O valor da cultura regional de um país eu comparo com as
estações do ano, vejam, nós estamos no outono, período em que vão caindo às
folhas das árvores para adormecerem no inverno e brotarem na primavera. O sol
de outono é deslumbrante, tem uma luz toda especial que não agride os olhos, o
chão fica tapado de folhas que o evento faz um tapete colorido na terra, o
clima é ameno, nem calor, nem frio, ideal para qualquer capricho.
Deus projetou o fenômeno das estações para despertar no
homem a capacidade de admirar a natureza de várias formas e cores, imaginem
quão monótono seria o planeta se não houvesse mudanças no visual da natureza?
Quando comparo as culturas regionais, com as estações do
ano, justifico expressando que no ponto de vista antropológico o homem nasce e
morre da mesma forma em todas as partes do planeta, mas vive diferente uns dos
outros em cada região de seus países.
São essas diferenças sociológicas que em função do
clima, determinam um padrão cultural de hábitos distintos. No Brasil o homem do
sul tem costumes diferentes do homem do norte, a começar pelo sotaque, seguido
pelo modo de comer, de cantar, de dançar, de morar, de se vestir, essa regra é
a mesma também em todo o mundo.
Logo essas diferenças que nos identificam culturalmente,
não nos fazem melhor ou pior das pessoas de outras regiões, mas nos diferem e
não nos separam, pois continuamos sendo brasileiros e como tal, temos
semelhanças que nos unem.
Nossa tese de que a cultura regional é como as estações
do ano, porque ela nos dá o colorido da diversidade que precisamos para viver,
imaginem se fosse um país de uma só cultura? Seria tão monótono quanto se
tivéssemos uma só estação do ano!
Isso é tão sábio que há diferenças culturais não só de
país para país, de estado para estado, de cidade para cidade, mas também dentro
de uma própria região, como fosse micro climas.
Por exemplo: quem vive no Rio Grande do Sul é gaúcho, forma cultural
determinante, mas com diversas características, pois há o gaúcho fronteirista,
missioneiro, serrano, litorâneo, todos um só, mas cada qual com suas
peculiaridades.
Amigos no final das contas o mais espetacular, apesar
das necessárias diferenças culturais, é a força espiritual que nos une, gaúcho
com gaúcho, nordestino com nordestino e assim por diante e todos como
brasileiros, e todas as nações como seres humanos, curtindo as quatro estações
e todas as culturas, num encontro inevitável das almas.
Para pensar: Não há nada mais universal do que
o regional! (Cecília Meirelles).
Fonte! Chasque Coluna Regionalismo, por Dorothéo Fagundes de abreu, do dia 08 de abril de 2014.
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