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Os gaúchos fazem questão também de levar o chimarrão em viagens para diferentes lugares do mundo e do país. Não se importam de carregar mais uma maleta, o que poderia ser classificada como uma tralha extra na bagagem. E aqui, em nossa casa, é um sinal de boas vindas oferecer uma cuia. Os portugueses diriam um “vaso”. Até porque cuia é um objeto gaúcho, feito do porongo. E a bomba é exclusividade nossa. Assim como a água quente. Claro, que nem todos concordam.
Os argentinos também tomam mate. Os paraguaios tomam tererê. Todos os sistemas são semelhantes. A bebida é compartilhada. Nós, no entanto, nos apropriamos do chimarrão e o elegemos bebida símbolo do Estado. Tenho consciência de que alguns prefeririam a cerveja, o vinho ou a cachaça. Mas é o mate que abre portas para os visitantes. Só que muitos deles, não se arriscam a provar o nosso amargo-quente. E alguns torcem o nariz para a bomba que passa de boca em boca.
Entre as tarefas que assumimos na Copa do Mundo está a de apresentar o chimarrão e a erva-mate como nossa tradição manda. A Escola do Chimarrão de Venâncio Aires mostra, a partir desta quarta-feira, no Paradouro Gaúcho montado no Cais do Porto, o costume dos riograndenses. Quem passar pelo local poderá aprender como fazer um bom chimarrão e também degustá-lo. E ainda conhecer detalhes da cadeia produtiva da erva-mate que é composta por 250 indústrias, 300 viveiros e 14 mil produtores e gera receita bruta anual de aproximadamente R$ 900 milhões.
O Paradouro reúne lazer, gastronomia e comércio de produtos da agricultura familiar com a marca Sabor Gaúcho, artesanato típico e alambiques. Outra alternativa para conhecer nossas tradições é o projeto Turismo de Galpão, no Acampamento Farroupilha Extraordinário da Copa no Parque da Harmonia onde oficinas ensinam a preparar pratos típicos que podem ser degustados. Para atrair os visitantes, as oficinas são oferecidas também em espanhol, inglês e na linguagem de Libras. Aposto que as mais procuradas serão aquelas que ensinam a assar um churrasco, um carreteiro de charque e encilhar um cavalo. E montar um chimarrão, é claro. Afinal, ele vem antes ou junto com qualquer outra destas atividades campeiras.
Fonte! Este chasque é de autoria de Lizemara Prates, publicado no dia 11 de junho de 2014, na coluna AgroMetro, nas páginas do Jornal Metro de Porto Alegre - RS.
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