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“Estamos analisando há dois meses, principalmente, em indústrias exportadoras. O produto está seguro para consumo, pois não encontramos índices acima do tolerado na infusão, e o pó não é consumido puro”, garante o presidente do Sindimate, Gilberto Luiz Heck. Os limites máximos de cádmio e chumbo admitidos em alimentos comercializados no Mercosul são, respectivamente, de 0,4 e 0,6 miligramas por quilo. Mais de 300 amostras vendidas ao exterior foram verificadas pela entidade, regiões produtoras estão sendo rastreadas e, para garantir a qualidade, os pareceres estão sendo enviados aos compradores.
De acordo com Heck, o Uruguai representa mais de 90% das exportações brasileiras, que devem ter queda até o fim das investigações. “Os compradores uruguaios estão um pouco cautelosos, porque o mercado deles propicia a contenção momentânea da importação ao trabalhar com erva envelhecida. Ou seja, eles podem ficar de 40 a 60 dias sem comprar tanto, porque têm estoque regulador em mãos. Acredito que vamos ficar no mínimo seis meses com um comércio instável com o Uruguai.” Além disso, a possibilidade de o parceiro passar a comprar o insumo do Paraguai preocupa o Sindimate.
Mesmo que ainda não tenha a explicação final para os altos índices de metais pesados encontrados pelo governo vizinho, a entidade aponta duas possibilidades: contaminação do solo por chuva ácida e correntes de vento e o excesso de adubação. “Analisamos, por exemplo, índices pluviométricos e altitude, principalmente em plantações na região do Alto Taquari, e, em breve, teremos um resultado definitivo deste trabalho que estamos fazendo”, destaca Heck.
Na semana passada, o Ministério Público Estadual anunciou investigação sobre o caso. Além disso, será verificada a adição de açúcar não identificada na embalagem. Nesta semana, deve estar pronto o parecer da Divisão de Assessoramento Técnico do MP-RS, documento que irá definir os padrões da análise. “A partir disso, vamos nos reunir com as entidades competentes para ajustar as diretrizes de fiscalização e os procedimentos de regulação do setor”, explica o promotor de justiça Paulo Estevam Araujo.
Fonte! Chasque de Luiz Eduardo Kochhann, publicado nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre, edição do dia 29 de julho de 2014.
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