Tradicionalistas prometem uma cavalgada até o governo do Estado: “Não podemos se entregá pros home”
ATC e entidades tradicionalistas vão em busca de um decreto diferenciado na vistoria de CTGs.
Os tradicionalistas de Cachoeira do Sul estão reagindo forte às interdições de todos os CTGs da cidade, proibidos de realizar promoções até que cumpram as exigências dos bombeiros, consideradas excessivas e financeiramente difíceis de cumprir.
A Associação Tradicionalista e Cultural (ATC) de Cachoeira do Sul promete inclusive uma cavalgada até o Governo do Estado para mostrar a indignação da gauchada contra o método que consideram rigoroso nas vistorias das entidades.
A ideia surgiu nesta quarta-feira (13/03), em reunião geral no CTG Estância do Chimarrão. “Primeiramente vamos recorrer aos meios legais, com uma reunião prevista para a próxima terça-feira com o comandante regional do Corpo de Bombeiros, em Santa Cruz do Sul”, informou o presidente da ATC, Vorni Prestes.
SANTA CRUZ - O encontro em Santa Cruz servirá para reavaliar a metodologia aplicada para interditar as casas tradicionalistas. Prestes e o vice da ATC, Luiz Cantes de Oliveira, ressaltam que os CTGs diferenciam-se das demais casas noturnas. “Os fandangos são realizados de luzes acesas e em estruturas amplas, com portas e janelas abertas, facilitando a evacuação do ambiente em caso de qualquer acidente”, explica. “Não tem como comparar uma boate com um CTG, que tem por tradição uma estrutura mais rústica como padrão”, acrescenta Cantes.
A ATC tem motivos para preocupação. Os cinco CTGs de Cachoeira estão interditados pelo Corpo de Bombeiros e até agora o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) não se manifestou sobre o assunto.
A cobrança dos bombeiros, considerada exagerada pela patronagem dos CTGs, já está sendo vista pelos tradicionalistas como politicagem. “Não é que não queremos segurança, nós estamos nos adequando às exigências dos bombeiros, mas há questões que são exageradas”, diz o presidente da ATC, Vorni Prestes.
>> Uma pergunta: Como assim uma cavalgada até Porto Alegre?
A indignação da gauchada é tão grande que já se fala até em reviver valores da Revolução Farroupilha no Século 21. Uma das medidas será a promoção de uma cavalgada, reforçada por entidades tradicionalistas de outros municípios que estão sofrendo com o mesmo problema. Se a ideia da ATC pegar, Porto Alegre está prestes a receber uma histórica cavalgada que irá complicar o trânsito e a vida na região metropolitana. “Cada entidade tradicionalista do estado receberá um convite desse manifesto que irá ter repercussão nacional, mostrando que o gaúcho vai lutar pelos seus valores e manter o que é mais valoroso: a nossa tradição”, enfatiza Vorni Prestes, presidente da ATC. O local e data para a cavalgada ainda não foram definidos, já que dependerá do encontro previsto para esta terça-feira.
>> Importante: Na reunião de quarta-feira da ATC também foram tratados detalhes da 50ª Semana Farroupilha de Cachoeira do Sul.
>> Atenção: O presidente da ATC, Vorni Prestes, e o vice Luiz Cantes de Oliveira, se reuniram ontem com o vereador Vinicius Cornelli, que irá acompanhá-los no encontro em Santa Cruz do Sul. Prestes e Cantes querem ocupar a tribuna popular na próxima sessão da Câmara de Vereadores. Eles contam com o apoio do vereador para um decreto diferenciando as vistorias de CTGs das casas noturnas em geral.
>> PARA SABER MAIS
O que foi exigido em cada CTG de Cachoeira do Sul:
Tropeiros da Lealdade:
Nivelar toda a pista de dança, tirando o degrau existente
Na cozinha: troca de todo o piso com peças novas sem rejuntes, forro novo, mesa de inox, exaustor, eliminador de insetos
Escadas com corrimão
Cinco barras antipânico nas saídas de emergência
Para-raio
Ao todo a obra já ultrapassa R$ 40 mil.
Estância do Chimarrão
Instalação de três portas com barras antipânico
Laudo estrutural de um engenheiro
Lanceiros da Lealdade
Cinco portas com barras antipânico
Laudo estrutural de um engenheiro
Os Gaudérios
Mudança em toda instalação elétrica
Nivelar a pista de dança
Construção de rampas
Instalação de três barras antipânico
José Bonifácio Gomes
O Corpo de Bombeiros também exigiu melhorias no CTG José Bonifácio Gomes, que não pode promover eventos na sede junto ao Parque da Fenarroz. A reportagem tentou contato telefônico com o patrão Fabrício Lima, mas ele estava em aula e a ligação foi direcionada à caixa postal.
Fonte: CTGs
O que pensam os gaúchos
"O CTG geralmente é como se fosse um galpão campeiro relembrando nossa tradição, ficando com as portas escancaradas para o acesso fácil para todo gaúcho e gaúcha. É muito diferente de uma boate onde as festas são as escuras, tendo em algumas até shows com fogos" (Paulo Gilberto Machado, patrão do CTG Tropeiros da Lealdade).
"Em plena semana do Baile da Ramada, os Bombeiros interditaram o Estância do Chimarrão. Tivemos que fazer uma correria para acontecer o baile que foi na rua. O Estância tem sete janelas grandes medindo cerca de 1 metro e meio de largura e 1 de altura, mais quatro portas largas, não teria risco de aglomeração de público. Temos contas para pagar como água e luz. Nós achávamos que estávamos dentro da lei e de repente fecharam a entidade e não nos deram um prazo para nos adequar" (Mateus Menezes, patrão do CTG Estância do Chimarrão).
“Não tem como comparar um CTG com uma boate. Deveriam ter nos dado um tempo para trabalhar e arrecadar dinheiro para fazer as melhorias. Tinha domingueira e mateada agendada e estamos impedidos de fazer, mas as contas não esperam” (João Morais, patrão do CTG Lanceiros do Sul).
"Não sou contra a fiscalização rigorosa, até acho bom. Porém foi tudo de uma hora para a outra. Estou há sete anos na patronagem e nunca aconteceu isso. Tivemos que cancelar em cima do laço o baile que estava agendado com Os Serranos. Temos que lutar pela nossa causa, pois os CTGs são diferentes das casas noturnas" (Juliano Machado Pereira, patrão do CTG Os Gaudérios).
"Peleamos por muita coisa na pata do cavalo. O CTG é uma casa familiar, não se atira bituca de cigarro e garrafas pelos cantos com o risco de acidentes, muito menos um show com fogos. Não vamos deixar nossa tradição morrer" (Santo Augusto, presidente da Cavalgada da Integração).
Fonte! O chasque acima foi publicado no sítio Facebook do CTG Estância do Chimarrão. Abram as porteiras: https://www.facebook.com/estancia.dochimarrao
....................................
Bueno! A reação, creio que está começando em Cachoeira do Sul. Que este seja o pontapé inicial e que esta ideia e atitude se multiplique Rio Grande afora.
Sejas também um multiplicador desta ideia.
Valdemar Engroff - o gaúcho taura
ATC e entidades tradicionalistas vão em busca de um decreto diferenciado na vistoria de CTGs.
Os tradicionalistas de Cachoeira do Sul estão reagindo forte às interdições de todos os CTGs da cidade, proibidos de realizar promoções até que cumpram as exigências dos bombeiros, consideradas excessivas e financeiramente difíceis de cumprir.
A Associação Tradicionalista e Cultural (ATC) de Cachoeira do Sul promete inclusive uma cavalgada até o Governo do Estado para mostrar a indignação da gauchada contra o método que consideram rigoroso nas vistorias das entidades.
A ideia surgiu nesta quarta-feira (13/03), em reunião geral no CTG Estância do Chimarrão. “Primeiramente vamos recorrer aos meios legais, com uma reunião prevista para a próxima terça-feira com o comandante regional do Corpo de Bombeiros, em Santa Cruz do Sul”, informou o presidente da ATC, Vorni Prestes.
SANTA CRUZ - O encontro em Santa Cruz servirá para reavaliar a metodologia aplicada para interditar as casas tradicionalistas. Prestes e o vice da ATC, Luiz Cantes de Oliveira, ressaltam que os CTGs diferenciam-se das demais casas noturnas. “Os fandangos são realizados de luzes acesas e em estruturas amplas, com portas e janelas abertas, facilitando a evacuação do ambiente em caso de qualquer acidente”, explica. “Não tem como comparar uma boate com um CTG, que tem por tradição uma estrutura mais rústica como padrão”, acrescenta Cantes.
A ATC tem motivos para preocupação. Os cinco CTGs de Cachoeira estão interditados pelo Corpo de Bombeiros e até agora o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) não se manifestou sobre o assunto.
A cobrança dos bombeiros, considerada exagerada pela patronagem dos CTGs, já está sendo vista pelos tradicionalistas como politicagem. “Não é que não queremos segurança, nós estamos nos adequando às exigências dos bombeiros, mas há questões que são exageradas”, diz o presidente da ATC, Vorni Prestes.
>> Uma pergunta: Como assim uma cavalgada até Porto Alegre?
A indignação da gauchada é tão grande que já se fala até em reviver valores da Revolução Farroupilha no Século 21. Uma das medidas será a promoção de uma cavalgada, reforçada por entidades tradicionalistas de outros municípios que estão sofrendo com o mesmo problema. Se a ideia da ATC pegar, Porto Alegre está prestes a receber uma histórica cavalgada que irá complicar o trânsito e a vida na região metropolitana. “Cada entidade tradicionalista do estado receberá um convite desse manifesto que irá ter repercussão nacional, mostrando que o gaúcho vai lutar pelos seus valores e manter o que é mais valoroso: a nossa tradição”, enfatiza Vorni Prestes, presidente da ATC. O local e data para a cavalgada ainda não foram definidos, já que dependerá do encontro previsto para esta terça-feira.
>> Importante: Na reunião de quarta-feira da ATC também foram tratados detalhes da 50ª Semana Farroupilha de Cachoeira do Sul.
>> Atenção: O presidente da ATC, Vorni Prestes, e o vice Luiz Cantes de Oliveira, se reuniram ontem com o vereador Vinicius Cornelli, que irá acompanhá-los no encontro em Santa Cruz do Sul. Prestes e Cantes querem ocupar a tribuna popular na próxima sessão da Câmara de Vereadores. Eles contam com o apoio do vereador para um decreto diferenciando as vistorias de CTGs das casas noturnas em geral.
>> PARA SABER MAIS
O que foi exigido em cada CTG de Cachoeira do Sul:
Tropeiros da Lealdade:
Nivelar toda a pista de dança, tirando o degrau existente
Na cozinha: troca de todo o piso com peças novas sem rejuntes, forro novo, mesa de inox, exaustor, eliminador de insetos
Escadas com corrimão
Cinco barras antipânico nas saídas de emergência
Para-raio
Ao todo a obra já ultrapassa R$ 40 mil.
Estância do Chimarrão
Instalação de três portas com barras antipânico
Laudo estrutural de um engenheiro
Lanceiros da Lealdade
Cinco portas com barras antipânico
Laudo estrutural de um engenheiro
Os Gaudérios
Mudança em toda instalação elétrica
Nivelar a pista de dança
Construção de rampas
Instalação de três barras antipânico
José Bonifácio Gomes
O Corpo de Bombeiros também exigiu melhorias no CTG José Bonifácio Gomes, que não pode promover eventos na sede junto ao Parque da Fenarroz. A reportagem tentou contato telefônico com o patrão Fabrício Lima, mas ele estava em aula e a ligação foi direcionada à caixa postal.
Fonte: CTGs
O que pensam os gaúchos
"O CTG geralmente é como se fosse um galpão campeiro relembrando nossa tradição, ficando com as portas escancaradas para o acesso fácil para todo gaúcho e gaúcha. É muito diferente de uma boate onde as festas são as escuras, tendo em algumas até shows com fogos" (Paulo Gilberto Machado, patrão do CTG Tropeiros da Lealdade).
"Em plena semana do Baile da Ramada, os Bombeiros interditaram o Estância do Chimarrão. Tivemos que fazer uma correria para acontecer o baile que foi na rua. O Estância tem sete janelas grandes medindo cerca de 1 metro e meio de largura e 1 de altura, mais quatro portas largas, não teria risco de aglomeração de público. Temos contas para pagar como água e luz. Nós achávamos que estávamos dentro da lei e de repente fecharam a entidade e não nos deram um prazo para nos adequar" (Mateus Menezes, patrão do CTG Estância do Chimarrão).
“Não tem como comparar um CTG com uma boate. Deveriam ter nos dado um tempo para trabalhar e arrecadar dinheiro para fazer as melhorias. Tinha domingueira e mateada agendada e estamos impedidos de fazer, mas as contas não esperam” (João Morais, patrão do CTG Lanceiros do Sul).
"Não sou contra a fiscalização rigorosa, até acho bom. Porém foi tudo de uma hora para a outra. Estou há sete anos na patronagem e nunca aconteceu isso. Tivemos que cancelar em cima do laço o baile que estava agendado com Os Serranos. Temos que lutar pela nossa causa, pois os CTGs são diferentes das casas noturnas" (Juliano Machado Pereira, patrão do CTG Os Gaudérios).
"Peleamos por muita coisa na pata do cavalo. O CTG é uma casa familiar, não se atira bituca de cigarro e garrafas pelos cantos com o risco de acidentes, muito menos um show com fogos. Não vamos deixar nossa tradição morrer" (Santo Augusto, presidente da Cavalgada da Integração).
Fonte! O chasque acima foi publicado no sítio Facebook do CTG Estância do Chimarrão. Abram as porteiras: https://www.facebook.com/estancia.dochimarrao
....................................
Bueno! A reação, creio que está começando em Cachoeira do Sul. Que este seja o pontapé inicial e que esta ideia e atitude se multiplique Rio Grande afora.
Sejas também um multiplicador desta ideia.
Valdemar Engroff - o gaúcho taura
Meus Amigos Tradicionalistas. Vocês viram o que o Presidente Vorni Prestes, na reunião no CTG Estãncia do Chimarrão, de Cachoeira do Sul, sobre a atitude do MTG. Pergunto. Pagamos uma anuidade e não temos qualquer retorno do MTG, muito menos jurídico. É realmente uma pena. Tem toda razão os Tradicionalistas. Não podemos ser comparador com uma Boate (que significa caixa). Somos Entidades familiares que cultuamos tradição. Não fizemos bailes fechados, em cubículos. Nossos CTG's são grandes, com bastante areas de escape emcaso de tragédia. Porquê querem acabar com as nossas Tradições. POVO SEM TRADIÇÃO NÃO SOBREVIVE.
ResponderExcluirBueno! Isto precisa mudar. Me lembro bem quando o MTG tomou a frente perante o ECAD, fazendo uma parceria com o mesmo. Isso deveria acontecer novamente. Está na hora de o MTG entra em campo novamente em defesa das suas entidades filiadas.
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