terça-feira, 25 de julho de 2023

A história da piscina em forma de cuia da casa de Teixeirinha em Porto Alegre

A ideia inicial era que a planta lembrasse um violão, mas não deu certo - Márcia Teixeira/Arquivo Pessoal/Divulgação/JC

A nova geração que passa pelo número 5.260 da rua Oscar Pereira, no bairro Glória, em Porto Alegre, pode até não saber quem foi Teixeirinha, figura importantíssima para a cultura gaúcha que morou naquela residência. Mas se vissem o que há dentro do terreno, com certeza, se interessariam em fazer registros para compartilhar no TikTok e no Instagram. Isto porque ele mandou construir uma piscina em formato de violão. Deu errado e saiu em forma de cuia, mas isso não diminui o ineditismo da ideia para a época. 
 
Teixeirinha, que morreu no dia 4 de dezembro de 1985, não era fã de clubes com tobogãs e ajuntamento de gente. Ele tinha, no entanto, quatro filhas que moravam na casa e sofriam com o calor porto-alegrense.

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“Dentro da propriedade, passa o riacho Cascatinha. Um dia, o pai chegou e estávamos todos na água. E ele disse para a mãe (Zoraida) que íamos cortar os pés”, lembra a filha Márcia. Bastou para chamar o engenheiro Renato Costa Leite para encontrar a solução
 
Na piscina em formato de cuia, que faz parte da casa até hoje, Teixeirinha ensinou todos os filhos a nadar, inclusive os que não eram de Zoraida. Ele permitia até que os amigos das crianças curtissem o local.
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Casa de Teixeirinha fica no bairro Glória. Tânia Meinerz/JC
A planta, hoje, está depositada nos arquivos da Universidade Sorbonne, na França, como um exemplo de design arrojado, segundo Márcia. 
 
Sobre o erro do desenho, Márcia lembra que Teixeirinha se surpreendeu por não enxergar um violão. Ao ser questionado pelo engenheiro se a obra deveria ser refeita, o cantor mandou que deixasse assim. 
 
“A cuia também é um símbolo do gaúcho”, teria dito Teixeirinha, conformado. “Aí ficou”, lembra Márcia.

Quem foi Teixeirinha

De acordo com a Fundação Vitor Mateus Teixeira, que preserva itens ligados à memória do astro, o compacto contendo Coração de luto vendeu mais de 25 milhões de cópias; somando todos os mais de 70 LPs e compactos, teria chegado a estonteantes 130 milhões de discos vendidos. Alguns pesquisadores falam em números mais modestos, abaixo dos 20 milhões; outros, levando em conta cópias piratas, imaginam que o total seja ainda mais gigantesco. Um caminho e tanto para quem nasceu no pequeno distrito de Mascaradas, em Rolante, em 3 de março de 1927, e ficou órfão muito cedo - como conta, sem floreios, sua canção mais famosa.
 
Fonte! Chasque (post) de Mauro Belo Schneider, publicado no Jornal do Comércio de Porto Alegre (RS), em seu galpão virtual (site) no dia 24 de julho de 2023. Abra as porteiras clicando em: ttps://www.jornaldocomercio.com/cultura/2023/07/1116224-a-historia-da-piscina-em-forma-de-cuia-da-casa-de-teixeirinha-em-porto-alegre.html?fbclid=IwAR1Lykup2HgpgyWQPE8Gm8k8ef7v3Glk6uTp0cNjMGL9Mt2wZAElRoZhsEg

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