Centelha Farroupilha foi conduzida, a cavalo, desde Venâncio Aires
Piquete que conduziu o símbolo fez 20 quilômetros por dia Crédito: PEDRO REVILLION |
Após uma viagem a cavalo que começou na
tarde de sábado, a Centelha Farroupilha, conduzida por 11 cavaleiros,
desde Venâncio Aires, chegou ontem a Porto Alegre. O símbolo gaúcho foi
recebido na Capital com solenidade às 12h30min na nova sede da 1 Região
Tradicionalista do Rio Grande do Sul, no bairro Tristeza. "Partimos com os cavalos e uma carruagem, com mantimentos essenciais e cozinheiro. Pelo caminho, pedimos licença para pouso, ficamos em galpões ou dormimos embaixo de árvores. Precisamos estar perto e tratar dos cavalos durante a noite", conta um dos integrantes do grupo. O Piquete fez uma média de 20 km por dia, cavalgando 4 horas pela manhã e 4 horas à tarde. "Pelo caminho, sentimos muito orgulho de sermos quem somos e estarmos responsáveis por esse símbolo tão antigo. Em uma comunidade, todas as crianças saíram da escola, nos cercaram e questionavam por que estávamos passando, quem éramos, por que fazer isso. Estávamos levando o ser gaúcho", conta Paulo Souza, um dos cavaleiros. Segundo Nairo Callegaro, coordenador da 1 Região Tradicionalista do Estado, a Centelha tem significados múltiplos. "Cada um tem seu sentimento do que é ser gaúcho e do que ela pode representar. Em minha opinião, remete à união de um povo em torno da cultura e tradição. Lutamos muito. Até 1700 estávamos defendendo fronteiras, discutindo identidades. Chegaram os colonos e etnias se uniram à formação de nosso povo. Em todas as culturas, há cenas de guerra, luta, conquistas, uniões e valores. Em comum, a visão da terra como fonte de vida, objeto de amor. Um povo que optou em ser brasileiro", afirma. "Esse fogo representa lembrança e resgate de valores éticos e sociais que ancestralmente nos unem", completa. Fonte! Chasque publicado no jornal Correio do Povo de Porto Alegre - RS, na edição do dia 24 de agosto de 2012. |
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