sexta-feira, 29 de abril de 2011

Foi muito mais do que um fandango em São José dos Campos - SP

 
... pensei! "Deve ser um lixo daqueles...". Errei feio!
          Bueno! Tu podes achar até que isto que vou relatar é coisa de louco, loucura ou algo parecido... mas eu diria que não é. Eu diria que pode ser amor, ou algo que é muito mais do que uma simples amizade.
 
Marilene e Paulinha: embarque em Porto Alegre
  
O encontro surpreedente: felicidade. Fomos apelidades de "Família Sedex...." por Alzeneide
           Pois nos idos de 2003, eu estava ocupando a função de diretor de divulgação da 1ª Região Tradicionalista do RS (desde janeiro de 2001). E em meados daquele ano recebi um chasque eletrônico de São José dos Campos - SP. Seu teor era vago mas me marcou muito. Era uma única frase que dizia assim: "você deve ser um cara legal!". Te garanto que fiquei pensando nesta frase por uma semana.... até que encaminhei a resposta, mais ou menos assim: "creio que sim.... pois a esposa, as filhas e os amigos me acham legal....". Não demorou muito, outro chasque eletrônico: "Alem de ser um cara legal, deves acreditar em Deus...". Resposta imediata: "sim". O terceiro chasque que recebi dizia assim: "peço permissão para te mandar um CD da minha banda....". Pois olha! O pensamento imediato foi: "deve ser um forró daqueles, deve ser um lixo só...". Pois te digo que me enganei feio. Era o primeiro CD do Conjunto Musical Os Pampeiros, que toca a autêntica música do Rio Grande do Sul no interior e na capital de São Paulo, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.

Nesta mesa rodou o chimarrão a noite toda
 
Valmir! O carioca mais gaúcho que conheço
           Bueno! Este é o começo de uma longa amizade que iniciou naquele ano entre Alzeneide Benck e Edu Vicente, comigo e com minha família, que naquela época estavam procurando um empresário que trabalhasse com o conjunto, trazendo-o para animar fandangos no Rio Grande do Sul. Não conseguimos trazê-lo para o Sul mas foi o início de uma amizade, tanto é que em 2006 fomos "rumo ao desconhecido" indo de ônibus: eu, a esposa Marilene e as filhas Bibiane e Ana Paula, para visitá-los. Era uma ansiedade dupla (nossa e deles). Eles não nos conheciam e nem nós conhecíamos eles (apenas por e-mail, MSN e por telefone). Foi fantástico. Parecia que éramos amigos de longa data. Isso foi uma semana antes do carnaval. E eles animaram um almoço com domingueira no CTG Saudades da Querência, onde o que mais me chamou atenção, foi que mais de 90% dos presentes estavam devidamente pilchados. 

Os Pampeiros! No intervalo - pausa para uns retratos

Os Pampeiros! A verdadeira música gaúcha no interior de São Paulo!
            Naquele ano de 2006 eles nos esperaram na Estação Rodoviária. Agora aprontamos uma "grande gauchada" para eles. Eles conheceram pela internet o Valmir Gomes - o Cariucho, do Rio de Janeiro. Nós também o conhecemos assim (pela internet) e ficou certo que ele viria a São José dos Campos no dia 9 de abril, e iria no fandango que Os Pampeiros iriam animar no galpão do CTG Saudades da Querência. Tudo isso estava combinado, mas o que não estava combinado com ninguém era que eu, a Marilene e a Ana Paula, saíssemos de Alvorada (RS) na manhã do dia 9, pegássemos um avião da Azul e fôssemos até o aeroporto de São José dos Campos, onde chegamos às 10h e pouco. Pegamos um taxi e por telefone em contato com Alzeneide dissemos para ela esperar um sedex que viria do Sul (um presente para o Valmir) ainda nesta manhã. E quando o taxi parou na residência deles, a surpresa foi louco de buena e louca de especial: éramos nós chegando do Sul, de mala e cuia e sem avisar.....

          A Elisandra tinha ido buscar o Valmir na Rodoviária. E como chegamos antes que eles, também os surpreendemos quando eles chegaram.... À noite fomos pro fandango. Noite italiana com a tradicional polenta, massas, molhos e saladas. A única mesa que tinha uma roda de chimarrão era a nossa. Nada mais natural, pois estávamos no Estado de São Paulo e sabemos que muitos frequentadores não são gaúchos de nascimento, mas gostam, cultivam e preservam a nossa tradição. Frequentam o CTG devidamente pilchados e dançam a preceito a nossa música.

Seu Antenor, junto comigo e Alzeneide
           Como em 2006, o nosso roteiro de viagem tinha na programação o fandango no galpão do CTG Saudades da Querência, no sábado, dia 9. Chegamos cedo, lá pelas 20h30min. Levamos todos os apetrechos do chimarrão e entre uma e outra dança, fazíamos uma roda de mate, em pleno Estado de São Paulo. A nossa mesa já estava reservada e quem nos recepcionou foi o Seu Antenor, que integra a atual patronagem.

          Não demorou muito que sob o comando do gaiteiro Edu Vicente, acompanhado por Alzeneide, Jornginho, Denilson e Osvair, o conjunto Os Pampeiros iniciou o fandango, com uma vaneira das buenas do conjunto Sul América. Abrimos o baile e dançamos a noite toda. E o conjunto é realmente muito eclético, pois apresenta um vasto repertório gaúcho nos fandangos e baile que anima, tocando vanera, chote, milonga, bugiu, valsa, sempre no autêntico compasso gaúcho. 

          Em 2006 o CTG estava em em obras. Naquele ano dançamos ainda no galpão antigo, mas já se via as sapatas da obra tomando conta da estrutura. E neste ano, conhecemos o galpão novo, todo de alvenaria, com muitos detalhes gauchescos, como uma antiga carreta que antigamente era puxada por bois e uma canga também utilizada nos bois. E além disso, a média de pessoas pilchadas presentes, foi maior que na média dos bailes gaúchos realizados nos gaslpões dos CTGs na região metropolitana de Porto Alegre.

Este é o novo galpão do CTG Saudades da Querência (fonte! sítio do CTG na internet)
        Reencontramos o ex-patrão Fernando, que em 2006 estava no comando das ações da entidade e nos damos um grande abraço. Também foi emocionante o reencontro com a Maria Eduarda - a Duda, atual prenda adulta do CTG. Em 2006 efa foi a prenda juvenil. Ver retratos abaixo.

Reencontro com a Duda - atual prenda do CTG
    
Marilene, Duda e Ana Paula
           Domingo, lá pela meia tarde, chegou a hora do Valmir – o Cariucho, pegar o caminho da volta rumo ao Rio de Janeiro. E com este encontro, em todos os sentidos, foi inesquecível, a saudade começou. O Valmir rumou pro Rio e à noite já estávamos tomando mate via MSN. Na terca-feira, chegou a hora de pegarmos o rumo do Sul. À noite fomos no aeroporto e voamos para Porto Alegre. E de lá trouxemos a certeza de uma amizade cada vez mais fortalecida, a tal ponto de termos trazido na mala de garupa uns nacos de saudade.... 


Reencontro com e ex-patrão Fernando. Gaúcho de Arroio Grande (RS)
 
Fim do fandango! Retratos com os fãs

          
Elisandra e o Cariucho Valmir
   
Alzeneide com Valmir
           

....perdi uns oito quilos dançando....
  

Edu, Valdemar, Valmir! estampa maragata
           A mídia muitas vezes é perversa, pois encontros pela internet, na quase totalidade, são noticiados quando terminam em tragédia. No entanto, um encontro como o nosso, que aconteceu via e-mail a partir de 2003, a cada dia que passa, se fortalece mais e mais – e agora foi ampliado com a chegado do Valmir Gomes.

          Tu também podes dar uma camperiada no Sítio O Cariucho e o Tradicionalismo, e ler o chasque interessante postado pelo Valmir a respeito. Abra a cancela clicando em
http://ocariucho.blogspot.com/2011/04/amigo-e-aquele-que-chega-depois-que.html.

          E agora, também um trabalho profissional do Valmir, os Pampeiros estão no YUTUBE. Abra a cancela clicando em
http://ocariucho.blogspot.com/2011/04/os-pampeiros-de-sjc-agora-tambem-estao.html. Lá tu verás um pouco o que foi o fandango realizado no CTG Saudades da Querência, no dia 9 de abril de 2011.


          Sonhos são possíveis e devem, na medida do possível, ser realizados. E veja como nós realizamos o nosso, no sítio O Bolso da Bombacha, abrindo a cancela clicando em: http://obolsodabombacha.blogspot.com/2011/04/atitude-44-as-primeiras-passagens.html


Baita abraço


Valdemar Engroff
Marilene Centenaro Engroff
Ana Paula Centenaro Engroff

5 comentários:

  1. Meu grande amigo Valdemar, não preciso nem falar o quanto eu sou grato por fazer parte desta família, por ter encontrado pessoas tão maravilhosas, amigas e irmãos como Alzeneide, Edu, Elisandra, Marilene, Ana, Vera e você, fico muito honrado pelas palavras. Parabéns pela bela matéria, muitos precisam saber disto, muitos precisam praticar isto, talves seja o caminho para termos um mundo mais justo e feliz.

    Um ótimo fim de semana para todos.

    Valmir Gomes

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  2. Bom Dia Valmir! Não temos como não fazer um registro dos mais buenos quando surpreendemos pessoas que gostamos, como a família Pampeiros, capitaneada por Edu e Alzeneide. Não tem como não fazer um registro destes quando surpreendemos um carioca / gaúcho que não tínhamos conhecido pessoalmente e não tem como deixar de registrar quando VOLTAMOS para um Centro de Tradições Gaúchas, no interior do Estado de São Paulo, que está prestes a comemorar o seu Jubileu de Prata.

    Assim nós retribuimos uma visita para Edu, Alzeneide e Elisandra..... quando na realidade dizíamos (pra ti também) que estávamos nos programando para 2012.... Foi simplesmente fantástico, tanto é que conseguimos "enrolar" todo mundo, inclusive de dentro de um taxi pilotado por um corintiano, quando chegamos a São José dos Campos no sábado de manhã (09/04).

    Reencontros como estes merecem registro sempre.

    Baita abraço

    Família Sedex hehehe (Valdemar/Marilene/Ana Paula)

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  3. AI MEU DEUS COMO PODE UM CORAÇÃO SUPORTAR TANTA EMOÇÃO TANTO CARINHO TANTO AMOR, NAO TENHO PALAVRAS PARA AGRADECER A DEUS POR PESSOAS MARAVILHOSAS EM NOSSAS VIDA , SO TEMOS QUE AGRADECER A GRANDE FAMILIA QUE TEMOS OBRIGADA MEU PATRÃO VELHO POR TUDO QUE O SENHOR TEM NOS PORPOCIONADOS NESTAS ANDANÇAS DA NOSSAS LIDAS.

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  4. Bom Dia Alzeneide. Bom Dia Mano Edu Vicente!

    Se nos idos de 2003 vocês estavam procurando um empresário para levar o conjunto pra animar fandangos no Rio Grande do Sul, tenham a certeza que foi ali que nasceu uma grande amizade, virtual no seu início, mas que há muito tempo se tornou FAMÍLIA.

    Se existe algo para agradecer e a alguém para agradecer, tudo o que somos, o que semeamos e o que colhemos, devemos agradecer a Deus, aos nossos santos protetores e ao tradicionalismo gaúcho, pois nós deixamos de ser simples amigos faz tempo, pois se não fôssemos o que somos, não faríamos as loucuras um pelo outro que já fizemos, como foi feito pra mim no natal de 2009 quando vocês lá em casa chegaram na véspera de natal e eu não sabia de nada e com esta que eu e a minha família fizemos no mês passado, que relatamos acima.

    Vocês moram em nossos corações.

    Saudades

    Valdemar
    Marilene
    Bibiane
    Ana Paula
    Somos agora a tradicional família Sedex....

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  5. Obrigado Alzineide !
    Muito legal um abraço!

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