O dia 20 de setembro é o marco
inicial da Revolução Farroupilha (1835-1845), que eclodiu durante a
Regência Una do Padre Diogo Antônio Feijó (1784-1843), na Província de
São Pedro (RS). Ocorreram 59 vitórias para cada lado e 3,4 mil óbitos. O
lado farrapo perdeu quase o dobro de homens ao finalizar a guerra. O
Rio Grande do Sul estava bastante prejudicado, no seu aspecto econômico,
devido aos altos impostos taxados, principalmente sobre o charque
(carne seca) e o couro. Nosso principal produto econômico sofria a
concorrência do charque platino, vendido ao Império a baixo custo e com
melhor qualidade. Com a Independência da Província da Cisplatina
(Uruguai), em 1828, o charque uruguaio começou a competir com o nosso
produto que abastecia o mercado interno brasileiro, alimentando a
escravaria e as camadas mais pobres da população. Além da questão
econômica, havia, entre outros motivos, a insatisfação quanto à política
centralizadora do presidente da Província, Fernandes Braga (1805
-1875).
Diante do descaso do Império, em relação aos problemas sociopolíticos e econômicos que assolavam a Província de São Pedro, um grupo de maçons articulou a tomada de Porto Alegre na noite de 19 para 20 de setembro de 1835. A decisão, quanto à invasão da capital da Província, pela Ponte da Azenha, ocorreu na primeira Loja Maçônica de Porto Alegre, "Philantropia e Liberdade", fundada em 1831, na Rua do Rosário, atual Vigário José Inácio. No dia 18 de setembro de 1835, Bento Gonçalves da Silva (1788-1847) abriu a reunião que decidiu o início da Revolução Farroupilha. Estavam presentes na Loja: José Gomes Jardim (1774-1854), Onofre Pires (1799-1844), Pedro Boticário (1799-1750), Vicente da Fontoura (1807-1860), Paulino da Fontoura (?-1843), Antônio de Souza Neto (1803-1866) e Domingos José de Almeida (1797-1871). Quando Porto Alegre foi invadida pelos farroupilhas, em setembro de 1835, o presidente da Província, Fernandes Braga, seguiu para Rio Grande, assegurando o porto nas mãos do governo imperial. Os líderes farroupilhas José Gomes Jardim (1774-1854), João Manuel de Lima e Silva (1805 - 1837) e Onofre Pires (1799-1844) invadiram o Palácio do Governo, não encontrando resistência. No dia 21 de setembro, Bento Gonçalves da Silva (1788-1847) chegou a Porto Alegre, vindo de Guaíba, sendo recebido num clima de comemoração.
Em 15 de junho de 1836, Porto Alegre foi retomada pelos imperiais sob o comando do major Manuel Marques de Souza (1804- 1875), futuro Conde de Porto Alegre, após sua fuga do Presiganga (navio-prisão), ancorado no Guaíba. Apesar dos esforços, os farroupilhas não conseguiram invadi-la, novamente, embora a tenham sitiado, por três vezes, a partir de Viamão. Graças a essa resistência, Porto Alegre recebeu de D. Pedro II, em 1841, o título de "Mui Leal e Valerosa Cidade", que está registrado no Brasão da Cidade, criado pela lei n 1.030, em 22/01/1953. A lei foi assinada pelo prefeito Ildo Meneghetti (1895-1980), sendo o responsável pelo desenho Francisco Bellanca.
Fonte! Chasque de Carlos Roberto da Costa Leite - coordenador do setor de Imprensa do Musecom, publicado nas páginas do Correio do Povo de Porto Alegre - RS, na edição do dia 10 de setembro de 2012.
Diante do descaso do Império, em relação aos problemas sociopolíticos e econômicos que assolavam a Província de São Pedro, um grupo de maçons articulou a tomada de Porto Alegre na noite de 19 para 20 de setembro de 1835. A decisão, quanto à invasão da capital da Província, pela Ponte da Azenha, ocorreu na primeira Loja Maçônica de Porto Alegre, "Philantropia e Liberdade", fundada em 1831, na Rua do Rosário, atual Vigário José Inácio. No dia 18 de setembro de 1835, Bento Gonçalves da Silva (1788-1847) abriu a reunião que decidiu o início da Revolução Farroupilha. Estavam presentes na Loja: José Gomes Jardim (1774-1854), Onofre Pires (1799-1844), Pedro Boticário (1799-1750), Vicente da Fontoura (1807-1860), Paulino da Fontoura (?-1843), Antônio de Souza Neto (1803-1866) e Domingos José de Almeida (1797-1871). Quando Porto Alegre foi invadida pelos farroupilhas, em setembro de 1835, o presidente da Província, Fernandes Braga, seguiu para Rio Grande, assegurando o porto nas mãos do governo imperial. Os líderes farroupilhas José Gomes Jardim (1774-1854), João Manuel de Lima e Silva (1805 - 1837) e Onofre Pires (1799-1844) invadiram o Palácio do Governo, não encontrando resistência. No dia 21 de setembro, Bento Gonçalves da Silva (1788-1847) chegou a Porto Alegre, vindo de Guaíba, sendo recebido num clima de comemoração.
Em 15 de junho de 1836, Porto Alegre foi retomada pelos imperiais sob o comando do major Manuel Marques de Souza (1804- 1875), futuro Conde de Porto Alegre, após sua fuga do Presiganga (navio-prisão), ancorado no Guaíba. Apesar dos esforços, os farroupilhas não conseguiram invadi-la, novamente, embora a tenham sitiado, por três vezes, a partir de Viamão. Graças a essa resistência, Porto Alegre recebeu de D. Pedro II, em 1841, o título de "Mui Leal e Valerosa Cidade", que está registrado no Brasão da Cidade, criado pela lei n 1.030, em 22/01/1953. A lei foi assinada pelo prefeito Ildo Meneghetti (1895-1980), sendo o responsável pelo desenho Francisco Bellanca.
Fonte! Chasque de Carlos Roberto da Costa Leite - coordenador do setor de Imprensa do Musecom, publicado nas páginas do Correio do Povo de Porto Alegre - RS, na edição do dia 10 de setembro de 2012.
Sou o autor deste artigo! Sinto-me gratificado em vê-lo postado neste espaço de tradição e Cultura.
Cordialmente,Carlos Roberto Saraiva da Costa Leite. Visitem e divulguem o Museu da Comunicação Hipólito José da Costa.
Bueno! É uma honra receber a sua visita neste modesto sítio, que está à disposição do tradicionalsimo desta terra chamada mundo.
ExcluirMuito obrigado e volte sempre