sexta-feira, 29 de março de 2019

Chasque do Ricardo Casca Pereira no Informativo Regional - 28/03/19


“PARAR RODEIO”!
           Parar rodeio é a ação de se juntar todo o gado de uma invernada em um certo lugar já determinado. Os antigos tinham por hábito assinalar o local do rodeio cravando um pau alto e nele dependuravam um couro; também servia para chamarisco do gado.

Para um pelado de rodeio era escolhido sempre um lugar plano e no alto de uma colina. Em uma invernada de 10 ou 20 quadras podia haver dois rodeios. A finalidade do rodeio era para se revisar o gado, dar sal, curar os abichados e terneiros recém-nascidos, como apartar, se fosse necessário, com auxílio do sinuelo.

De preferência os rodeios eram tocados ao clarear do dia. Ao chegarem na invernada o patrão ou capataz distribuía o pessoal. Cada um saía para um costado; nada de dois peões juntos. Salvo, em casos difíceis, como tirar um boi da manheiro do mato, sanga ou lagoa. O gado era levado para o rodeio às portas, tocado aos gritos de peões e cachorros. 

Cerrado o rodeio, o patrão determinava a peonada. Dois ou três dos mais moços ou guris ficavam encarregados de atacar o rodeio. Aos mais campeiros, tocava de laçarem as reses abichadas. Dois gaúchos boleavam a perna, maneavam seus cavalos e, a pé, preparavam-se para curarem as bicheiras dos animais que eram trazidos ou afastados no laço até ao seu alcance. Os curativos eram feitos com creolina, vinda em vidros retovados de couro, e esterco de cavalo seco e esfarelado, trazido em uma sacola feita de um cano de bota. Com ambos na palma da mão, faziam uma massa que era introduzida nos buracos da bicheira, os ferimentos e no umbigo dos abichados. 

O sal era levado em uma carrocinha de cincha puxada por um piá a cavalo. Era distribuído ao gado em pequenos montes depositados no pasto, distanciados um do outro de dois corpos de animal, formando um grande círculo; isto depois de terminado o serviço no rodeio. Ao abandonarem o rodeio, os gaúchos apartavam, os animais cujas bicheiras fossem de gravidade para serem, com mais atenção, cuidados no potreiro. Hoje em dia, não se costuma mais parar rodeio para costeio, porque o gado é levado a cada 12 ou 15 dias para a mangueira a fim de ser banhado.

Atualmente há outra interpretação da palavra rodeio. As vezes os jornais trazem estampados: "Grande Rodeio em Vacaria ou Alegrete"- estes rodeios diferem do que acima foi descrito. São espetáculos festivos apresentados nas cidades, a fim de demonstrar ao público cenas gaúchas verídicas, proezas que eram realizadas nas estâncias e nos campos. Este tipo de rodeio é criação dos americanos. 

Porém, deve, entre nós, ser apreciado e mantido com entusiasmo. Nestes espetáculos o povo pode avaliar a perícia e costumes tradicionais de que eram capazes os gaúchos.
                                    
Fonte: http://www.culturagaucha.com.br/rodeio.htm

          Parabéns São João do Sul pelo XXV Rodeio do CTG Porteira Catarinense, estive por lá e gostei muito do que vi, obrigado pela receptividade, em especial ao Maiquiu, do Informativo Regional.

                Domingo tem mais “Chimarreando com casca e tudo” – 106.1 FM – Rádio Maristela de Torres – Te aprochega tchê!

Fonte! Chasque de autoria de Ricardo "Casca" Pereira, publicado nas páginas do Jornal Informativo Regional, da cidade de São João do Sul - SC, na sua coluna "Chimarreando com Casca e Tudo", na edição do dia 28 de março de 2019. 

      Ricardo também produz e realiza o programa gaúcho  "Chimarreando com Casca e Tudo", aos domingos, na Rádio Maristela FM, da cidade de Torres, das 10 às 13h. Sintonize abrindo as porteiras clicando em www.radiomaristelafm.com.br

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