Uma das figuras mais espetaculares da vida gaúcha
contemporânea, foi o extraordinário professor Dr. Mozart Pereira Soares, cria
de Palmeira das Missões que dia 29 de março
completaria 100 anos.
Proposta pelo deputado estadual Gabriel Souza, a casa do
povo gaúcho, nossa Assembleia Legislativa, quinta-feira passada, promoveu nobre
homenagem ao ilustre gaúcho que desencarnou em 2006 aos 90 anos.
Ele era um cientista, formado como técnico agrícola,
médico-veterinário e advogado, foi professor catedrático das faculdades de
medicina da UFSM e UFRGS, historiador, poeta e escritor, dirigiu a ETA - Escola
Técnica de Agricultura e a Faculdade de Medicina de Veterinária da UFRGS. Foi
ele que amadrinhou como professor o político Leonel de Moura Brizola, a quem
deu o dever de casa do que estudar para se tornar um estadista.
Eu o conheci e convivi com essa legenda e angelical
criatura, de incomensurável cultura e sapiência, um abnegado do saber e
ensinar. Isso foi um privilégio e agradeço a Deus, pois o Dr. Mozart, sempre
tinha o que dizer, apontar, observar, chamar a atenção de pontos positivos e
negativos em sua volta, sempre dando conta do recado, mostrando o caminho
melhor á ser seguido.
O amor pelo a humanidade e pelo campo lhe fez
regionalista, vivia na efervescência das metrópoles, mas era em seu refugio
campestre na sua Palmeira, como gostava de dizer, que tinha não só a paz
necessária para estudar mais, mas o fluído natural para recarregar as baterias
da alma e seguir em frente na sua missão de educador, compartilhado por sua
mulher a quem amou e foi amado.
Amigos, a tumultuada vida de hoje, onde os bons exemplos
não são seguidos, onde o mal se prolifera pela baixa vibração mental da
humanidade, que sonha ter e não ser, que produz coisas que valem mais que um
homem, que vive o hoje como não existisse o ontem e o amanhã rasgando todos os
prefácios, da para imaginar a ansiedade que tinha o Dr. Mozart de elevar as
consciências, tirando de vez as almas da mediocridade patrocinada por todos
aqueles com o mínimo de poder e saber que venderam a alma para “o coisa ruim”,
que domina as trevas.
Que glória foi a vida de 90 anos do Dr. Mozart e que
maior glória tem agora no céu, onde deve estar agitando as academias
espirituais no invento de um antidoto para eliminar a burrice terrena lastreada
na preguiça, na gula, na avareza, na luxuria, na ira, na inveja e na vaidade
que tornaram a vida aqui esse inferno, por isso não temo a morte, porque se
morrer fosse ruim os homens como Mozart Pereira Soares, não morriam.
Para pensar: A vitória das trevas é efêmera,
nunca terá a glória que o bem provoca nos conduzindo ao paraíso, por isso vale
a pena seguir os exemplos dos Mozarts!
Fonte! Chasque Regionalismo desta semana, remetido pelo seu autor, Dorotéo Fagundes de Abreu!
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