As
festas juninas ganharam maior destaque no nordeste, onde se realizam
verdadeiros festivais caipiras que estão bastante distorcidos das festas
originais, os nordestinos fazem do São João um carnaval, Brasília destina
fortunas em verbas providenciadas pelos políticos dos arraiais, que tem nelas
seus palanques e seus currais eleitoreiros.
Do
folclore muito pouco sobrou, as indumentárias se estilizaram, o que era de
pano, algodão, chita, ganhou matéria da petroquímica, o chapéu de palha é de
plástico, a musicalidade foi acelerada, frenética tipo frevo, deixando as
românticas cantigas juninas para traz, posso afirmar que o autêntico São João,
caipira, não faz mais parte da popular festa nascida nos pátios de quermesses,
nas igrejas.
Mas
de onde vem essa festividade? Disse que esta festa tem origem em países
católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio,
a festa era chamada de Joanina, depois chamada de junina em função da data.
De
acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos
portugueses, ainda durante o período colonial.
Nesta
época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses,
chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada,
característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as
típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a
fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito
comum em Portugal e na Espanha.
Todos
estes elementos culturais foram com o passar do tempo, misturando-se aos
aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características
particulares em cada uma delas, justificando que no Rio Grande do Sul, sejam
comemoradas com roupas típicas gaúchas e não caipiras, pois essa festa é do
povo cristão e não de uma determinada região.
Há os
simbolismos de religiosidade em seu desenvolvimento, representando por seus
Santos e pelo fogo, que sempre será motivo de purificação. O período junino vai
do dia 13 ao dia 29, dia 13 por Santo Antônio, dia 24 por São João e dia 29 por
São Pedro, dia mais valorizado em nosso Estado por se tratar do nosso
padroeiro.
A
quem rogo para proteger nossa seleção na final, que sábado passado, com toda a
certeza Santo Antônio e São João já fizeram de tudo um pouco para nos manterem
vivos e não cairmos na fogueira da maior festa junina do planeta que é a Copa
do Mundo. Viva São Pedro!
Para pensar: Só quem acredita em santo pode acreditar na nossa seleção!
Fonte! Chasque semanal do Dorotéo Fagundes de Abreu (coluna Regionalismo), do dia 02 de julho de 2014.
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