Como em todos os segundos domingos de maio é dia das
mães, anualmente no segundo domingo de agosto é dia dos pais. Portanto
vivenciamos mais uma data comemorativa que cultua essa figura emblemática do
Pai, porque que pai é pai e não padrasto!
Modernamente vemos uma composição familiar bem complexa,
primeiro por quando o casamento como instituição desancou, (mais por causa do
homem, do que pela mulher), surgiram às famílias mistas, aquelas com filhos do
primeiro, do segundo, do terceiro e do quarto casamento, e do jeito que a coisa
vai em breve termos os filhos adotivos dos casais homossexuais, comemorando o
dia dos “papais”.
Nessa polvadeira toda pergunto: Com ficam as cabeças
desses filhos, que por mais que gostem de seus novos pais, da sua nova família,
certamente, naturalmente, por força atávica, gostariam de ter o seu pai e não o
pai do outro ou das homo afetividades? Deixo claro que não me oponho ás homo
afetividades, mas acho uma baita forçada de barra o que estão impondo, essa invenção
familiar contrária á natureza que julgo totalmente desnecessária, é um capricho
unilateral. Não tenho dúvidas que isso vai parar no hospício!
Toda via dia 10 foi o dia de todos os pais, e que bom
que todos estivessem com seus filhos, lamento os que já se foram, rogando que
tenham cumprido o seu mister, principalmente os que ainda estão por ai, sem
esquecer que o Pai do bicho homem não pode se comportar unicamente como
reprodutor.
Agora me levo a pensar, sobre os pais que estão neste
momento num hospital, numa cadeia, os dois prisioneiros, digo mal tem mais: o
pai médico, o enfermeiro, o carcereiro, também estão presos pelo oficio, sem
poder curtir seus velhos e ou seus filhos neste dia tão especial.
Eu passei muitos anos longe de meu Pai nesse dia, morava
na capital e ele na fronteira, a distância não permitia estarmos juntos em
todas as datas importantes do ano e confesso que sentia, mas me confortava por
que meus filhos e minha mulher estavam por perto.
Porém nos últimos 15 anos, tivemos a sorte de passarmos
juntos, pois ele veio morar comigo, mas lamentavelmente hoje não vamos poder
brindar, porque o câncer preferiu que ele fosse novamente para o hospital, onde
com outros pais e filhos, passaram unidos pela triste sina do adoecer e uns
pelearam de adaga com a morte, que não se importa em nada pelos dias, e vem, e
leva as almas sem cerimônia, assim dia 12 se foi o meu Pai que hoje, dia 14,
faria 80 anos. Onde estiveres meu velho que Deus esteja contigo!
Por isso suplico a Deus nosso Senhor que alivie a dor
dos pais que sofrem nos hospitais, e dos pais que viram os filhos partir e dos
filhos que verão seus pais no derradeiro sono.
Por tudo isso também peço a todos que não percam a
oportunidade de conviverem em família, visitar os pais, acertar as contas,
pedir desculpas, tolerar para ser tolerado e serem felizes antes que seja
tarde.
Tu que não visitou teu Pai no dia deles, não arranje
desculpas, mesmo que não tenhas um presente, vá lá e de um beijo no seu velho,
porque tu serás sempre o melhor presente.
Para pesar: Todo Pai já foi filho e todo filho
pode ser Pai, e os dois poderão ser dos mesmos.
Fonte! Este chasque é a coluna "Regionalismo" desta semana, por Dorothéo Fagundes de Abreu.
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