quinta-feira, 4 de setembro de 2014

UM ORGULHO DO PAGO!



Estamos em tempo de Expointer, período em que aqui no Rio Grande do Sul vai para pista, tudo o que de melhor se produziu no campo. Passeiam garbosamente todas as raças de cavalos, e os ginetes exibem suas destrezas no lombo do pingo. A raça crioula abre as cortinas do momento final, entregando o freio de ouro ao melhor da temporada. O gado vacun estabulado exibe as precocidades que a gauchada saboreará nos churrascos de domingos, tendo o acompanhamento da ovino cultura que além da lã, da carne para as estâncias.

Há! Temos ainda o gado de leite, o suíno, a avicultura, tudo isso para o bem da humanidade que sem saber bem de onde vem o que come, pode ter certeza que os frutos da campanha rio-grandense exibidas na Expointer é o melhor que temos que vem a décadas se aperfeiçoando, para tão somente nutrir gerações.

Paralelamente e por causa dessa produção, nasceu uma grandiosa indústria de variados produtos que servem a vida rural, amenizando a difícil tarefa campesina, seja no manejo, na reprodução, na locomoção, na comunicação e na comercialização das safras.

A Expointer é a Rainha das exposições agropastoris, está na 37ª edição, o peão e patrão estão aqui, lado a lado, participando esperançosos de ganharem o prêmio maior, a roseta de campeão, ela é a mais cobiçada, e antagonicamente é que vai aliviar a dor das rosetas do campo que castigou pés e mãos dos campeiros em serviço do verão ao inverno, retornando para o pago como medalha.

O povo circula radiante nos bretes da feira, tem sede de saber como o mundo do campo acontece, os palcos, ofertam cantares que dizem em rimas e acordes os casos de toda a lida dos potreiros e aramados que cultivam o nosso sustento discutido nos galpões, ao pé do fogo, no entremeio do ronco da cuia de mate que leva à garganta o gosto da terra.

Por isso estamos escrevendo sobre nosso maior evento gaúcho, a cultuar toda essa ceara de progresso, de união, de força, de coragem e de fé desses homens e mulheres que vivem noites e dias de prontidão no meio rural, para que não falte a mesa de todos o sagrado direito da nutrição do corpo, como a poesia regional inspirada na pampa alimenta a alma.  

Para pensar: É impossível viver sem o que Deus nos dá, ele e o criador e o campeiro é criador! 

Fonte! Chasque abagualado Coluna Regionalismo desta semana por Dorotéo Fagundes de Abreu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário