sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Coluna Tradição e Cultura do Jornal A Semana - 12.01.2018

Breve História do Acordeom (2)

Gaiteiros dos Monarcas: Mestres Gildinho e Varguinhas
Continuação da edição anterior.... Em 1930, Luigi Somenzi faleceu, ficando LUIZ MATHEUS TODESCHINI responsável pela pequena indústria. Os lucros eram divididos nas mesmas proporções entre ele e a viúva Somenzi.

TODESCHINI, em 1932, comprou a pequena fábrica, vindo a estabelecer-se, com a família, a cidade de Bento Gonçalves, instalando a fábrica numa pequena peça da própria moradia. Na tabuleta indicativa da fábrica, lia-se: “Grande Fábrica de Acordeões”, letra esculpidas pelo artesão Ballenstri. Os pedidos foram aumentando e com isto a fábrica teve que ser ampliada. Nessa época, usava-se para a montagem das “gaitas” além da madeira e aço, couro para o fole, oleado, papelões. Na crise da guerra, usavam-se molas e persianas.

Chegando o ano de 1941, foi necessário adquirir um prédio maior, localizado na época, na Rua 10 de Novembro, nº 379, para ali ser instalada a “Grande Fábrica de Acordeões TODESCHINI”. A cada ano havia um crescimento espantoso. As mais modernas máquinas eram importadas da Europa. O número de funcionários aumentava sensivelmente.

Iniciou-se uma produção em larga escala. As “gaitas” passaram a ser exportadas para o Chile, Argentina, México, América do Norte, além de abastecer o mercado brasileiro. Eram fabricados acordeões de todos e tamanhos, atendendo as mais requintadas encomendas.

Em 1964, a fábrica possuía mais de 700 funcionários e a produção mensal girava em torno de 1.400 (hum mil e quatrocentos) acordeões e 30 Harmônios.

A importante organização de então “ACORDEÕES TODESCHINI S/A”, estava ligada à competência e descortino de seu fundador LUIZ MATHEUS TODESCHINI que exerceu a função de Diretor-Presidente da sociedade. Acumulou para nossa comunidade experiência que lhe permitiram desde o começo, construir “gaitas” que primaram pela qualidade e riqueza de som, graças também, à eficiência de seus equipamentos e à competência de seus técnicos e operários.

A partir de 1967, as vendas começaram a decair, pois o mercado da música havia se modificado. Então, os dirigentes resolveram iniciar a fabricação de cozinhas em madeiras e laminados, a fim de manter todo o seu quadro de pessoal.

Nos anos 70, tudo se modificou. Um inesperado sinistro consumiu grande parte das instalações de “ACORDEÕES TODESCHINI S/A”, queimando grande quantidade de “gaitas”, peças, matéria-prima. Restauradas as instalações, a fábrica entrou para o ramo moveleiro. Em 1977, funcionários especializados, adquiriram a matéria-prima e algumas máquinas e instalaram a empresa de “Consertos de Acordeões”, dedicando-se ao conserto e afinação de “gaitas” de todas as marcas. Este é o segundo chasque de Assunta Paris, publicado no www.semanario.com.br.  

MTG busca aproximação com músicos

         De acordo com Maria Luiza Benitez em seu sítio Facebook, “o MTG está iniciando um amplo trabalho de aproximação com os músicos tradicionalistas e nativistas. A informação é do presidente Nairo Callegaro e o objetivo é fortalecer a presença desta manifestação artística no âmbito do MTG, a exemplo do que acontece hoje com as áreas artística, cultural e campeira e uma das iniciativas que estão sendo pensadas junto com artistas é criar um conselho de artistas atuante para trabalhar junto com o Movimento na construção de ideias coletivas que possam auxiliar na divulgação da música regional, bem como nas parcerias com MTG, Regiões e Entidades.

Valdemar Engroff

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