaram a empresa de
“Consertos de Acordeões”, dedicando-se ao conserto e afinação de “gaitas” de
todas as marcas. Este é o segundo chasque de Assunta Paris, publicado no www.semanario.com.br.
MTG busca aproximação com músicos
De acordo com Maria Luiza Benitez em
seu sítio Facebook, “o MTG está iniciando um amplo trabalho de aproximação com
os músicos tradicionalistas e nativistas. A informação é do presidente Nairo
Callegaro e o objetivo é fortalecer a presença desta manifestação artística no
âmbito do MTG, a exemplo do que acontece hoje com as áreas artística, cultural
e campeira e uma das iniciativas que estão sendo pensadas junto com artistas é
criar um conselho de artistas atuante para trabalhar junto com o Movimento na
construção de ideias coletivas que possam auxiliar na divulgação da música
regional, bem como nas parcerias com MTG, Regiões e Entidades.
Valdemar
Engroff
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