Os dez
maiores gaiteiros da gaita-ponto (1)
O tradicionalismo, as
atividades tradicionalistas pelos nossos galpões, acampamentos de rodas de
mate, por aqui geralmente param em janeiro e fevereiro, para começar com todo o
vapor em março, com os seus jantares campeiros, cursos de fandango, ensaios das
invernadas, fandangos, rodeios e eventos culturais e campeiros. Mas com a
chegada a galope da pandemia do Coronavírus, estamos em recesso, desta vez de
forma forçada (#fiqueemcasa).
Então vamos trazer para a coluna alguns registros
que merecem divulgação. O meu amigo Léo Ribeiro de Souza publicou, “os dez
maiores mestres da gaita-ponto”, feito via participação de tradicionalistas e
seguidores seus de todo o Estado. E a ordem é apenas alfabética, pois não é uma
competição, apenas um registro, formado por muitas opiniões (participantes
desta enquete). Então vamos lá:
1 – Chico Brasil – o gaiteiro dos bailes – Francisco de Assis Brasil,
o Chico Brasil (de camisa preta), gaiteiro multipremiado em vários festivais e
rodeios ingressou no conjunto Os Monarcas no ano de 1992. Ali, encontrou-se
como gaiteiro de fandango. Extremamente hábil no dedilhar de uma botoneira,
Chico Brasil representa dezenas de músicos de baile que levam, com muita
alegria, o som das gaitas de botões aos salões do Brasil. Estão entre estes
grandes gaiteiros Orlandinho Rocha, Gilmar Selau, Osmar Motta, Volmir Dutra,
Neneco, Rodrigo Pires, Gerson Fogaça (que foi muito citado) e outros.
2 – Dedé
Cunha – o chamamesero –Antônio Dedé Cunha é natural de Manuã (Cabeleira),
outrora pertencente a São Borja, cidade esta (São Borja) onde vive até hoje.
Foi soldado da Brigada Militar e parceiro de grandes nomes missioneiros como
Noel Guarany, Cenair Maicá e Pedro Ortaça. Foi mestre, na botoneira, de Gabriel
Ortaça e hoje ainda é professor, difundindo este instrumento para a piazada lá
de São Borja. Dono de um estilo autêntico abrindo, nas famosas vaneiras e
chamarras de sua autoria nos cinco discos que gravou, a famosa cordeona branca
de três ilheras. Além de Gabriel, seguem os passos do grande Dedé Cunha,
gaiteiros como Tiago Rossato, San Pedro de La Cordeona, Renato Fagundes e
muitos outros. A fonte desta bagagem cultural é o sitio que recomendo, o Blog
do Léo Ribeiro. Abra as porteiras clicando em www.blogdoleoribeiro.blogspot.com. Continuaremos na próxima edição.
A tradição perdeu Alex Lima
Em plena sexta-feira santa, partiu para
a querência eterna o tradicionalista Alex Lima. Um gaúcho que militava e respirava
a tradição nas 24h do dia. Sua paixão era a dança tradicional, principalmente para
a criançada. Ensinava com maestria e fez com que muita criança se tornasse
tradicionalista desde pequeno e para toda a vida. Entre outras funções foi patrão
do CTG Estância do Rubem Berta em Porto Alegre e atualmente estava na luta pelo
tradicionalismo em Alvorada, no CTG Amanhecer na Querência, novamente como
instrutor de danças tradicionais. Nossas condolências de pesar à esposa e aos seus
filhos, familiares e amigos.
Valdemar Engroff
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