quinta-feira, 1 de outubro de 2015

SETEMBRO FARRAPO

Já se foi o tempo em que as comemorações farroupilhas eram uma semana, logo quando dissemos que setembro é o mês dessas festividades, significa expressar literalmente que todo o mês de setembro é ocupado em culto a revolução que virou guerra. 

Tanto isso é verdade que retornei dia 26 de setembro do Paraná, da cidade de Cascavel, onde ocorre há 26 anos, pela maçonaria paranaense, uma seção magna em homenagem a revolta farroupilha, que é algo espetacular.

Essa tradicional homenagem, ineditamente transmitida ao vivo pela Rádio/Web do GORGS, movimenta representações que expedicionam de cidades do próprio Estado, do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso, do Paraguai e da Argentina, em emocionante encontro de culto aos heróis de 35 e aos valores que nos legaram, numa espécie de chamamento a tudo o quanto temos perdido desses ideais, na vida moderna.

Três Grãos Mestres dos Grandes Orientes Estaduais estiveram comandando o espetáculo, o anfitrião Paranaense Cel. João Krainski Neto, do Mato Grosso o Dr. Benjamin Barbosa e o Dr. Tadeu Drago do Rio Grande do Sul, numa reunião que durou três horas, exibindo estudos, poesia e música regionalista gaúcha, ao meio de manifestos animadores de que nem tudo está perdido no Brasil, onde felizmente a Nação – pela mídia livre – já não ignora as discrepâncias promovidas pelas mentes demoníacas na política, que se servem sem remorsos e sem medidas dos recursos públicos, que ameaçam as instituições, pisoteando o republicanismo.

A delegação gaúcha foi ao evento, com aproximadamente vinte representantes, de duas potencias maçônicas – do GORGS e das Grandes Lojas, liderados pelo Dr. Tadeu Drago, Grão Mestre do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, que em seu discurso empolgou a todos, mostrando que o Rio Grande do passado preferiu se rebelar contra as barbáries imperiais no fio da espada e que o Rio Grande de hoje não está de joelhos e se preciso for avançará ao toque do clarim para destronar tiranos.

Como disse, setembro anima o mês inteiro o culto farroupilha, de uma guerra que ainda não teve fim, porque enquanto o mundo e em especial o Brasil, não tiver nos poderes homens que acreditem em liberdade, igualdade e humanidade, exercitada democraticamente em pacto republicano transparente, não poderemos descansar abrindo caminho para que oportunistas, demagogos, egoístas e mentirosos, estejam operando nos mais importantes cargos da nação.    
Nós somos a esperança das novas gerações, e vamos honrar aqueles que pelearam e morreram como bravos, para que aqui jamais fossem escravos, os que nasceram de ancestrais farrapos. Bem como versejou Colmar Duarte, .... Meu amigo, tenho certeza nos entenderemos; Pois são parceiras as razões que temos e um só sentimento nos anima; Paz, amor e um sonho de igualdade; Cantar, viver, amar em liberdade, minha alma é tão igual a tua; Tem rebeldias do Sepé mais guapo, o inconformismo altivo de um farrapo e a ingênua pureza de um Charrua.  


Para pensar: Vivemos uma ditadura da mediocridade pela sociedade que dá importância ao que não tem valor!

Fonte! Coluna Regionalismo por Dorotéo Fagundes de Abreu, desta semana.     

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