É verdade e temos dito aqui muito que o Rio Grande do
Sul tem um extraordinário elenco de artistas regionalistas que se renova a cada
década, surgindo ano a ano, vários talentos do canto, na composição musical e
letristas, muitos de fama estadual, alguns nacional e internacionalmente
conhecidos.
É bem verdade também que de pouco adiantaria toda essa
avalanche de arte se não tivesse quem os valorizassem na mídia para que em
pouco tempo se tornassem reconhecidos. Sem desmerecer a televisão, mas o rádio
fez e faz o principal papel nessa função, tem sido o melhor veículo aos
regionalistas, pois praticamente todas as emissoras de rádio do estado e muitas
por ai a fora, mantém em sua grade, programas diários especialistas no gênero.
E de todos os radialistas, o que mais promoveu nosso
artista e sua arte, inegavelmente foi o comunicador gênio, descobridor de
talentos, chamado Glênio Reis, que na sexta feira foi por conta própria para
dirigir os microfones das emissoras celestiais para selecionar estrelas á virem
cantar aqui na terra.
Por certo na sua chegada estavam Dimas Costa, Darcy
Fagundes, Jayme Caetano, Paulo Denis, Osmar Meletti, Júlio Rosemberg, Mauricio
Sirotsky e tantos outros famosos radialistas a sua espera, dando-lhe boas
vindas em um caloroso programa de auditório, com Elis Regina, Cezar Passarinho,
Leopoldo Rassier, Noel Guarani, Cenair Maica, dentre outros no camarim para
serem chamados e cantarem em sua homenagem.
Sim é exatamente isso que aconteceu na sexta à noite, o
céu parou e a luz da ribalta do teatro de São Pedro se ofuscou, porque a brilho
do grande gaúcho e brasileiro irradiou mais que as estrelas, chegando daquele
jeitinho, simples, meigo, carinhoso, sorridente, mas com toda a energia,
arrancando fervoroso aplauso da multidão de amigos que fez aqui na terra que
presenciou o reencontro romântico com sua Anésia Pereira dos Reis, depois,
pegou o microfone e lascou:
“Aqui quem está falando é Glênio Reis, filho único de
Carolina Camargo Tanger dos Reis, de Bagé, e de João dos Reis, de
Cacimbinhas”. E como a vida é Sem Fronteiras, e desde que minha prenda me
fugiu em 2010 para essas bandas, a vida terrena não me teve mais sentido, então
morri de saudade e me vim embora para ser feliz eternamente, perdido de amor
nos braços dela”.
Para quem conheceu e privou com esse Gênio Reis, sabe
bem que tudo que descrevi, não tem como não ser verdade, que Deus a tenha amigo
na sua mais santa glória!
Para pensar: Tudo que nasce na vida tem fim.
Fonte! Chasque coluna "Regionalismo" desta semana, por Dorothéo Fagundes de Abreu.
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