Buenas Gauchada!
- Se aprocheguem, no más, parceiros.
- Passem a mão na cuia, que está junto com a cambona, na chapa do fogão campeiro. A água, chiando, já tá no ponto e o amargo tá cevado. Se abanquem e vão formando a roda, perto do fogo de chão, que o chimarrão vai correr solto.
- E o Eleutério, tchê?
- O cuera tá lôco de bem. Hoje de manhã, bem cedito, reavivou o fogo de chão e se atracou no cabo do machado, deixou um espinilho velho demolido e empilhou toda a lenha ali debaixo da aba do galpão. Agora, tá lá prás bandas da sanga.
Ultimamente o danado do Eleutério não para de varrer, anda mais destrinchado que formiga alemoa em meleira de lichiguana. Isso tudo porque, na semana passada, eu andei falquejando um galho de guatambu prá fazer uma vassoura nova.
Tinha um manojo de carqueja cavalinha, que eu havia colhido ali, na coxilha seca e estava secando na fumaça do pai de fogo. Manotiei todo o punhado da carqueja, montei a tal da saia, dei uma aramada, aparei os costados e acabei fazendo uma vassoura de lei. Foi com essa vassoura que o Eleutério varreu o piso do galpão e depois esparramou a creolina.
É por isso que o galpão tá de cara nova.
- Mas báh, vivente, essa vassoura tem dado muito pano prá manga. Se eu conto, vocês nem vão acreditar.
De já hoje, enquanto o Eleutério borrifava no chão a creolina, como que me xingando, falava solito e resmungando mais do que mamau oitavado em balcão de pulperia, sentenciou:
- Que bosta de vassôra de carqueja. Vassôra mesmo é a de guanxuma. Essa é das buenas e nem precisa de cabo de guatambu. Varre bem até atada com piola, num pedaço de taquara.
Depois dessa pérola de conclusão, atirou a vassoura num canto e com a cara mais séria que fuça de burro choro atolado no banhado, ligeirito foi saindo do galpão, não sem antes me avisar:
- Um monte de sabiá anda aqui na volta, fazendo alarido. É porque as pitanga tão madura. Tô indo lá na barranca do arroio prá colhê um punhadito. Vô ajuntá as que tão bem colorada que é prá temperá aquela canha amarguenta que tu trôxe daquele alambique lá do Beco do Cemitério, em Tavares. Loguito eu tô nas casa.
Entonces, enquanto o Eleutério não chega vamos mateando e, aproveitando a olada, também quero dar uma bombeada nos chasques que os parceiros, nos últimos dias, deixaram aqui na Charla.
Bueno, por meio do chasque, o Ítalo Dorneles, agitador cultural, editor do site Prosa Galponeira, gaudério de quatro costados e parceiraço de primeira hora, como um dos coordenadores da 18ª edição do Festival Canguçu da Canção Popular – FECANPOP – vem avisar que o evento acontecerá nos dias 2 e 3 de agosto, no Cine Teatro 27 de Junho, Professor Antônio Joaquim Bento.
Ainda, informa que as inscrições são gratuitas e vão até o dia 06 de junho, e que podem ser feitas, pessoalmente, na Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Juventude e Mulheres ou pelo correio, encaminhando as obras para a Prefeitura Municipal, com endereço na Praça Dr. Francisco Carlos dos Santos, nº 240, Centro, Canguçu/RS - CEP: 96.600-000.
Se Vocês tiverem interesse em obter informações mais detalhadas, façam contato pelos telefones 3252-3905 e 3252-1276, ou então, por meio do e-mail: dorneles.italo@gmail.com.
Um outro assunto que levantou poeira aqui na Charla foi uma postagem que, na metade do mês passado, o Léo Ribeiro fez no seu blog. No dito artigo, segundo o Jornal O Bairrista, um gaudério cabresteando uma nave, fabricada aqui na República dos Pampas, apeiará em marte nos próximos cinco anos.
- Mas báh, tchê, esse assunto me interessa por demás, me diz um dos mateadores do galpão.
Entoces vocês vão ter que esperar mais uns dias prá nós dar continuidade à Charla, porque o Galpão precisa estar vazio daqui a poquito.
- Ué, mas porque, tchê? - interpela outro chimarroneiro.
- Porque um bando de guascas precisa de espaço para fazer o 16º Rodeio Estadual, por isso o galpão foi arrendado.
Fonte! Coluna Charla de Peão, por Juarez Cesar Fontana Miranda (poeta nativista), publicada no Jornal Regional do Comércio, dos pagos da cidade litorânea de Cidreira (RS), edição do dia 15 de maio de 2014. Contatos com o colunista, mande um chasque abagualado para juarezmiranda@bol.com.br ou jornaljrcl@terra.com.br
- Se aprocheguem, no más, parceiros.
- Passem a mão na cuia, que está junto com a cambona, na chapa do fogão campeiro. A água, chiando, já tá no ponto e o amargo tá cevado. Se abanquem e vão formando a roda, perto do fogo de chão, que o chimarrão vai correr solto.
- E o Eleutério, tchê?
- O cuera tá lôco de bem. Hoje de manhã, bem cedito, reavivou o fogo de chão e se atracou no cabo do machado, deixou um espinilho velho demolido e empilhou toda a lenha ali debaixo da aba do galpão. Agora, tá lá prás bandas da sanga.
Ultimamente o danado do Eleutério não para de varrer, anda mais destrinchado que formiga alemoa em meleira de lichiguana. Isso tudo porque, na semana passada, eu andei falquejando um galho de guatambu prá fazer uma vassoura nova.
Tinha um manojo de carqueja cavalinha, que eu havia colhido ali, na coxilha seca e estava secando na fumaça do pai de fogo. Manotiei todo o punhado da carqueja, montei a tal da saia, dei uma aramada, aparei os costados e acabei fazendo uma vassoura de lei. Foi com essa vassoura que o Eleutério varreu o piso do galpão e depois esparramou a creolina.
É por isso que o galpão tá de cara nova.
- Mas báh, vivente, essa vassoura tem dado muito pano prá manga. Se eu conto, vocês nem vão acreditar.
De já hoje, enquanto o Eleutério borrifava no chão a creolina, como que me xingando, falava solito e resmungando mais do que mamau oitavado em balcão de pulperia, sentenciou:
- Que bosta de vassôra de carqueja. Vassôra mesmo é a de guanxuma. Essa é das buenas e nem precisa de cabo de guatambu. Varre bem até atada com piola, num pedaço de taquara.
Depois dessa pérola de conclusão, atirou a vassoura num canto e com a cara mais séria que fuça de burro choro atolado no banhado, ligeirito foi saindo do galpão, não sem antes me avisar:
- Um monte de sabiá anda aqui na volta, fazendo alarido. É porque as pitanga tão madura. Tô indo lá na barranca do arroio prá colhê um punhadito. Vô ajuntá as que tão bem colorada que é prá temperá aquela canha amarguenta que tu trôxe daquele alambique lá do Beco do Cemitério, em Tavares. Loguito eu tô nas casa.
Entonces, enquanto o Eleutério não chega vamos mateando e, aproveitando a olada, também quero dar uma bombeada nos chasques que os parceiros, nos últimos dias, deixaram aqui na Charla.
Bueno, por meio do chasque, o Ítalo Dorneles, agitador cultural, editor do site Prosa Galponeira, gaudério de quatro costados e parceiraço de primeira hora, como um dos coordenadores da 18ª edição do Festival Canguçu da Canção Popular – FECANPOP – vem avisar que o evento acontecerá nos dias 2 e 3 de agosto, no Cine Teatro 27 de Junho, Professor Antônio Joaquim Bento.
Ainda, informa que as inscrições são gratuitas e vão até o dia 06 de junho, e que podem ser feitas, pessoalmente, na Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Juventude e Mulheres ou pelo correio, encaminhando as obras para a Prefeitura Municipal, com endereço na Praça Dr. Francisco Carlos dos Santos, nº 240, Centro, Canguçu/RS - CEP: 96.600-000.
Se Vocês tiverem interesse em obter informações mais detalhadas, façam contato pelos telefones 3252-3905 e 3252-1276, ou então, por meio do e-mail: dorneles.italo@gmail.com.
Um outro assunto que levantou poeira aqui na Charla foi uma postagem que, na metade do mês passado, o Léo Ribeiro fez no seu blog. No dito artigo, segundo o Jornal O Bairrista, um gaudério cabresteando uma nave, fabricada aqui na República dos Pampas, apeiará em marte nos próximos cinco anos.
- Mas báh, tchê, esse assunto me interessa por demás, me diz um dos mateadores do galpão.
Entoces vocês vão ter que esperar mais uns dias prá nós dar continuidade à Charla, porque o Galpão precisa estar vazio daqui a poquito.
- Ué, mas porque, tchê? - interpela outro chimarroneiro.
- Porque um bando de guascas precisa de espaço para fazer o 16º Rodeio Estadual, por isso o galpão foi arrendado.
Fonte! Coluna Charla de Peão, por Juarez Cesar Fontana Miranda (poeta nativista), publicada no Jornal Regional do Comércio, dos pagos da cidade litorânea de Cidreira (RS), edição do dia 15 de maio de 2014. Contatos com o colunista, mande um chasque abagualado para juarezmiranda@bol.com.br ou jornaljrcl@terra.com.br
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