quinta-feira, 17 de setembro de 2015

150 ANOS DE JOÃO SIMÕES LOPES NETO

Caros leitores, com muita satisfação relato que mais uma vez a Cavalgada Farroupilha aconteceu com sucesso, sendo um evento cívico, cultural que atingiu maturidade, na 23ª edição, integro nos seus propósitos, cívico por cultuar nossos heróis e cultural por gerar rotas de turismo histórico, filmes documentários e livros sobre a vida dos homenageados.

Contando com o elogiável patrocínio da CELULOSE RIOGRANDENSE, SICREDI e  PREFEITURA de PELOTAS, com apoio das FERRADURAS POTRO, VINHOS LANCEIRO NEGRO, CABANHA BARAÚNA de São Lourenço do Sul, ESTÂNCIA CORONILIA em Piratini, PREFEITURA de CERRITO, FAZENDA da AMIZADE em Capão do Leão, CTG THOMAZ LUIS OSÓRIO, UNIÃO GAÚCHA e ESTÂNCIA DA GRAÇA de Pelotas, da MAÇONARIA Gaúcha, dos Programas GALPÃO do NATIVISMO da Rádio Gaúcha, GAUCHESCO & BRASILEIRO do STC, desta coluna e por consequência deste veículo, tudo correu magnificamente.

Assim com a graça de Deus, o evento teve iniciou em Piratini na Estância da Coronilha, passando pelos campos de Pedro Osório, Cerrito e Capão do Leão, findando em Pelotas, na Estância da Graça, onde está enterrado o umbigo de João Simões Lopes Neto, que pelos 150 anos de nascimento neste ano, vem tendo várias atividades e dentre elas, essa cavalgada que vai fazendo pátria e semeando cultura, cumprindo fielmente os propósitos da instituição promotora, batizada de Instituto Cavaleiros Farroupilhas.

O trajeto materializou a imaginação de Simões Lopes na escrita do conto TREZENTAS ONÇAS, que mostra de forma espetacular o caráter do Gaúcho no personagem Blau Nunes, cheio de coragem, dignidade e campeiríssimo, que partiu de Pelotas rumo a Piratini, para buscar uma tropa e no caminho, por uma sesteada em descanso, esqueceu a guaiaca com o pagamento da encomenda.

O tropeiro ao chegar para uma pousada na Coronilha, deu-se por conta que estava sem a guaiaca que dormira numa pedra na encosta do Rio Piratini, no passo Novo, onde imediatamente voltou em polvorosa, passando por uns cavaleiros na estrada, para recuperar seu extravio e não conseguiu, porque aqueles andantes já o tinham encontrado.

O insucesso da sua empreitada, naquele instante, por ser um homem de princípios, pensou em se matar, pondo fim a vergonha que lhe invadiu o peito, mas como um homem de lei não foge da raia, retomou a galope para a Coronilha, decidido assumir a responsabilidade do erro, vendendo tudo que tinha para honrar o prejuízo com seu patrão.

Quando apeou novamente na Coronilha e adentrou na sala da Estância, se deparou com aquele grupo de andantes e viu, encima da mesa, como se fosse uma cobra enrodilhada, seu pertence com as trezentas moedas de ouro que lhe foram devolvidas.

Esse episódio revela o espírito honesto do ser Gaúcho de antanho, que os Cavaleiros Farroupilhas e os homens de fundamento desta terra, tanto preservam e respeitam.

Por isso nestes tempos de muita falta de vergonha das elites no Brasil, que corrompem homens e instituições, fomos cobrir este evento, justamente para prosear com os simoneanos, conhecer e revelar tudo sobre o ideal desse grande gaúcho heroico, nascido na Estância da Graça em Pelotas em 9 de março de 1865, que desencarnou aos 51 anos, em 14 de junho de 1916, deixando um legado maior do que qualquer Copa do Mundo.

Para pensar: Quando se quebram princípios o dano prejudica gerações!

Fonte! Coluna Regionalismo desta semana, por Dorotéo Fagundes de Abreu


Nenhum comentário:

Postar um comentário