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Figura seminal da gaita gaúcha, Gilberto
Monteiro encontra a nova geração em lançamento de single/ EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Uma aura de mistério e encantamento precede Gilberto Monteiro.
Lendas que circulam de boca em boca no meio nativista, como a de que o
gaiteiro teria jogado no rio o seu primeiro disco, acompanham sua
trajetória, há mais de cinco décadas.
Compõe sua efígie aquela fotografia em alto
contraste, onde um vulto preto de barba cerrada veste um chapéu aprumado
pra frente, com a gaita-ponto de fole aberto no peito. Imagem que é
emoldurada com marrom na capa do LP Pra ti guria, de 1987, um dos maiores clássicos da música instrumental gaúcha.
Por isso, um frisson pairava no ar naquele dia 18 de
agosto de 2024, no teatro do Centro Histórico-Cultural da Santa Casa, em
Porto Alegre. Fãs com o bolachão embaixo do braço, cumprimentando
conhecidos e desconhecidos, contavam com gosto sua história íntima
relacionada àquele objeto. Fosse na entrada do espetáculo ou na saída,
já com os rabiscos valiosos de seu autor, agregando valor inestimável,
uma conexão nostálgica se realizava.
Nostalgias à parte, atualmente o santiaguense
Gilberto Monteiro vive um momento especial em sua carreira. Apresentava
naquela ocasião um concerto acompanhado de um jovem quarteto feminino.
Ao lado da Sucinta Orquestra, formada por Clarissa Ferreira e Miriã
Freitas nos violinos, Gabi Vilanova na viola e Luyra Dutra no
violoncelo, lotou duas sessões do teatro e em seguida pegou um voo para
se apresentar no Ceará, no festival Choro Jazz.
Embora já tenha rodado o mundo em 55 anos de estrada,
a formação e a sonoridade do grupo levaram sua gaita de botão para
outro lugar. Os novos arranjos mesclam a referência regional com
sonoridades eruditas e contemporâneas. Foram escritos por Gustavo
Garoto, que agora acompanha Gilberto ao piano e também assina em
parceria duas composições inéditas. Uma delas chega às plataformas de
streaming neste dia 11 de julho, o single Kardache.
Nesta reportagem, Gilberto Monteiro revela detalhes
de algumas das lendas que o acompanham e desmistifica outras. Em
entrevista ao Jornal do Comércio, confirmou uma
personalidade de poucas e significativas palavras. Bem como o som que
sai quando a gaita está conectada ao seu corpo.
A propósito, a história de que teria se apresentado
com uma alça da cordeona arrebentada procede. Em São Paulo, em 2012, não
tinha instrumento reserva e precisou improvisar para terminar o show Bailantas,
da Cisne Negro Cia de Dança. A solução, conforme recorda, foi tocar na
vertical, puxando o fole sempre para cima com a alça que sobrou e
voltando a favor da gravidade, dispensando a segunda alça que havia se
rompido. Ajudou naquela ocasião o biotipo atlético do artista.
Os bastidores da composição e o sucesso da circulação de algumas de suas criações são listados a seguir.
Sete fatos sobre as músicas de Gilberto Monteiro

Em apresentação ao lado de Gustavo Garoto, no Café / Fon Fon em Porto Alegre / ACERVO PESSOAL GILBERTO MONTEIRO/DIVULGAÇÃO/JC
- Milonga para as Missões foi a principal faixa do LP de estreia de Renato Borghetti, em 1984. Com Gaita Ponto, Borghettinho ganhou o primeiro disco de ouro da história da música instrumental brasileira.
- Milonga para as Missões foi gravada também pela dupla sertaneja Victor & Leo, em CD ao vivo, lançado em 2006.
- Entrevero de Alpargata, título de uma de suas músicas
mais conhecidas, era o nome do primeiro disco que Gilberto Monteiro
gravou e nunca lançou. Ao receber as cópias da gravadora, não aprovou e
incendiou tudo.
- Pra ti guria entrou na trilha do filme Gaúcho Negro (Jessel Buss, 1991), longa-metragem sobre as aventuras de um justiceiro mascarado, em meio a um festival de música.
- A melodia de Pra ti guria ganhou uma letra que veio a
ser gravada somente 40 anos depois, escrita pelo argentino Ramón Ayala e
também interpretada por Jorge Guedes.
- De Lua e Sol foi gravada após anos sendo executada ao
vivo. Em 1997, lançou-a no disco homônimo, que lhe rendeu o Prêmio
Açorianos de Melhor Instrumentista e de Melhor Disco Instrumental.
- Compôs seu mais novo single, Kardache, de improviso numa live durante a pandemia de coronavírus. A inspiração veio de uma série turca sobre o império Otomano.
O homem fala através da música

Gilberto Monteiro em Porto Alegre, com Luyra
Dutra (esquerda), Gustavo Garoto e Clarissa Ferreira/ EVANDRO OLIVEIRA/JC
Para a apuração desta reportagem, Gilberto Monteiro fez questão de encontrar a equipe do Jornal do Comércio
na escadaria da igreja Nossa Senhora das Dores, em Porto Alegre.
Durante uma tarde de sábado, deixou-se fotografar e gravar um vídeo, em
momento introspectivo.
Antes de conceder entrevista, também ensaiou em meio
aos jovens músicos que hoje acompanham-no, e que trocavam comentários
sobre o arranjo. Enquanto isso, Gilberto levantava o ouvido para um
lado, direcionava o corpo para outro, abria o fole com intensidade para
cá, fechava os olhos para lá. Sua única comunicação se dava pelas notas.
Não falou uma palavra enquanto tocava.
A seguir, acomodou a gaita numa cadeira e conversou
sobre sua maneira de ser. "Eu sou aqui pra ti e eu sou lá no palco, eu
sou isso em qualquer lugar. Não chego lá no palco querendo falar
bonitinho, não", declarou.
Com entusiasmo, contou que o novo single, Kardache, surgiu de improviso em meio a uma live na pandemia: "Na época, a gente ficava muito em casa e eu acabei vendo a série Ressurreição: Erturul."
Gilberto se identificou com o enredo por causa de sua descendência
turca, de várias gerações atrás. A série conta a história de Erturul,
pai de Osmão I, fundador do Império Otomano.
Motivado por essa composição, em 2023, o produtor
Ayrton dos Anjos o convidou para viajar a Istambul. "Eu toquei lá, fiz
homenagem para São Jorge, numa manifestação na Capadócia. Mas não foi
nada programado. Meu sonho é voltar, porque eu me apaixonei pela
Turquia", revela.
Encontro de gerações

Monteiro em frente à mesquita de Santa Sofia, em Istambul, Turquia (2023) / EMA DALLÉ/DIVULGAÇÃO/JC
Desde a primeira vez que ouviu falar de
Gilberto Monteiro, o músico Gustavo Garoto percebeu que era um
personagem icônico. Enquanto participava do festival da Moenda, viu um
disco dele numa parede e os músicos Zelito Ramos e Leandrinho Rodrigues
fizeram uma introdução. Disseram que era um instrumentista fantástico,
bastante exigente, e que havia diversas lendas que permeiam o
personagem. "Conheci a música dele já com essa magia toda em torno
dela", conta.
Pouco tempo depois, o produtor Leonardo Gadea fez uma
ponte para que se conhecessem. "A gente se encontrou numa praça de
alimentação, na Cidade Baixa, e ele apareceu todo generoso, sensível,
atencioso, gigantesco", lembra. Logo após, Garoto convidou-o para tocar
na Guarda do Embaú, onde vive. Entre idas e vindas, nasceu uma parceria
inter-geracional.
"Eu chamo ele de mestre de cultura popular, como há
em outras regiões do Brasil. Uma pessoa que aprendeu com o pai a tocar
com os dedos de uma maneira diferente do que talvez seja convencionado, e
construiu uma obra de composições muito icônicas nessa paisagem do Rio
Grande do Sul, do interior de Santiago, presente na Bacia do Prata
toda", avalia.
Garoto ressalta a sensibilidade e o poder de síntese
das composições de Gilberto. "Bastante refinada, calcada no folclore,
num imaginário de conexão com a terra", conclui.
Acompanhado de um quarteto feminino

Com a Sucinta Orquestra e Gustavo Garoto, no CHC Santa Casa (2024)/ CHC SANTA CASA/DIVULGAÇÃO/JC
As gurias da Sucinta Orquestra consideram
Gilberto Monteiro uma grande referência cultural. Miriã Freitas recorda
que era estudante de violino, quando tocou Milonga para as Missões
pela primeira vez, aos 10 anos de idade. "Então, poder conhecer o
compositor de perto, de uma obra que é tão marcante pra nossa cultura, é
muito gratificante", afirma.
A violoncelista Luyra Dutra, que é de Minas Gerais,
também aproveita essa oportunidade. "Eu acredito ser revolucionário, não
só por ser um quarteto de cordas, acompanhando neste estilo musical,
mas um quarteto formado por mulheres", conclui.
Já a violista Gabi Vilanova revela que executa
arranjos para as composições de Gilberto Monteiro desde os 17 anos, sem
nunca tê-lo conhecido. "Agora, ter essa experiência sublime de uma
profundidade na música gaúcha, pra mim tem sido muito importante. Eu sou
compositora também e daí vejo essa raiz. Parece o tronco das árvores de
onde tudo tem sido reverberado. O Gilberto é essa estrutura", conclui a
musicista.
Família de tocadores

Gilberto Monteiro ao lado dos Irmãos Acuña/ ACERVO PESSOAL GILBERTO MONTEIRO/REPRODUÇÃO/JC
O instrumento que Gilberto Monteiro toca é
o acordeon diatônico, conhecido no Rio Grande do Sul como gaita-ponto,
gaita de botão, de oito baixos, ou ainda gaita "de voz trocada". Emite
as notas musicais a partir de um sistema de botões, em vez de teclas
como nos acordeons cromáticos. Cada botão gera dois sons distintos,
dependendo da direção do movimento do fole.
A gaita chegou ao sul do Brasil pela mão de
imigrantes italianos e alemães, aquerenciando-se num processo de
tradição oral, passando de pai pra filho, bem como ocorreu com Gilberto,
que aprendeu com seu pai Alexandre.
Nascido em 7 de janeiro de 1953, em Santiago (do
Boqueirão - como gosta de frisar), na região missioneira, Gilberto
Andrade Monteiro aprendeu a tocar gaita cedo. "Na minha família, a
maioria é músico de campanha. A Francisca Cezimbra Monteiro, que tocava
muito para a alta cúpula de Santa Maria na época, nasceu em 1853. Eu, em
1953, cem anos depois", orgulha-se. Sua bisavó Francisca era prima do
militar João Cezimbra Jacques, um dos precursores do Movimento
Tradicionalista Gaúcho.
Desde Santiago, já compunha. Foi lá que começou a
criar Milonga para as Missões, por volta dos 14 anos. "É uma coisa
maravilhosa, que surge, que vai dominando a gente. E eu sempre tive isso
aí comigo", conta.
Sobre seu estilo musical, diz não se preocupar muito.
"Eu sou o que eu sou. Eu faço a música que eu faço. Quando sinto que a
maré não está pra peixe, eu fico na minha. Eu não me atiro nas varas da
porteira. Senão tu já viu, vais acabar te estropeando", avalia.
Sua ponderação não o impediu de rodar o Brasil e o
mundo. Entre 1994 e 1995, formou um quinteto com músicos argentinos, os
irmãos Acuña, e passou sete meses no Paraguai. A partir do projeto
Sonora Brasil do Sesc, rodou o País entre 2011 e 2012, participando da
edição Sotaques do Fole.
Apresentou 118 shows, acompanhado de Eduardo
Cantero (violão) e Fernando Gorrie (percussão), interpretando repertório
próprio, temas folclóricos e composições de Tio Bilia, mestre popular
missioneiro.
O gaiteiro que inventou asas

Capa do single Kardache, gravado com Sucinta Orquestra e Gustavo Garoto / DIVULGAÇÃO/JC
Gilberto Monteiro ganhou um episódio só seu na série O Milagre de Santa Luzia: Especial Gaúchos
(Sergio Roizenblit, 2012). Figura, assim, no rol dos gaiteiros de
referência, ao lado de Adelar Bertussi, Bagre Fagundes, Telmo de Lima
Freitas, Luiz Carlos Borges, Luciano Maia, Bebê Kramer, Albino Manique,
Edson Dutra e Renato Borghetti, também contemplados no documentário
apresentado pelo pernambucano Dominguinhos.
Na produção audiovisual, revela que seu sonho era ser
piloto aviador. "Até cheguei a inventar umas asas de couro de cavalo",
disse.
Esse desejo de voar o levou ao alistamento na Base
Aérea de Canoas, em 1972. Enquanto cumpria o serviço militar, ainda
tinha tempo para abrir o fole na Capital. "Saía lá da base aérea e vinha
tocar aqui no Teatro Renascença e nas peñas do CTG 35 nas quartas-feiras", lembra.
A bordo dos aviões de carga tipo Douglas, que eram
testados na base da Aeronáutica, levava a gaita. "Eles me convidavam e
eu vinha tocando por cima do Porto Alegre", recorda. Desta forma, o
sonho de pilotar foi ficando em segundo plano, enquanto a música
começava a levá-lo longe.
Seu primeiro contrato profissional foi proporcionado
pelo poeta Marco Aurélio Campos, via a antiga Empresa Porto-Alegrense de
Turismo (Epatur), para um show no Parque Anhembi, em São Paulo. Naquele
show, Milonga para as Missões já integrava o repertório.
Foi quando o programa de televisão Fogo de Chão (TV
Difusora, depois Bandeirantes), com apresentação de Carlinhos Castilho e
José Antônio Daudt, fez uma seleção de músicas. "Botaram minha milonga
de abertura. Era final dos anos 1970. Quando eu saía por aí tocar, já
era muito benquista, mas, quando eu gravei pro programa, estourou.
Quando eu rasgava e tocava, era um balaço, uma loucura. Depois o Renato
gravou pela Som Livre e estourou a nível nacional", relata.
A milonga mais tocada

Nascido em Santiago, na região missioneira,
Gilberto Monteiro toca gaita de botão desde a infância / GILBERTO MONTEIRO/DIVULGAÇÃO/JC
Renato Borghetti rememora a convivência
no CTG 35, quando Gilberto Monteiro estava sempre na volta. Então já
conhecia Milonga para as Missões antes de decidir gravá-la, mas precisou
aprender a tocá-la. "Naquela época, era tudo de ouvido", pontua.
Contudo, teve uma facilidade, pois além de contar com a ajuda do autor,
havia aquela primeira gravação, do disco do programa Fogo de Chão, em que Gilberto utilizou uma gaita emprestada de Borghetti.
O restante da história é conhecido. Após o sucesso de vendas do disco Gaita Ponto
(Som Livre, 1984), Milonga para as Missões até hoje é o carro-chefe dos
shows de Renato Borghetti. "Para mim é um prazer, é uma honra. Eu fico
muito feliz com isso, porque de repente tu crias um tema, tu serves de
ponte para criar uma onda musical", afirma Gilberto.
Já Borghetti comenta que é muito difícil prever qual
composição irá cair no gosto do público. "Tem algumas músicas que têm
algo especial, mas não dá pra saber o porquê. Têm um algo a mais, mas
nenhum estudo comprova porque isso aconteceu."
Um indicativo da força das composições de Gilberto
surge no projeto Fábrica de Gaiteiros, do qual Borghetti participa e
onde ensinam música a crianças de 7 a 15 anos, em 25 unidades do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e Uruguai. "O nosso ensino não é
direcionado para elas serem profissionais. Podem vir a ser, mas o
trabalho é muito mais voltado pra formação da cidadania. Então elas são
livres pra escolher o repertório e muitas escolhem Prelúdio de um beija-flor, Pra ti guria, entre outras do Gilberto Monteiro", conclui.
Apesar da forte ligação, a única vez que os dois
gaiteiros tocaram juntos foi no Santander Cultural, em 2004. Ensaiaram
duas vezes e definiram o repertório, junto ao violonista Marcello
Caminha, promovendo um encontro inédito, cheio de improvisações e que
nunca se repetiu.
Jogou ou não jogou no rio?

No estúdio em Buenos Aires, com Tarrogó Ros, Lucio Yanel e Raulito Barboza/ ACERVO PESSOAL GILBERTO MONTEIRO/REPRODUÇÃO/JC
O primeiro disco do catálogo de Gilberto é Pra ti guria,
de 1987. Mas não foi esse o primeiro que gravou. "Foi um horror, porque
eu fiz a gravação e veio de São Paulo tudo errado. E eu não lancei". O
caso rendeu uma das suas lendas famosas, de que teria jogado no Guaíba
as cópias do vinil. Gilberto esclarece: "Não joguei no rio. Fiquei com
tanto nojo que queimei antes do Guaíba ali os 50 discos que vieram.
Cheguei antes de atravessar a ponte, botei umas pedras, uns jornais,
toquei o fogo, queimei tudo. Chegou até a polícia pra ver o que estava
acontecendo".
Depois do ocorrido, o produtor Ayrton dos Anjos levou
Gilberto para gravar em Buenos Aires, com participação luxuosa dos
argentinos Antonio Tarragó Ros e Raulito Barboza. Virou o clássico Pra ti guria, lançado em LP e K7 pela Continental.
Naquele momento, já havia vencido a 16ª Califórnia da
Canção Nativa, como melhor instrumentista, defendendo duas composições
premiadas: Quati-Mundéu, ao lado de Juliano Javoski, e Provinciano, ao lado de João de Almeida Neto.
Parceria com Lucio Yanel e Jayme Caetano Braun

Detalhe da capa de 'Pra ti guria', primeiro
álbum de Gilberto Monteiro (1987) / CONTINENTAL/REPRODUÇÃO/JC
Junto ao violonista argentino Lucio
Yanel, formou dupla durante anos. "Conheci Gilberto em 1982, na casa de
Algacir Costa, em Passo Fundo. Fomos empáticos um com o outro. Aos
poucos, de maneira natural, começamos a tocar juntos", recorda Yanel.
Mesmo com uma trajetória extensa, não chegaram a gravar um disco para
formalizar a união artística. "A nossa caminhada juntos é longa e
benéfica nos quatro costados", declara.
O parceiro de Corrientes, que veio para o Rio Grande
do Sul e se tornou um dos principais nomes do violão pampeano, considera
o "toque" de Gilberto Monteiro "uma caixa de ressonância de um sem fim
de sentimentos que se aninham num virtuoso da estirpe dele".
Lucio Yanel orgulha-se das apresentações com Gilberto
acompanhando o pajador Jayme Caetano Braun, como uma confluência de
grandes artistas. Há um vídeo no site oficial do gaiteiro, com o trio se
apresentando em Pelotas, em que o poeta declama: "Missioneiro como eu/ É
a glória do nosso pago/ Ele na verdade é um mago/ Parece que não tem
dona/ Nem tampouco se emociona/ Porque enfrenta o desafio/ E nestas
noites de frio/ Dorme dentro da cordeona".
Discografia

Músico nativista lança nesta sexta-feira seu novo single, Kardache / EVANDRO OLIVEIRA/JC
- Pra Ti Guria (1987)
- De Lua e Sol (1997)
- Pra Ti Guria Ao Vivo (2020)
- Clareando No Rancho (2022)
- De Lua e Sol (1997)
- Pra Ti Guria Ao Vivo (2020)
- Clareando No Rancho (2022)
Fonte! Chasque (reportagem cultural), publicado no Jornal do Comércio de Porto Alegre, por João Vicente Ribas *, em 10 de julho de 2025: ttps://www.jornaldocomercio.com/especiais/reportagem-cultural/2025/07/1209789-a-musica-e-as-lendas-da-gaita-de-gilberto-monteiro-destaque-do-nativismo.html
* João Vicente Ribas escreve a newsletter Canciones
para despertar en Latinoamérica. É Técnico Científico I - Jornalista,
na Emater/RS-Ascar.