quarta-feira, 30 de abril de 2014

PRÊMIO AÇORIANO 2013!

Mesmo que estejamos num período de muita conturbação social pelos desastrosos representantes políticos que temos elegido, gente que não tem outro projeto se não sua ascensão econômica e dana-se a cidade, o estado, o país e suas gentes, aqui no Rio Grande do Sul há visível crescimento artístico musical.

A prova disso é que na quinta-feira dia 24 de abril, Porto Alegre promoveu nova edição do Troféu Açoriano, evento com mais de duas décadas que a cada ano se exibe com um conjunto maravilhoso de artistas, obras, cedes e devedes de altíssimo nível, de artistas veteranos e novatos.

A safra de 2013 da 23º edição do cobiçado prêmio lançado em 1977, mais uma vez surpreendeu, reuniu a fina flor da arte gaúcha de todos os gêneros, num espetáculo digno, em nível de Oscar, dirigido pela sensibilidade de Claro Gilberto que teve como foco principal o centenário de Lupicínio Rodrigues, sob orientação do competente Jorge André Brites, coordenador municipal de música.

A intercalação da entrega dos prêmios foi realizada com magnificas apresentações rearranjadas de obras do velho Lupi, que passeou na voz de grandes interpretes povoeiros e campeiros em instrumentos tradicionais como gaita, violão e modernos como teclado eletrônico e flauta metálica transversa, que até os pés dos bailarinos de gafieira no palco gemeram.

Bem notou-se nessa noitada, o contraste de brutos e lapidados espíritos do nosso tempo, de certa forma representando o bem e o mal, o mal pelos que se abancam nas cadeiras públicas, embora eleitos, chegaram lá em nebulosos expedientes que execram as cabeças luminares e éticas da política, e o bem pela arte e seus artistas que não desistem de exercerem sua árdua missão de fazer música e poesia a sombra da selva de pedra e levar cultura ao pântano urbano, onde as pessoas se empilham, pagam aluguel, condomínio e no final a catacumba.

O espetáculo foi de graça e infelizmente não lotou o Araújo Viana,    que pela metade se emocionou, chorou, riu e aplaudiu nossos ídolos que pousaram no meio do povo sem revolta e sem escolta, numa relação perfeita de admiração e respeito.

Nessa edição o executivo esteve em peso, entregaram troféus, deram abraços, beijos, acenaram para os lados, ao contrário do ano passado que ninguém foi, de certo porque o ano não era eleitoral.
Quem venceu quase tudo foi Vitor Ramil, vertente de uma obra financiada por oitocentas pessoas de espírito mecenas, porque no erário tem rubrica para a cultura pagar vários cargos, mas não tem dinheiro ao financiamento das artes.    

Assim a Porto Alegre mui valerosa, rendeu-se e viu o regionalismo gaúcho receber o maior destaque por Ramil, Jaime Vaz Brasil e Ivo Fraga, para que ninguém mais tenha dúvidas que é a capital de todos os gaúchos.

Para pensar: Quem canta os males espanta!   

Fonte! Coluna Regionalismo, por Dorotéo Fagundes de Abreu.



Nenhum comentário:

Postar um comentário