Estamos em tempo de Expointer, período em que aqui no
Rio Grande do Sul vai para pista, tudo o que de melhor se produziu no campo.
Passeiam garbosamente todas as raças de cavalos, e os ginetes exibem suas
destrezas no lombo do pingo. A raça crioula abre as cortinas do momento final,
entregando o freio de ouro ao melhor da temporada. O gado vacun estabulado exibe as precocidades que a gauchada saboreará nos
churrascos de domingos, tendo o acompanhamento da ovino cultura que além da lã,
da carne para as estâncias.
Há! Temos ainda o gado de leite, o suíno, a avicultura,
tudo isso para o bem da humanidade que sem saber bem de onde vem o que come,
pode ter certeza que os frutos da campanha rio-grandense exibidas na Expointer
é o melhor que temos que vem a décadas se aperfeiçoando, para tão somente
nutrir gerações.
Paralelamente e por causa dessa produção, nasceu uma
grandiosa indústria de variados produtos que servem a vida rural, amenizando a
difícil tarefa campesina, seja no manejo, na reprodução, na locomoção, na
comunicação e na comercialização das safras.
A Expointer é a Rainha das exposições agropastoris, está
na 37ª edição, o peão e patrão estão aqui, lado a lado, participando
esperançosos de ganharem o prêmio maior, a roseta de campeão, ela é a mais
cobiçada, e antagonicamente é que vai aliviar a dor das rosetas do campo que
castigou pés e mãos dos campeiros em serviço do verão ao inverno, retornando
para o pago como medalha.
O povo circula radiante nos bretes da feira, tem sede de
saber como o mundo do campo acontece, os palcos, ofertam cantares que dizem em
rimas e acordes os casos de toda a lida dos potreiros e aramados que cultivam o
nosso sustento discutido nos galpões, ao pé do fogo, no entremeio do ronco da
cuia de mate que leva à garganta o gosto da terra.
Por isso estamos escrevendo sobre nosso maior evento
gaúcho, a cultuar toda essa ceara de progresso, de união, de força, de coragem
e de fé desses homens e mulheres que vivem noites e dias de prontidão no meio
rural, para que não falte a mesa de todos o sagrado direito da nutrição do
corpo, como a poesia regional inspirada na pampa alimenta a alma.
Para pensar:
É impossível
viver sem o que Deus nos dá, ele e o criador e o campeiro é criador!
Fonte! Chasque abagualado Coluna Regionalismo desta semana por Dorotéo Fagundes de Abreu.
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