Já se foi o
tempo em que as comemorações farroupilhas eram uma semana, logo quando dissemos
que setembro é o mês dessas festividades, significa expressar literalmente que
todo o mês de setembro é ocupado em culto a revolução que virou guerra.
Tanto isso é
verdade que retornei dia 26 de setembro do Paraná, da cidade de Cascavel, onde
ocorre há 26 anos, pela maçonaria paranaense, uma seção magna em homenagem a
revolta farroupilha, que é algo espetacular.
Essa
tradicional homenagem, ineditamente transmitida ao vivo pela Rádio/Web do
GORGS, movimenta representações que expedicionam de cidades do próprio Estado,
do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso, do Paraguai e da Argentina, em
emocionante encontro de culto aos heróis de 35 e aos valores que nos legaram,
numa espécie de chamamento a tudo o quanto temos perdido desses ideais, na vida
moderna.
Três Grãos
Mestres dos Grandes Orientes Estaduais estiveram comandando o espetáculo, o
anfitrião Paranaense Cel. João Krainski Neto, do Mato Grosso o Dr. Benjamin
Barbosa e o Dr. Tadeu Drago do Rio Grande do Sul, numa reunião que durou três
horas, exibindo estudos, poesia e música regionalista gaúcha, ao meio de
manifestos animadores de que nem tudo está perdido no Brasil, onde felizmente a
Nação – pela mídia livre – já não ignora as discrepâncias promovidas pelas
mentes demoníacas na política, que se servem sem remorsos e sem medidas dos
recursos públicos, que ameaçam as instituições, pisoteando o republicanismo.
A delegação
gaúcha foi ao evento, com aproximadamente vinte representantes, de duas
potencias maçônicas – do GORGS e das Grandes Lojas, liderados pelo Dr. Tadeu
Drago, Grão Mestre do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, que em seu discurso
empolgou a todos, mostrando que o Rio Grande do passado preferiu se rebelar
contra as barbáries imperiais no fio da espada e que o Rio Grande de hoje não
está de joelhos e se preciso for avançará ao toque do clarim para destronar
tiranos.
Como disse,
setembro anima o mês inteiro o culto farroupilha, de uma guerra que ainda não
teve fim, porque enquanto o mundo e em especial o Brasil, não tiver nos poderes
homens que acreditem em liberdade, igualdade e humanidade, exercitada
democraticamente em pacto republicano transparente, não poderemos descansar
abrindo caminho para que oportunistas, demagogos, egoístas e mentirosos,
estejam operando nos mais importantes cargos da nação.
Nós somos a
esperança das novas gerações, e vamos honrar aqueles que pelearam e morreram
como bravos, para que aqui jamais fossem escravos, os que nasceram de
ancestrais farrapos. Bem como versejou Colmar Duarte, .... Meu amigo, tenho certeza nos entenderemos; Pois são parceiras as razões
que temos e um só sentimento nos anima; Paz, amor e um sonho de igualdade;
Cantar, viver, amar em liberdade, minha alma é tão igual a tua; Tem rebeldias
do Sepé mais guapo, o inconformismo altivo de um farrapo e a ingênua pureza de
um Charrua.
Para pensar: Vivemos uma ditadura da mediocridade pela sociedade que dá
importância ao que não tem valor!
Fonte! Coluna Regionalismo por Dorotéo Fagundes de Abreu, desta semana.
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