domingo, 27 de março de 2016

MAIS POESIA É MAIS HUMANIDADE

Pelo dia da poesia, temos que cultuar os poetas, essas belezas de almas que aqui chegaram com a faculdade divina de expressar em rimas o sentimento humano.

Nosso Estado é prodigo em poetas, poetisas e poesia, tanto que temos de largo tempo a Estância da Poesia Crioula, fundada em 1957 pelo uruguaianense Hugo Ramires, que determina a gloria da nossa poesia, que realiza até nossos dias eventos poéticos, literários que vão forjando cultura.

O Dia da Poesia no mundo é 21 de março, criado pela Unesco, mas no Brasil é dia 14 de março, pelo nascimento de Castro Alves, mas aparece também correndo por fora, o dia 31 de outubro, como o Dia Nacional da Poesia, pelo nascimento de Carlos Drummond de Andrade, em lei circulando no congresso, é claro que essa distorção só poderia vir da esfera política, porque nenhuma cabeça sadia tentaria desqualificar uma data antiga, que por todos os poetas homenageia alguém e justissimamente como Castro Alves, para qualificar outrem, que, mesmo com merecimento, não justifica a nova data, porque ofende a já existente e a memória do homenageado.

Obviamente que Drummond, deve ter se revirado no caixão com tal atitude, que julgo da comum, infeliz e encruada demagogia politiqueira nacional.

Pra quem não sabia, Antônio Frederico de Castro Alves foi um importante poeta brasileiro do século XIX. Nasceu na cidade de Curralinho (Bahia) em 14 de março de 1847 e viveu até 1871.  O jovem baiano, simpático e gentil, apesar de possuir gosto sofisticado para roupas e de levar uma vida relativamente confortável, foi capaz de compreender as dificuldades dos negros escravizados, manifestando toda a sua sensibilidade, escreveu versos de protesto contra a situação a qual os negros eram submetidos. Este seu estilo contestador o tornou conhecido como o “Poeta dos Escravos”. 

Aos 21 anos de idade, mostrou toda sua coragem ao recitar, durante uma comemoração cívica, a celebre poesia “Navio Negreiro”, onde a elite da época de mau grado, ouviram-no clamar versos que denunciavam os maus tratos aos quais os negros eram submetidos. 

Além de poesia de caráter social, este grande escritor também escreveu versos líricos-amorosos, de acordo com o estilo de Vítor Hugo. Pode-se dizer que Castro Alves foi um poeta de transição, entre o Romantismo e o Parnasianismo, teve vida curta mas muito profícua, artista notável, deixou livros e poemas significativos como: Navio Negreiro (1869); Espumas Flutuantes, 1870; A Cachoeira de Paulo Afonso, 1876; Os Escravos, 1883; Hinos do Equador, (1921) e Tragédia no lar. 

Por isso, merecidamente é o patrono do Dia da Poesia no Brasil!

Existe em nível estadual em vários estados, também o dia da poesia, no Rio Grande do Sul não achei a mais que a lei 11.676, de outubro de 2001, que institui o Dia do Pajador, 30 de janeiro, in memória ao grande Jayme Caetano Braun, lei essa que ao meu ver poderia ser estendido a pajada, como tem à poesia no Brasil, porém está aberta a porteira para que tenhamos oxalá aqui no pago, o dia da Poesia Rio-grandense, em alusão a um de nossos tantos e bons poetas, sem importar o estilo. Portanto sugiro a todos, que botem um pouco de poesia na vida, que certamente será muito mais leve.


Para pensar:  Sem poesia a humanidade ficaria mais insensível do que já é!

Fonte! este é o chasque "Regionalismo" desta semana, de autoria do amigo Dorotéo Fagundes de Abreu.

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