sábado, 16 de janeiro de 2021

Coluna Tradição e Cultura do Jornal A Semana de Alvorada (RS) - 15.01.21

  Somos contra a mudança!

Créditos! https://www.equinautic.com.br

          Existem dois projetos: um propõe alterar a letra do hino rio-grandense, e outro que quer impedir esta mudança. Pessoalmente somos contra qualquer mudança na letra deste que é um dos maiores patrimônios culturais e imateriais do nosso Estado. Se houver mudança, vai abrir porteiras para outras mudanças em outras obras culturais, o que é inadmissível (quando nos dermos conta, vão querer mudar letras dos saudosos Gildo de Freitas e Teixeirinha entre outros). Veja os dois chasques abaixo:

 1 - Mudanças no Hino Riograndense?

O deputado Estadual Luiz Fernando Mainardi (PT) está propondo a aprovação de uma lei para mudar o hino rio-grandense, especificamente o trecho “povo que não tem virtude, acaba por ser escravo”, considerado racista por historiadores e pelo movimento negro, por transferir a culpa pela escravidão às suas vítimas e não aos opressores. O projeto está pronto e deve ser protocolado na Assembleia Legislativa, de acordo com o autor, no começo de fevereiro.

Mainardi está sugerindo uma nova forma, passando para " Povo que não tem virtude, acaba por escravizar". O Deputado informou que discutiu o tema com seus colegas da bancada do PT e se inspirou nos vereadores de Porto Alegre, que se manifestaram contra este trecho do Hino. O projeto de lei deve ser protocolado em fevereiro na Assembleia e vai para discussão nas Comissões da Casa antes de ir à votação. O projeto foi apresentado a vereadora de Porto Alegre, Laura Sito. Chasque publicado sítio O Farrapo: http://www.farrapo.com.br/.

2 - Sem mudanças no Hino Riograndense?

O deputado estadual Ruy Irigaray (PSL), protocolou projeto de lei na Assembleia gaúcha para garantir a “imutabilidade” dos símbolos estaduais, como o Hino Riograndense, para que não possam ser alterados.

“Minha iniciativa se reflete a partir da atitude de vereadores que se recusaram a cantar uma parte do Hino Rio-Grandense, alegando que o trecho é de cunho racista. Em consequência, o deputado Mainardi (PT) apresentou um PL que propõem realizar a alteração da referida parte do hino. Não podemos aceitar esse absurdo contra a tradição gaúcha. Precisamos proteger e respeitar os símbolos, origem e história do nosso Estado”, disse o deputado. Chasque de Giovani Grizotti, publicado em seu Sítio Facebook.

Cavalo Crioulo – a raça dos pampas gaúchos

O crioulo é uma raça originária da cruza de sangue andaluz e berbere, introduzidos no sul do continente, hoje é o Rio Grande do Sul, por espanhóis aventureiros e padres jesuítas nos primeiros anos após o descobrimento do Brasil. Após as campanhas e guerras na região nesse período colonial os animais se perderam e passaram a se criar livremente nas planícies do pampa, vivendo em estado selvagem por cerca de quatro séculos. Nesse período, as duras condições do clima acabaram criando, através da seleção natural, uma raça extremamente resistente a alta amplitude térmica, quanto à seca e à falta de alimento. Normalmente são criados livres, em grandes pastos, e quando chegam à idade adulta são laçados e domados.

Curiosidade! O nome tobiano veio do brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar. Diz a lenda que ele, ao chegar ao Rio Grande do Sul, em 1844, para juntar-se aos farroupilhas, trouxe alguns de seus soldados que montavam cavalos com manchas brancas e escuras. Esses animais passaram a ser conhecidos como “tobianos”. Fonte! Portal das Missões: www.portaldasmissões.com.br.

 Valdemar Engroff

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