quarta-feira, 3 de outubro de 2012

UMA PRIMAVERA DIFERENTE!


Neste ano a primavera deu sinal de chegada muito antes do seu dia 22, o mês de agosto teve uns dez dias de verão que fez florescer os pessegueiros, passarinhos namorar antes do tempo e as abelhas mudarem de querência buscando novos pomares.

Mas numa virada o frio desceu rachando das cordilheiras e bateu na pampa com um minuano daqueles de arrepiar o pelo, dai veio chuvaradas esquentou e deu frio e chuva de novo, na primeira semana de outubro.

Como classificar essa primavera não sei, só sei que a Festa do Pêssego da Vila Nova foi lançada no penúltimo dia de setembro em grande estilo, com a escolha da rainha e princesas, e promete ser um sucesso nesse novembro.

Mesmo que não pareça Porto Alegre tem uma invejável movimentação rural, planta de tudo e cria de tudo. Nos frutos granjeiros tem a segunda maior produção do país, em frutas de pomar se destaca com o pêssego, tem florestamento, arroz irrigado, inverna gado, produz ovelha, porco, galinha e se destaca como o município que tem o maior número de cavalos semi-encocheirados do país, com milhares de cavalares a campo.

Com tudo isso a capital ficou de costas a cultura regional e consequentemente a zona sul da cidade por vários anos, mas graças a grande valorização ao regionalismo vindo do interior, a capital vai se rendendo para suas origens campeiras tanto que a magrinhagem do Bom Fim já anda perambulando por ai, tomando um “chima”, fazendo a cabeça com erva pura da palmeira em substituição as ervas daninhas.

E quem merece ser lembrado nessa luta de regionalismo na cidade grande, é Plauto de Almeida Cruz, alguém que nasceu tocando flauta na vida torta e encantou tudo e todos, na noite porto alegrense, desde jovem, quando saiu da sua São Jerônimo trazendo na mala de garupa só coisas boas para a vida, musicalidade gaúcha com cheiro de rio no sopro do vento, fazendo a cabeça das gentes sentirem e pensarem no canto e na beleza da terra como se fosse Patrícia Poeta.

Para pensar: Toda patrícia merece ter um poeta patrício tocador de flauta na primavera campeira.
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 Fonte! Coluna Regionalismo por Dorotéo Fagundes de Abreu, do dia 02 de outubro de 2012.

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