terça-feira, 19 de agosto de 2014

NOSSO ADEUS A UM GÊNIO !



É verdade e temos dito aqui muito que o Rio Grande do Sul tem um extraordinário elenco de artistas regionalistas que se renova a cada década, surgindo ano a ano, vários talentos do canto, na composição musical e letristas, muitos de fama estadual, alguns nacional e internacionalmente conhecidos.

É bem verdade também que de pouco adiantaria toda essa avalanche de arte se não tivesse quem os valorizassem na mídia para que em pouco tempo se tornassem reconhecidos. Sem desmerecer a televisão, mas o rádio fez e faz o principal papel nessa função, tem sido o melhor veículo aos regionalistas, pois praticamente todas as emissoras de rádio do estado e muitas por ai a fora, mantém em sua grade, programas diários especialistas no gênero.

E de todos os radialistas, o que mais promoveu nosso artista e sua arte, inegavelmente foi o comunicador gênio, descobridor de talentos, chamado Glênio Reis, que na sexta feira foi por conta própria para dirigir os microfones das emissoras celestiais para selecionar estrelas á virem cantar aqui na terra.

Por certo na sua chegada estavam Dimas Costa, Darcy Fagundes, Jayme Caetano, Paulo Denis, Osmar Meletti, Júlio Rosemberg, Mauricio Sirotsky e tantos outros famosos radialistas a sua espera, dando-lhe boas vindas em um caloroso programa de auditório, com Elis Regina, Cezar Passarinho, Leopoldo Rassier, Noel Guarani, Cenair Maica, dentre outros no camarim para serem chamados e cantarem em sua homenagem.

Sim é exatamente isso que aconteceu na sexta à noite, o céu parou e a luz da ribalta do teatro de São Pedro se ofuscou, porque a brilho do grande gaúcho e brasileiro irradiou mais que as estrelas, chegando daquele jeitinho, simples, meigo, carinhoso, sorridente, mas com toda a energia, arrancando fervoroso aplauso da multidão de amigos que fez aqui na terra que presenciou o reencontro romântico com sua Anésia Pereira dos Reis, depois, pegou o microfone e lascou:

“Aqui quem está falando é Glênio Reis, filho único de Carolina Camargo Tanger dos Reis, de Bagé, e de João dos Reis, de Cacimbinhas”. E como a vida é Sem Fronteiras, e desde que minha prenda me fugiu em 2010 para essas bandas, a vida terrena não me teve mais sentido, então morri de saudade e me vim embora para ser feliz eternamente, perdido de amor nos braços dela”.

Para quem conheceu e privou com esse Gênio Reis, sabe bem que tudo que descrevi, não tem como não ser verdade, que Deus a tenha amigo na sua mais santa glória!   

Para pensar: Tudo que nasce na vida tem fim.

Fonte! Chasque coluna "Regionalismo" desta semana, por Dorothéo Fagundes de Abreu.

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