domingo, 17 de março de 2013

O ANTIGAUCHISMO

Barbosa Lessa escreveu no seu pequeno grande livro NATIVISMO um Fenômeno Social Gaúcho, um capítulo intitulado – O antigauchismo, onde pude ver que embora tenha sentido na carne essa verdade aqui no pago na década de 80, de resquícios que infelizmente ainda existe nas elites de uma mania que nascera com o Rio Grande do Sul, pois os que habitaram aqui vindos da corte, tinham ojeriza do tal tipo humano chamado de gaúcho e consequentemente tudo que dele viesse, mas quando era para guerrear, ai sim os de uniforme e rendas europeias, dedicavam sínica atenção aos verdadeiros senhores dos campos.

Saliento isso para reverenciar todos que desde muito não se acovardaram as críticas, ao ostracismo e fincaram os pés no chão, fizeram suas obras na defesa e no fomento de uma cultura apropriada ao Rio Grande do Sul, assim quero homenagear o magnífico João Simões Lopes Neto, mártir desse tempo quando Porto Alegre era e até bem pouco tempo foi, uma bastilha da cultura importada, ainda com alguns resquícios.

Graças a Deus, estamos nos distanciando a galope dessa triste realidade, temos ao contrário dos almofadinhas do segmento anti regionalismo desde Arthur Toscano, esses que desejam e conspiram para uma uniformização cultural, equivocadamente ou a serviço da ganância, uma plêiade de intelectuais de alma leve que beberam água na fonte simoneana,  compartilhando dessa aura luminosa que nos remete ao passado, sem perder a estrada do futuro, tomando consciência do que somos ou do que estamos sendo.

No dia 9 de março, Simões faria 148 anos, no ano passado sua obra Contos Gauchescos fez 100 anos, Lendas do Sul faz neste ano – 100 anos e em 2014, Contos de Romualdo será centenária. Simões Lopes teve fisicamente vida curta, partiu á querência maior com 51 anos, mas desde moço viveu como quis, irreverente, com total desapego ao material.

Nascido no seio de uma família rica morreu pobre, porém todos pobres ricos de sua época que o criticavam, ninguém sabe quem é, e ele porque resolveu ir a fundo na cultura regional dedicando ao gaúcho sua literatura é lido no mundo em português, inglês, italiano, japonês, espanhol, em breve começará ser lido em alemão, quando os Cavaleiros Farroupilhas, a Confraria do Livro de Porto Alegre e o Instituto Geográfico e Histórico do Rio Grande do Sul, levarão a Feira do Livro de Berlin, um livro publicado com um conto, um caso e uma lenda do nosso João Simões, do eterno Lopes Neto, que com as asas de condor, voa mundialisando seu ideal e a imagem gaúcha.

Falecido em 1916, por certo em 1912 leu as linhas do escritor Arthur Toscano que perguntou no Almanak do Rio Grande do Sul – porque carga d’agua chamam ao nosso Estado terra gaúcha, e aos rio-grandense, Gaúchos? Espero que esse Toscano autor tenha lido as obras de Simões, onde certamente encontrou as respostas.

Para pensar: Como disse Cecilia Miereles, “não há nada mais universal do que o regional” e Liev Tolstoy, “pinte sua aldeia que estarás pintando o mundo”.
      

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Fonte! Coluna Regionalsimo, de Dorotéo Fagundes de Abreu, do dia

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