Luis Carlos Barbosa Lessa, nascido em 13 de dezembro de 1929 em Piratini, de onde saiu para o mundo, teve um vida exemplar e gloriosa, tudo que pensou e quis fazer na vida, fez. Jovem de 18 anos deixou seu pago e veio dar os costados na capital, onde como jornalista da Caldas Júnior, iniciou uma carreira luminosa nas artes de escrever, compor e tocar lápis. É, ele era e foi o único tocador de lápis do mundo que eu conheci. Como tocava? Posicionava o lápis transversalmente encostando a extremidade, desse, nos dentes e com a ponta dos dedos batia no corpo do lápis, donde tirava o som da madeira.
Aos 19 anos – em 1947, na Praça da Alfandega em Porto Alegre, encontrou-se com Paixão Cortes liderando o grupo dos oito que escoltavam os restos mortais de Davi Canabarro, a cavalo, da Estação Ferroviária ao Cemitério da Santa Casa, e desde então nunca mais se separam, criaram o movimento tradicionalista gaúcho e como unha e carne, viveram fazendo tudo o que podiam pela cultura do Rio Grande do Sul, pesquisando, escrevendo, compondo, gravando, dançando, palestrando, juntando gente e mostrando que era possível, verdadeiro e necessário mantermos nossas raízes.
Na literatura – escreveu mais de 60 livros, sendo destacado Rodeio dos Ventos, uma obra épica que mostra o estilo de vida do povo gaúcho, e Os Guaxos – que em 1959 foi premiado pela Academia Brasileira de Letras. Na música Lessa teve um papel importantíssimo, pois ao criarem o tradicionalismo, deram-se de conta que tinham poesias e não musicalidade rio-grandense pra cantar e dançar. Então passou a compor, e a primeira música foi nada mais nada menos que Negrinho do Pastoreio, uma projeção folclórica em toada-milonga que inspirada na lenda, como uma oração, pedia ao Negrinho que devolvesse a querência que ele tinha perdido na vinda para a Capital.
Depois das musicas vieram ás danças, fruto das pesquisas a campo, com seu inseparável amigo Paixão Cortes e tocaio no Carlos. Assim João Carlos Paixão Cortes e Luis Carlos Barbosa Lessa, nos legaram tudo o que hoje se dança do folclore gaúcho. Ninguém mais que esses Carlos nos trouxeram novidades no bailar das prendas e dos peões por esses pagos.
Lessa foi jornalista, músico, escritor de vários estilos, compositor, advogado, publicitário, secretário de estado, patrono da feira do livro de Porto Alegre e hoje é patrono de centros de tradições, louvado, amado e quisto, como fora em vida.
No final de sua jornada terrena, aquerenciou-se num sitio em Camaquã, e da forma na qual ele sempre defendeu a vida, viveu seus últimos dias do mais simples e sublime jeito, junto a natureza, com os bichos, com os índios, escrevendo, pesquisando e amando sua eterna namorada uruguaianense Nilsa Lessa e seus filhos.
Consigo traduzir a vocês que Lessa sempre soube donde venho e prá onde ia, mas não ele o homem, e sim seus sonhos que tinham cheiro de pago, querência e nação.
Para pensar: Tem gentes que vivem pensando que nunca vão morrer e morrem sem nunca terem vivido (Dalai Lama). Lessa viveu e não morreu – pulou a cerca da vida terrena para a eternidade!
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Fonte! Coluna Regionalismo nº 492, por Dorotéo Fagundes de Abreu, do dia 11 de março de 2012.
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