sexta-feira, 27 de abril de 2012

Regionalismo por Dorotéo Fagundes de Abreu

Dia 22 de Abril, foi o Dia do Descobrimento do Brasil, que fez nossos nativos serem chamados de índios, pois os portugueses diziam que estavam indo parar as índias e deram os costados aqui, onde Cristóvão Colombo já tinha batido remo, e Cabral viera no rastro descobrindo as terras brasilians, se imortalizando na história mundial.

Aqui chegado os portugueses, que foram amavelmente recebidos pelos nativos, onde hoje é Cabrália, Bahia, lugar que está plantada a cruz da primeira missa em solo brasileiro, logo vieram mais padres jesuítas no caminho de Anchieta, que catequisaram os nativos.

Segundo o historiador - Basilisco Leite, a ideia das reduções que resultou na Nação Guarani, teve seu início 1609, por sugestão de Hermandarias, governador de Buenos Aires, grande conhecedor da região, já que os chamados índios não se domesticavam pela força, foi unanime a solução de que somente pela submissão religiosa esses passariam a conceber uma nova cultura.

Assim mais de trinta aldeamentos foram erguidos, que destaco dezenove a começar por SAN IGNÁCIO, SAN IGNÁCIO MINI e LORETO – em 1611; CONCEPCION em 1619; CORPUS CRISTY em 1622; SANTA MARIA E SANTA MARIA MAIOR e SÃO NICOLAU em 1626; CANDELÁRIA em 1627; SAN JAVIER em 1629; SÃO MIGUEL em 1632; APOSTOLOS e SAN JOSE em 1633; MÁRTIRES em 1639; SÃO FRANCISCO DE BORJA em 1682; SÃO LUIZ GONZAGA em 1687; SÃO JOÃO BATISTA em 1697; SÃO LOURENÇO em 1690 e SANTO ÂNGELO CUSTÓDIO em 1707.

Todos esses sonhos sepultados pelas coroas de Portugal e Espanha, no famigerado Tratado de Madri de 1750 que promoveu a guerra guaranítica e a utopia da humanidade do cone sul americano, declarado por Voltaire, que foram as nossas missões jesuíticas nos sete povos, virou ruína, tanto que nem os sinos mais tocaram para anunciar vida e morte.

Além das ruínas, marcos indeléveis da verdade jesuítica, no dia 21 de Abril, no Dia de Tiradentes, patrono cívico da nação brasileira, fundou-se em São Borja – onde estive, o marco da Cruz Missioneira no porto que outrora fez circular a riqueza guaranítica no mundo, nos lúcidos atos da primeira semana missioneira de São Borja, promovida pela Câmara de Vereadores, que veio resgatar toda essa memória cultural que nos encanta e aos que ainda escutam o som do grito, do destemido cacique Sepé Tiaraju, garantindo que esta terra tem dono!

Para pensar: Um ideal não morre mesmo quando matam seu criador.

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Fonte! Coluna Regionalismo nº 498, por Dorotéo Fagundes de Abreu, do dia 24 de abril de 2012
 

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