quinta-feira, 26 de junho de 2025

Pela primeira vez na história, Chama Crioula será gerada e distribuída em Caxias do Sul

Municípios das 30 regiões tradicionalistas se revezam desde 2001 na geração do fogo simbólico criado por Paixão Cortes e o Grupo dos Oito em 1947; cerimônia sob responsabilidade da 25ªRT ocorre entre os dias 15 e 16 de agosto e celebra também os 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul

Mateus Bruxel / Agencia RBS
Delegações de 30 regiões tradicionalistas virão a Caxias em agosto para buscar a centelha do fogo simbólico.

O símbolo que marca o início oficial aos Festejos Farroupilhas será, nesse ano, gerado em Caxias do Sul. Criada por Paixão Côrtes ao final da semana da Pátria de 1947, a Chama Crioula de 2025 será acessa na Serra pela primeira vez.

Foi a partir de 2001, e sob a liderança do então presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) Manoelito Savaris, que se iniciou o revezamento que até então nunca tinha chegado à região. 

A oportunidade de gerar o símbolo itinerante é uma honra para o presidente da 25ºRT, Rodrigo Ramos, que irá receber em Caxias delegações de cavalarianos vindos de todo o Estado.

— Até já era para ter acontecido aqui, mas queria que fosse em um ano de comemoração e em 2025 comemoramos os 135 anos de Caxias e os 150 anos da imigração italiana no Estado. Estamos em uma região de ítalos-gaúchos e nada mais justo que saia daqui as centelhas a serem distribuídas aos municípios por suas entidades — diz.

A forma como o fogo será iniciado nos pavilhões da Festa da Uva ainda é guardada em segredo, diferentemente da programação de três dias que conta com recepção aos cavalarianos, bênção ecumênica, desfile e shows com os grupos Girotondo e Os Bertussi. 

Camila Hermes / Agência RBS
Símbolo roda os municípios gaúchos a partir de agosto, mês que antecede os Festejos Farroupilhas.

Depois de acessa, no dia 16 de agosto, a Chama Crioula permanecerá em Caxias do Sul na Casa do Gaúcho (Rua Teixeira de Freitas, 1.461) para, segundo Ramos, tentar ser mantida até o ano que vem, quando poderá ser entregue para o município de Rio Pardo, o próximo da lista. 

— Ela se acende no mês de agosto, geralmente no final de semana após o Dia dos Pais e se extingue no último dia da semana Farroupilha, mas queremos mantê-la acessa em Caxias. É um momento histórico que para acontecer novamente aqui só daqui 30 anos.

Caxias do Sul é reconhecida como capital estadual dos CTG’S por ter a maior quantidade de entidades do Estado. São 90 associações entre piquetes, departamentos campeiros e grupos de cavalgada. 

Depois de Caxias e conforme a 79ª Convenção Tradicionalista, realizada em 2014, que definiu a lista das regiões responsáveis pela geração e distribuição do símbolo, o município de Bento Gonçalves, por meio da 11ª RT, será a próxima sede da Serra a gerar a Chama Crioula, em 2030.

Tradição começou com Paixão Côrtes

A tradição de acender a Chama Crioula surgiu em 1947, durante as comemorações do centenário da Revolução Farroupilha. De acordo o MTG, próximo da meia-noite do dia 7 de setembro daquele ano, os jovens João Carlos Paixão Côrtes, Fernando Machado Vieira e Cyro Dutra Ferreira, aguardavam junto à Pira da Pátria, montados em seus cavalos.

A Pira da Pátria ficava no Parque Farroupilha (Redenção) próximo ao Colégio Júlio de Castilhos onde estudavam. No momento da extinção do Fogo Simbólico da Pátria, os jovens foram chamados para a retirada da centelha, conforme haviam acordado com a Liga Da Defesa Nacional. Paixão subiu em uma escada com um instrumento improvisado, feito de cabo de vassoura e envolto por estopa embebida em querosene acendeu solenemente aquela que seria eternizada na história como a primeira Chama Crioula.

Fonte! Chasque (post) publicado por Pedro Zanrosso, no sítio oficial do Jornal Pioneiro de Caxias do Sul, no dia 24 de junho de 2025. Abra as porteiras clicando em https://gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/geral/noticia/2025/06/pela-primeira-vez-na-historia-chama-crioula-sera-gerada-e-distribuida-em-caxias-do-sul-cmcay98j700rv013rs2chba8p.html

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