quarta-feira, 3 de agosto de 2016

PELOS ESCRITORES !



Impressionante é a força da escrita que o homem sempre se manifestou dês do tempo das cavernas, quando escrevia sinais nas paredes manifestando a necessidade latente de dizer “eu estou aqui ou estive aqui”.

Quem já não realizou essa proeza de escrever numa pedra seu nome e data, deixando a marca da sua passagem em determinado local? Tem uns menos avisados, que pelo impulso da paixão até sangraram árvores escrevendo seu nome e da amada dentro de um coração, marcando momentos felizes a sombra da infeliz árvores que foi calada.

Dia 25 de julho é o Dia Nacional do Escritor, mas não dos que escreveram em pedras ou em árvores, mas dos que deixarão e deixam sua marca nos livros, expressando experiências na vida, dele, de personagens ou da história. 

Essa data foi instituída em 1960, declarada por decreto governamental após o 1º Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores, objetivando valorizar mais o trabalho desses profissionais em geral, conhecidos ou não. 

A literatura brasileira inicia com a carta de Pero Vaz de Caminha, ao Rei de Portugal – Dom Manoel I, descrevendo nossa terra, e o primeiro poema da literatura do Brasil é o Prosopopeia, de Bento Teixeira, publicado em 1601 e que conta em estilo épico, inspirado em Camões, as façanhas da família Albuquerque de Pernambuco. 

Daí em diante tivemos vários autores importantes que destaco no século dezenove  Gonçalves Dias no Maranhão (1823/1864); José de Alencar do Ceará (1829/1877); Machado de Assis no Rio de Janeiro (1839/1908); o gaúcho Simões Lopes Neto (1865/1916); Manuel Bandeira do Pernambuco (1886-1968); Mário de Andrade de São Paulo (1893/1945); Cecília Meireles no Rio de Janeiro (1901/1964); Carlos Drummond Andrade em Minas Gerais (1902/1987); Clarice Lispector, nascida na Ucrânia, naturalizada brasileira (1920/1977), que viveu a maior parte de sua vida aqui onde chegou com dois anos de idade; o nosso Érico Verissimo (1905/1975); Nelson Rodrigues no Pernambuco (1912/1980); do século vinte destaco homenageando todos escritores do Brasil, a paulista Lygia Fagundes Telles (1923), que está ai escrevendo aos 93 anos; 

Apesar das dimensões continentais e de uma população que cresce geometricamente, neste país ser escritor e viver da profissão é uma risco enorme, a história nos mostra a saga da vida de nossos escritores, nem dos mais famosos podemos dizer que viveram ou vivem exclusivamente da arte de escrever, o que é lamentável, porque esse é o maior sinal de que se lê muito pouco nesse país, logo vender livros é dar murro em ponta de faca, obriga os escritores terem uma segunda profissão para poderem empreender na sua arte, ao que o ideal momento continua no futuro, lamentavelmente como o Brasil, pela inescrupulosa e hedionda mentalidade das elites dirigentes. 

Para pensar: Obrigado escritores de ontem e de hoje pelo o seu dia, vós sois a esperança materializada em livros!

Chasque Regionalismo de Dorotéo Fagundes da semana passada....

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