quarta-feira, 28 de maio de 2014

A ARTE REGIONALISTA GAÚCHA ! ! !

Das manifestações regionalistas, as que mais se propagam são a música e a poesia, em função dos meios diversos de comunicação que inicia numa tertúlia, que para nossa sorte no Rio Grande do Sul e aonde vai o gaúcho, seguem nossos versos e canções de ritmos aculturados que também voam nas asas do vento, pelas emissoras de rádio e de televisão, investidoras na cultura regional da Pátria.

Mas nossas manifestações artísticas não ficam por ai, temos o teatro, o cinema e as artes plásticas reverenciando nossa história, usos e costumes. Não podemos jamais esquecer dos artistas plásticos como irradiadores de nossas caras tradições, e dentre eles no dia 26 de maio estaria aniversariando o grande Luiz Alberto Pont Beregarahy, o BEREGA que no dia 09 de abril fez dois anos da partida para a querência eterna, onde por certo está pintando cenas mais bonitas dos campos celestiais do que pintou na terra e ou inspirando poetas e colegas de ofício a seguirem retratando o pago pelo lápis e pelo pincel.

Das cenas que BEREGA nos deixou, encontramos a alma gaúcha e se bem observado os quadros, poderemos ouvir o barulho dos cascos e dos relinchos dos nossos cavalos, o estalo dos mangos, das labaredas de um fogo de galpão, o ronco da cuia de mate, o berro do gado, o som de uma guitarra ou de uma gaita enaltecendo os dias e as noites campeiras, o lixar das solas das botas num fandango, os gritos do quero-quero, da cachorrada, o tilintar das esporas e o badalar dos cincerros das éguas madrinhas.

Foi esse o acordo que o artista fez com Deus ao encarnar nesse plano, entregando de sua inspiração fatos da arte que servem para desembrutecer espíritos, requintar as almas, exercitando a sensibilidade do ser.

O Berega foi assim, cumpriu seu pacto, deixou-nos um manancial de telas que falam, que cantam, que riem e que choram, expressando tudo o quanto existiu e ainda existe para referenciar um gaúcho, uma gaúcha, as estâncias. 

Obrigado Berega, estrela que brilha no infinito do céu pampiano e dentro dos olhos que ensinaste admirar a lida simples e nobre dos campos pela tua arte, um bilhete de Deus aos que não querem enxergar que o tempo da vida é como as águas de um rio que vai passando e não voltam mais, que tu eternizaste nas janelas dos teus quadros pela energia do bem. 

Para pensar: Como disse Liev Tolstoy, pinte tua aldeia que estarás pintando o mundo!

Fonte! Chasque "Regionalismo", por Dorotéo Fagundes de Abreu, desta semana. 


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