domingo, 6 de setembro de 2015

28ª EXPOINTER



Mais uma vez estamos em tempo de Expointer que acontece no inverno com gosto de primavera que nos chegará em 23 de setembro. Esta feira colossal, deu-se início em 1901, já nasceu grande lá no Menino Deus em Porto Alegre e ficou maior, vindo acampar por definitivo no Parque Assis Brasil, em Esteio desde 1972.

Dizer que por aqui passa tudo que representa a glória do Ser Gaúcho parece chover no molhado, mas não, porque a produção rural se renova com as safras, logo não estaremos dizendo do passado e sim do presente Campeiro que vem garantindo nossa balança comercial, de uma feira que acontece com ou sem governos, com crises ou ainda melhor sem elas, como é o caso do campo, setor que felizmente vem tendo suas compensações, apesar dos insumos nunca reduzirem.

Assim uma força extraordinária material e espiritual se plasma em Esteio, no parque de 141 hectares, com 45.300 metros quadrados de pavilhões e 10 mil vagas para estacionamento, reunindo mais de meio  milhão de pessoas, entre expositores, técnicos, imprensa, autoridades, convidados especiais e público em geral para curtirem em exposição: 151 raças de animais; Julgamentos e leilões; Desfile dos Campeões; Show de Máquinas; Feira de Agricultura Familiar, de artesanato, de maquinários e tecnologia; Palestras Técnicas; Concurso Freio de Ouro; Troféus e Prêmio de Melhores da Terra; Atrações Culturais - Shows diários de música, dança, apresentações folclóricas, apresentação de bandas marciais e  o Bolevar, uma área de sociabilidade de bares e restaurantes com música ao vivo que promove um belo festival gastronômico típico.

Apesar de o Rio Grande do Sul ter pouco mais que 200 anos, a pujança exibida aqui, marcará no ano que vem 400 anos da formação de um ser miscigenado remanescentes de tribos guerreiras habitantes da pampa, cruzados com os moços perdidos de Buenos Aires, nômades, hábeis cavaleiros, campeadores, extremamente valentes, desprendidos de tudo, inclusive da vida, valorosos, leais e hospitaleiros, finalmente reconhecidos e chamados de Gaúcho.

Soma-se nessa resultante biológica, todas as demais etnias chegas no cone sul americano nos dois últimos séculos, formando o gaúcho de agora que atavicamente, apresenta comportamento psicológico desde a vocação agrícola do tape, à agressividade charrua e minuano, à paz espiritual e pecuarista do guarani, ao aventurismo bandeirante.      

É JUSTO DIZER que o gado e o cavalo vieram antes do gaúcho, e se esses não tivessem existidos, nós seriamos qualquer coisa menos gaúchos, uma estirpe que carrega no peito um estado de espírito permanente de amor a terra e de liberdade, que fez chegar até nossos dias além do ser, usos e costumes, cultura literária e musical a lembrar de nossos ancestrais e suas bravatas. Marco Aurélio Campos, quando escreveu “EU SOU GAÚCHO E ME BASTA PRA SER FELIZ NO UNIVERSO”, não tratava de prepotência e sim de alguém definido, resolvido no mundo.  Por isso a EXPOINTER sempre será um grande espetáculo!

Para pensar: Essa é a produção fundamental, e não primária como dizem

Fonte! Chasque semanal "Regionalismo", por Dorotéo Fagundes de Abreu.

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