Viúva do trovador, Carminha mora no Bairro Formoza até os dias de hoje
"Hoje
a viúva está com 93 anos e reside no Bairro Formoza,
ao
lado dos filhos e netos" (Foto:
Guilherme Wunder)
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No dia 19 de junho de 2019 celebrou-se o centenário do trovador gaúcho Gildo de Freitas. No final de semana em questão, diversas cidades do interior do Rio Grande do Sul prestaram homenagens a este que foi um dos maiores cantores tradicionalistas. Contudo, o que muitos não sabem, é que sua família reside até os dias de hoje no Bairro Formoza, em Alvorada.
Gildo de Freitas nasceu em 19 de junho de 1919, no Passo D’ Areia, em Porto Alegre, na época zona rural. Em 1941, se casou com dona Carminha e passou a viver em Canoas. O casal teve cinco filhos: Jorge Tadeu, Neuza, Paulo Hermenegildo, José Cláudio e Leovegildo José. Acabou falecendo em 1982, aos 62 anos, devido a problemas respiratórios.
A reportagem conversou com a viúva de Gildo, Carminha, 93 anos. Segundo ela, eles já residiam em Alvorada há muitos anos e o seu esposo teve uma boa relação com a cidade. “O Gildo trabalhou muito em Alvorada. Ele gostava de política e foi até convidado para ser prefeito. Ele fazia o que podia para ajudar os políticos. Quando tinha campanha, todos os candidatos vinham atrás dele”, conta a alvoradense.
Segundo ela, assim como em todos os lugares, o povo de Alvorada era muito fã dele e, por isso, eles fixaram raízes na cidade. “O Gildo era um homem muito popular e gostava muito de ajudar as pessoas. Ele está morto, mas para os fãs dele, parece que o Gildo está vivo. Ele foi um artista muito querido pelo povo e a gente vê isso até hoje”, confessa Carminha.
Para a viúva, a história do trovador não termina mais e uma prova disso foram as festividades da última semana. “Tiveram duas festas muito grande. Era muita gente na cavalgada e no rodeio. Isso em Viamão. Aqui em Alvorada não foi feito nada para ele. Eu fiquei nervosa, pois era muita gente. Eu fiquei muito feliz de tanta gente lá. Ele está na história do Rio Grande do Sul como o maior trovador”, salienta a alvoradense.
Teixeirinha e Leonel Brizola
Uma das perguntas que não poderiam faltar nesta entrevista era sobre a amizade entre Gildo de Freitas e Teixeirinha (muitos diziam que eles não se davam). “O Teixeirinha e o Gildo eram amigos. A única diferença dos dois era que o Teixeirinha era orgulhoso e o Gildo jamais fechava a porta para alguém. Quando o Teixeirinha foi casar, o Gildo o ajudou e inclusive deu a fatiota”, conta Carminha.
Além disso, ela explica que o Teixeirinha queria ajudar e sempre aconselhou o trovador e a família dele, apesar de nunca conseguir convence-lo. “O Teixeirinha sempre dizia que o Gildo ia morrer pobre e me deixar pobre. Eu nunca dei bola e sempre dizia que era o jeito do meu marido e que não tinha problema para eu viver assim”, relata a viúva.
Outra grande amizade do trovador era o político Leonel Brizola (PDT), com quem conviveu bastante e frequentou a casa um do outro. “Se o Gildo chegasse ao Palácio Piratini e não avisasse o Leonel Brizola, ele ficava bravo. O governador sempre disse que ele não tinha que esperar e que as portas estavam sempre abertas para ele”, conclui Carminha.
Fonte! Chasque publicado na edição do dia 28 de junho de 2019, do Jornal A Semana de Alvorada (RS). Veículo que também está nos potreiros da internet. Basta clicar e buscar o chasque: http://www.jornalasemana.net/noticias/geral/“ele_esta_morto,_mas_para_os_fas_dele,_parece_que_o_gildo_esta_vivo”/7103
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