quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Para consagrar um presidente

Vou fazer aqui um exercício de ficção, em face de que jamais vou chegar a tão honroso cargo, ou seja, ser Presidente do MTG, até mesmo porque para assumir tal posto eu precisaria ter o Cartão Tradicionalista, isto é, ser filiado ao Movimento, coisa que nunca me atraiu, embora eu admire quem labute sem ambições pessoais dentro desta congregação de gaúchos. Dentro do MTG há muita gente de valor trabalhando pelas tradições de nossa terra e seu atual Presidente, Erival Bertolini, é uma delas. Pena que peleia meio maneado pelos diversos regramentos aos quais tem que se submeter. 

Mas vamos supor que o Léo Ribeiro concorreu e ganhou as eleições...

Com o poder de barganha que tem esta entidade que alinha milhares de filiados eu iria pressionar os governos municipais e estaduais, do partido que fosse, por projetos similares a estes.

1 – CRIAÇÃO DE UM PARQUE TEMÁTICO PERMANENTE, voltado para a cultura gaúcha, no Parque da Harmonia, com oficinas de música, de danças, de artesanatos campeiros, enfim, de atividades que envolvessem colégios, crianças de rua, e todos os aficionados pelos nossos costumes sulinos. Um baiano, um pernambucano, um mineiro, um carioca que aqui chega, não quer ver samba, pagode, música sertaneja e temos muito mais a mostrar do que dançarinos de churrascarias.

2- REVITALIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DE MONUMENTOS que denotem motivos tradicionalistas. Temos diversos monumentos escondidos por aí, tapados de macega, em lugares inóspitos, como é o caso do Gaúcho Oriental, Jayme Caetano Braun e tantos outros, além, é claro, de cercar, botar câmeras, iluminação, em esculturas como Anita e Garibaldi, e Bento Gonçalves da Silva que vivem pichados.

3- CRIAÇÃO E MANUTENÇÃO DO MUSEU DO GAÚCHO. Esta proposição, de autoria do Vereador Bernardino Vendruscolo, já foi aprovada pelo prefeito de Porto Alegre. Contudo, um local único, que centralize toda a história do Rio Grande e sua gente, precisa de uma observação mais profunda do Movimento.  

4- SECRETARIAS VOLTADAS EXCLUSIVAMENTE PARA A CULTURA GAÚCHA. Falta este elo de ligação entre as administrações públicas e o tradicionalismo pois sabe-se que as Secretarias Municipais de Cultura, bem como o Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, como os próprios nomes dizem, preocupam-se com a cultura e com o folclore como um todo (principalmente o carnaval), esquecendo-se que a raiz, o cerne, a vinculação de nosso Estado é com a cultura gaúcha.

5- EMBUTIR NAS MENTALIDADES DOS CTGs A FILANTROPIA saindo de suas clausuras e indo ao encontro da sociedade em sua volta. Ninguém é pobre o bastante que não tenha nada a oferecer a outro mais pobre ainda. Temos bons exemplos por aí. Com isto, a própria autoestima da entidade se revigora. Assim como a Comissão dos Festejos Farroupilhas exige um Projeto Cultural para os que desejam participar do Acampamento (o que eu acho uma atitude correta), eu exigiria um Projeto Social de cada CTG.
   
Com estas cinco plataformas, algumas com abrangência em todo o Estado, mantendo as coisas que estão dando certo e retirando algumas picuinhas que engessam o Movimento, eu me consagraria como Presidente do MTG. Ou tudo isto não passa de mera ilusão?

Fonte! Chasque de Léo Ribeiro de Souza, publicado no seu sítio. Abra as porteiras clicando em http://blogdoleoribeiro.blogspot.com.br/2013/08/para-consagrar-um-presidente.html.

Nossa opinião.

O Léo tem toda razão. Mas para o MTG continuar ser o timoneiro, deve descer do pedestal e "começar a arrancar o gesso", pois a cultura dita oficial está totalmente engessada. Um exemplo disso é "a bota deve ter um centímetro de salto" e isto está nos regramentos.

Menos regras (coletâneas) e mais Carta de Princípios.

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