domingo, 7 de junho de 2015

DUAS ALMAS DUAS PENAS



Como diz o verso de Luiz Menezes, “A morte é china maleva, traiçoeira que até da pena, vive a pealar gente buena, sem se importar com o gaudério, não sei que estranho mistério, em minha emoção se espelha, quando minha se ajoelha frete a cruz de um cemitério...”

O Rio Grande do Sul em especial a categoria poética, musical, está de luto pelo passamento de duas almas que nessa encarnação foram batizadas como SÉRGIO NAPP em Giruá, 1939 e ARTHUR BONILLA em Cruz Alta, 1982, deixando uma lacuna insubstituível pelos seus talentos, um de letrista, poeta, escritor e outro de instrumentista, compositor.

A morte é um tema muito debatido e conflitante por incompreendido, há quem diga, um tema infinito eu acho que não, a vida é tema infinito, porque a morte é o nome que se dá para o fim da fida neste plano onde o espírito teve um experiência humana.

Porém ninguém aceita a morte, todos queríamos ser infinitos neste plano, por supostamente não conhecermos os outros, porque quando encarnamos, nos é bloqueado todo o passado que nos será mostrado ao retornarmos a nossa casa espiritual, onde repousam desta jornada, nossos queridos amigos NAPP E BONILHA.

Um com 75 anos, outro com 34, o que nos faz perguntar: Porque Deus não deixou o Arthur desfrutar mais sua vida terrena, como fez com o NAP? Qual será o castigo, viver mais ou menos neste Planeta? Todos queremos vida longa, não importando as condições que nos encontramos, se rica, remediada ou pobre materialmente, o fato é que quando chega essa questão morte, queremos viver aqui, nem que estejamos mal, doente, velho, o desejo é de ficar pra sempre.

Mas isso, infelizmente ou felizmente, todos já sabemos que não dá é impossível, pois o que nasceu tem que crescer e o que cresceu tem que morrer, lei imutável, que precisamos estudar mais, para sofrer menos o processo da desencarnação. Os exemplos diários da morte corporal física, não tem feito certos homens se curvarem ao poder da natureza de Deus, porque além da maledicência que fazem, pensam que não morrerão e se morrerem, azar, terminou, nada lhe será cobrado. Ledo engano!  

Dalai Lama, disse certa feira que “tem gente que vive como se nunca fosse morrer e morrem como se nunca tivesse vivido”, porque nada fizeram de bem nesta existência, se formaram e pós graduaram nos vícios, sem o mínimo remorso.

Já dos nossos dois que partiram, SERGIO NAP E ARTHUR BONILHA, tenho certeza, foram para o paraíso, para o lugar dos justos, para o recanto da paz de onde poderão vislumbrar o quanto são quistos por aqui, onde ficou um rastro de luz pela música e pela poesia dos dois.     

Para pensar: A morte nada mais é que uma emissária de Deus que nos traz a passagem, para voltarmos pra casa, queiramos ou não!   

Fonte! Chasque Regionalismo desta semana, por Dorotéo Fagundes de Abreu. 


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