Muitos gaúchos mais experientes não gostam do termo gentílico “gaudério”, por se tratar, no passado, de algo pejorativo, mas “gaúcho” também já foi sinônimo de “vagabundos ou ladrões do campo que matam os touros chimarrões”. E o que isso tem a ver com marketing? Respondo: Tudo! Está mais do que na hora de desapegarmos dos métodos do passado e acordarmos para 2016. Se antes “gaudério” era ofensa, hoje quando me chamam de gaudério me sinto elogiado, pois hoje gaudério é popularmente conhecido como aquele que cultiva nossas tradições, assim como, aquela faixa na frente do galpão, divulgando um evento da entidade, não funciona mais como em 1980. É preciso fazer mais, muito mais.
Antigamente o grande evento da cidade era o baile no CTG, hoje não é mais, salvo em raras exceções, em cidades pequenas talvez. Durante o seu evento haverá dezenas de outras atrações acontecendo ao mesmo tempo: festas de igreja, baladas jovens e uma série de outras distrações que levarão o seu público para outros caminhos, que talvez nem sejam melhores, mas souberam ao menos “parecer melhor”, que o seu evento nos dias que antecederam.
Por outro lado, os novos tempos trouxeram uma infinidade de ferramentas, e eu que já fui responsável pela comunicação de 5 entidades relacionadas a tradição, pude experimentar boa parte destas alternativas, e com certeza a faixa ainda é indispensável, mas longe de ser primordial. Não podemos mais depender de que o público passe na frente da entidade para ver sua faixa de R$ 30,00, muito menos contar com o boca-a-boca, é preciso ir atrás destas pessoas e ser agressivo. Quantas vezes já participamos de eventos “bem” organizados, comida boa, conjunto bom, mas com pouquíssimas pessoas, e alguém disse “foi mal divulgado”? Eu fui a muitos, e uma certeza tenho: Foram MAL organizados. A divulgação não pode ser o detalhe onde frases são ditas destas formas: “se der faremos”, “faz uma faixa”; ou “sempre fazíamos só isso”. A divulgação tem que ter a mesma importância da escolha da comida e do conjunto que vai animar, ou até maior.
Não tenha receio de gastar, mas procure alternativas gratuitas como notas em jornais locais, redes sociais ou anúncios em eventos parceiros na região. Quanto ao investimento, não há mais como pensarmos que um evento, que tem um alto investimento, não deva ter uma razoável quantia de dinheiro em divulgação, afinal este evento somente se pagará caso o galpão esteja cheio. Calcule perguntando algo simples “Quantos ingressos são necessários vender para pagar esta ação? ”. Se uma faixa custa R$ 90,00 e o ingresso é R$ 30,00, são necessários apenas 3 vendidos. Por outro lado mídias caras tendem a não dar o retorno necessário para se pagar, portanto pense pequeno (barato) e pulverizado, junto com médias ações mais pontuais (um pouco mais caras). E impulsione no Facebook, vale a pena.
Fonte! Sítio Facebook Jeandro Garcia! https://www.facebook.com/jeandrogarcia
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