quinta-feira, 30 de abril de 2020

Museu Ergológico de Estância Os Angueras

O nome foi escolhido a partir da sugestão do poeta e historiador Apparício Silva Rillo. De origem Guarani, "Angüera" significa "espírito que volta" ou "alma que se devolve ao corpo", um pouco estranho a primeira vista, mas, logo, compreensível, pois o "Angüera" antes triste e caladão, virou cantador e tocador de viola, depois que os padres das Missões o batizaram e lhe deram o nome de Generoso e, assim, na mitologia missioneira "Angüera" pode ser considerado o patrono da música e da alegria gaúcha.

Chamado Museu da Estância, é ou pretende ser um repositório dos móveis, utensílios, veículos e trastes em geral que amparam o curso temporal das Estâncias ou Fazendas no Rio Grande do Sul e, genericamente e por extensão, de outros objetos que fizeram florescer esses estabelecimentos pastoris gaúchos. Nessa perspectiva, reúne sob seu teto todos aqueles elementos da cultura material gauchesca que, direta ou indiretamente, ajudaram o homem da região da Missões e da Fronteira (de que São Borja é uma espécie de divisor de águas), a consolidar, de 1801 e esta parte, a sociedade de pastoril - modernamente transformada em agro-pastoril - de que fazemos parte, dinamizada no tempo e no espaço por nossos ancestrais.

Um grande número de peças e elementos do que poderíamos chamar de "civilização do gado" em nossa região, não mais existem ou estão em vias de acelerado desaparecimento. Por isso a urgência de uma instituição como esta, onde, com o vagar e a pertinácia que os ideais como esse requerem, se possa reunir essas peças em processo de extinção - antes que, num amanhã cada vez mais próximo, seja impossível reuní-las. A chamada memória regional se deteriora a cada novo dia. Vimos perdendo nossas origens materiais a cada hora que passa. E entendemos - nós, de Os Angüeras - que temos compromissos com as gerações vindouras para que tal não suceda. Que fique pelo menos este Museu de pé, a contar o que fomos e de onde viemos. 

  Notícia: Documentário ‎Barranca nas Fronteiras da Arte e da Vida Site: Apparício Silva Rillo
Site: Museu Ergológico de Estância Os Angueras
Vídeo: Museu Ergológico de Estância Os Angueras
Vídeo: Herança de Apparicio Silva Rillo
Imagem: Museu Ergológico de Estância - Os Angueras 
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Sobre 

Fundado em 10 de março de 1962, com atuação permanente nos campos da música, do teatro, da literatura regional e da pesquisa de folclore, o Os Angüreas - Grupo Amador de Arte, surgiu a partir do Departamento Cultural do chamado "Clube dos Dez" - grupo de amigos que se reuniam, periodicamente, com objetivos os mais variados. 

Os fundadores do Grupo foram: Apparício e Suzy Rillo; Carlos  e Maria Moreno; José e Magda Bicca; Sady Santiago e sua noiva Ana Rosa; Darwey e Mariazinha Orengo; Telmo de Lima Freitas e Vicente Goulart. 

De um desses encontros, surgiu a primeira música do Grupo: "Valsinha de Trazontonte" - Letra de Apparício Silva Rillo e Música de José Lewis Bicca. Logo em seguida a dupla compôs "Canto a Angüera" e, a partir daí, além das inúmeras canções publicadas, o Grupo encenou peças teatrais, montou jograis, realizou bailes e jantares, participou de inúmeros festivais nativistas, dentre eles, como registro histórico, destacamos  a participação no mais antigo festival de música nativista do Rio Grande do Sul - Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana - com sendo o primeiro grupo a subir no palco para apresentar a primeira música (andarengo). Assim, antes mesmo do surgimento dos festivais o grupo já cantava e cultuava as coisas do Rio Grande. Fazendo, então, a partir disso, a construção de um repertório próprio, com letras de Apparício Silva Rillo e músicas de José Lewis Bicca. 

Fonte! Chasque publicado no sítio oficial Portal das Missões. Abra as porteiras e veja os demais retratos, clicando em: https://www.portaldasmissoes.com.br/site/view/id/1116/museu-ergologico-de-estancia-os-angueras.html?fbclid=IwAR06IHGmp6viC1REkgKhF7EXBlD4sOslBCoGctKeneEnxAo6o8g_zpvg5n4

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