quinta-feira, 25 de junho de 2015

MAIS UM INVERNO NO SUL

Domingo 21 de junho, deu início ao inverno no hemisfério sul, período em que no sul do sul, a geada vem para matar pragas no campo e adoçar as bergamotas.

Das pragas mais comuns que o inverno inibe no gado é o carrapato, em contrapartida na agricultura não inibe outras tantas que fomentam o uso dos agrotóxicos responsáveis pelo envenenamento dos alimentos, da terra e das águas.

De qualquer sorte o inverno como as demais estações do ano tem seu bônus e ônus, aqui o frio não perdoa, mas o canto dos Demônios da Garoa, popularizaram que Deus dá o frio, conforme o cobertor, ditado correto pois  numa visão erga omnes, se compararmos por exemplo a nossa região com a nordestina, lá também é inverno, mas a temperatura não será menor que 25 graus, enquanto aqui já passou do zero grau negativo.

Os madrugadores de sempre, que durante toda a semana acordam ás 4, ás 5, ás 6 horas para trabalhar, nos domingos ou feriados talvez não levantem ficando um pouquinho mais na cama quente, que lhes expulsará pelo abito, daí é saltar, lavar a cara, fazer o fogo, bem provável batendo os tições da noite passada, que ainda fumegam na lareira pelo pai de fogo de angico, que não se entrega assim no mais.

E bueno, existe ainda os que tem o fogão a lenha, que estando bem de gravetos, logo arderão as estilhas de acácia negra ou eucalipto, aquecendo água e alma, levando pra o céu, o cheiro da terra madre, porém ainda temos e em muito maior número, os que se aquecem com gás ou eletricidade, nos fogões e nos aquecedores de ar, instalados nos apartamentos.

Mas não importa a forma da qual comungamos com o inverno, se a lenha, a gás ou a eletricidade, o que vale é que a água do mate ou do café não ferva, para não queimar a erva ou o pó, que dão um gosto de coragem, mantendo nossos espíritos firme, confortando o corpo, deixando a mente atenta as coisas salutares da vida. 

Depois de sorver o mate, o café, a quem pigarreie um pito, como diz o verso do nosso  Leonardo – Jader Moreci Teixeira, “o pito que eu pito envolto na palha do milho que é ouro,  espalha no céu a fumaça com o cheiro da terra que eu vim”....

Aos que perambulam no frio, nas ruas, por certo sentirão o aroma das chaminés, brotando saudade das casas velhas, da infância, da juventude, onde nos fornos, assavam pães, pinhão, amendoim, linguiça e carne de todos os tipos, amenizando o inverno com o calor do coração, num domingo qualquer em família, que devíamos cultuar em todas as estações.

Para pensar: O inverno nos une pelo frio fazendo calor humano!

Fonte! Chasque Regionalismo por Dorotéo Fagundes de Abreu, edição desta semana


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