domingo, 23 de fevereiro de 2014

PELO DIA DO REPÓRTER !

Creio que a profissão de Repórter seja tão antiga quanto à de parteira, afinal é ele que presenciando os fatos tem a obrigação de reportar a quem do direito de ouvir, de primeiro aos castelos, eram os palácios que recebiam as novidades, depois o povo.

Por muito tempo foi assim e de certa forma ainda é quando a notícia vem filtrada, maquiada, pasteurizada até chegar ao povo, mas sendo bom o Repórter, todos saberão da verdade na hora, o fato virá da forma que nasceu, assim como se dá a notícia de uma cria que recém foi parida.

Por certo todos nós temos um pouco de repórter, pois andamos a vida toda narrando fatos da nossa vida e das dos outros, uns positivamente, outros negativamente, mas todos reportando para o bem ou para o mal, algum acontecimento.

Em todas as guerras da humanidade o repórter estava lá, até mesmo de lança, espada, garrucha, metralhadora em punho, e depois de tudo acabado, era a vez dele narrar os acontecimentos do que mesmo no meio da fumaça achou a hora certa de rabiscar, fotografar ou de filmar as cenas, para não perder a verdade.

Sim, a verdade, pois essa é a maior missão de alguém que reporta, não destorcer a verdade para não enganar o mundo, a história e essa só existe, porque o Repórter viu e disse, caso contrário, os historiadores seriam ficcionistas, teriam que inventar os fatos para escrevê-los.

Na guerra de 35 eles estavam lá, Rosseti, Zambicare e outros, que a cada passo da República Rio-grandense publicavam as matérias como se estivessem costurando um pala, com a mesma lã ensanguentada pelo pontaço da lança, da adaga, da espada ou da bala, sem fingir vitória, nem derrota.

Assim foi que fizemos nossa querência, seguindo as reportagens, aprendendo como as coisas aconteceram no raiar do Pago ou da Pátria, acreditando na boa fé do Repórter que por todo o sempre seguira abrindo caminhos para que passe somente o que é real, para que nunca lhe roubem o trono.          


Para pensar: Quem fala a verdade não merece castigo!

Fonte! Coluna Regionalismo por Dorothéo Fagundes de Abreu, do dia 18 de fevereiro de 2014.

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