Grupo percorrerá 597 km de carro até o nordeste do estado e volta à cavalo
"Em 2018, grupo de tradicionalistas buscou a centelha
da
Chama Crioula em Iraí no norte do estado" (Foto: Arquivo A Semana)
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Conforme divulgado pela organização responsável por esta busca, assim como se faz anualmente, após ter chego a Tenente Portela e tiver recebido a centelha, os cavalarianos trarão o símbolo máximo da cultura gaúcha a passo de cavalo, num percurso que durará cerca de duas semanas.
A abertura oficial do Acampamento Farroupilha, na Praça Central João Goulart, está programada para acontecer no dia sete de setembro, quando estes tradicionalistas chegarão à cidade trazendo consigo o fogo, que deverá ser entregue ao prefeito.
Conforme conta Jair Martins, que faz parte do departamento campeiro que representa o município nesta viagem, o trajeto será um dos mais longos que os tradicionalistas já percorreram ao longo dos anos. “Todo o pessoal está incumbido de realizar esta missão árdua que não é fácil. Ano passado nós buscamos em Iraí que deu 540 km e a gente sabe da dificuldade, mas o pessoal está preparado para trazer a centelha e abrir os festejos Farroupilha no dia 07 de setembro”, explica.
Ainda, perguntado se a Prefeitura vai ajudar com algo, o tradicionalista disse que o poder público sempre ajuda de uma forma ou de outra. “A gente faz questão de buscar, independente se o município ajudar ou não”, salienta.
No total, de acordo com o itinerário de volta divulgado os cavalarianos percorrerão 597 km a cavalo, andando em média 30 km diariamente. A primeira parada está prevista para ocorrer na cidade de Palmeira das Missões. De lá o grupo parte para Carazinho, passando por Passo Fundo, Marau, Bento Gonçalves, Veranópolis, Salvador do Sul, Capela de Santana, Nova Santa Rita, Gravataí e finalmente chegando a Alvorada.
Um dos cavalarianos que estará presente nesta viagem é Fabrício Girelli, que parte para a sua oitava busca seguida pela Chama Crioula. Segundo ele, a expectativa é a melhor possível para que tudo dê certo e possam voltar para Alvorada bem. “O gaúcho em si zela muito por seu cavalo então zelo muito por ele. Espeto que peguemos o mínimo de chuva possível para que possamos andar bem. Ano passado pegamos oito dias de chuva e com dias assim, o cavalo anda, mas parece que não aproveitamos muito a viagem”, conclui.
Histórico
O acendimento da chama crioula é hoje um dos mais importantes eventos do calendário tradicionalista gaúcho e repete-se, anualmente, desde 1947, quando um grupo de jovens, conhecido como Grupo dos Oito, retirou uma centelha da pira da pátria e conduziu do Parque Farroupilha até o Colégio Júlio de Castilhos, iniciando um movimento de resgate e preservação dos usos e costumes gaúchos que também impactou na criação do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Em 2018 a chama foi gerada e distribuída no município de Iraí no norte do estado.
Fonte! Chasque publicado nas páginas do Jornal A Semana de Alvorada, na edição do dia 23 de agosto de 2019.
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